Essa noite caótica está ficando cada vez mais confusa, e o pesadelo pegajoso só aumenta tentando esconder algo.
Armageddon - aespa
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Eu andava de forma rápida para chegar ao meu destino, a casa de Karin, eu me sentia mais forte como se eu fosse capaz de fazer tudo, em minha cabeça ainda martelava oque eu tinha visto, eu não queria acreditar que minha própria mãe seria capaz de fazer tal atrocidade.
Eu não consigo pensar em mais nada além de vingança, vingança pelo que fizeram comigo, vingança pelo meu pai. Será que a Kiny sabe de tudo isso? Eu espero que não, apesar de que ela nunca ter gostado de mim eu não quero acreditar que poderia fazer isso, eu sei que ela não faria isso.
Parei em frente a porta da pequena casa onde Karin morava, abri a porta de forma bruta sem me importar com o barulho e entrei, escutei passos rápidos e logo vi ela me olhar assustada. Eu sorri de canto vendo ela dar passos para trás, de forma rápida eu parei em sua frente segurando seu rosto, ela me olhou como se tivesse vendo uma assombração.
Eu sabia de alguma forma oque deveria fazer, como se fizesse parte de mim, eu olhei em seus olhos e logo eles ficaram sem brilho, eu queria saber o porque fizeram isso comigo. Seu olhar foi de assustado para um olhar sem emoção e logo começou a falar.
— Se as suas filhas descobrir a verdade vamos acabar mortas, não podemos deixar elas descobrir que...
Então é isso.
Soltei o rosto da Karin e vi ela me olhar assustada novamente, meu interior grita para que eu a matasse aqui, e foi exatamente isso que fiz. Em minhas mãos surgiram chamas, olhei para Karin e o fogo foi em sua direção e se enrolou em seu pescoço como se fosse uma corda eu puxei ela para mim e como instinto eu arranquei seu pescoço com a boca.
O gosto de seu sangue me deu repulsa, o sangue dela estava em mim e me dava náusea, eu sentia ódio e tristeza, meu coração pulsava e me deixava aflita. Eu queria gritar, queria tirar toda a dor de mim, queria expandir todo o que eu guardava por anos.
Eu não me sentia mal por ter matado alguém, eu me sentia mal por não ter feito isso antes, uma lágrima caiu e limpei na esperança de parar mas não parou. Minutos depois de me acalmar eu me limpei e saí da casa, o sol já estava surgindo e senti um formigamento em minha pele ao senti os raios do sol mas logo parou, comecei a andar nas ruas vendo algumas lojas abrindo, eu andava distraída olhando as pessoas até eu me esbarrar com alguém.
— Anniki! Oque faz na cidade essa hora? — Olhei vendo Akagi ajeitar os óculos.
— resolvi mudar minha rotina, e você? — Perguntei para a mesma que me olhava sorrindo.
