Conversa

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Boke♡
Tô na quadra.

Essa mera mensagem fez o coração de Tobio disparar de uma forma avassaladora e, sem nem pensar muito, guardou o telefone e correu até o lugar, como sempre fazia pelas manhãs. Tinha ido para escola bem mais cedo, queria conversar com o tampinha primeiro e fez um baita esforço para levantar da cama, surpreendendo até sua mãe ao ajudá-la com o café.

Não teve uma boa noite de sono, pela ligação da madrugada e demorou a dormir, porém, isso não impedia o ômega de correr o mais rápido que podia para encontrar com ele. Porra, queria muito ve-lo.

Abriu a porta, dando um surto no outro, mesmo que já esperasse por si, e caiu de joelhos no degrau, ofegante. Puxou um pouco mais o ar por um tempinho e entrou, escorando a porta novamente. Seu peito ainda subia e descia em um ritmo constante e observava o ruivo brincar com a bola, lhe esperando.

Colocou a bolsa de lado, foi até Hinata, jogou a bola para longe, levou a mão para a nuca dele e, por fim, o puxou para um abraço, deixando o rosto dele em seu peito. Fazendo o alfa não ter uma reação de imediato.

— Já falei isso antes, mas quero que fique bem claro. — fez o menor lhe encarar. — Não se culpe. Sim, eu me desesperei na hora e não consegui falar contigo depois por medo. — Shoyo arregalou os olhos, sabia que era isso, mas ouvir que o ômega estava com medo de si, quebrou seu coração. — Não me olha assim, todo mundo sentiu medo então nem vem com essa. — suspirou. — Só… O que quero dizer é para não se preocupar, isso não vai mudar nada entre nós e eu estou realmente bem.

Shoyo sorriu. Shoyo deu o sorriso mais lindo do mundo e abraçou Kageyama com carinho, fazendo o mais novo retribuir, apoiando o queixo na cabeça do tampinha. Os cheiros se misturaram, os envolvendo em uma bolha gostosa de carinho e Hinata, pela primeira vez, ficou feliz por ser baixo e poder ouvir o palpitar no peito dele.

Estava feliz por tê-lo de volta, o cheirinho de limão suave era tão bom que sentia-se bem mais calmo em relação à esse assunto e ficou um tempinho ali, apenas aproveitando a sensação boa entre eles.

— Kageyama. — sua voz saiu abafada e levantou a cabeça para encará-lo. — Quer sair comigo sábado?

A questão fez o mais alto arregalar os olhos e desviar o olhar, envergonhado.

— B-Bom… O que pretende fazer?

— Te massacrar no fliperama do shopping. — aquilo tinha ganho a atenção do moreno que riu.

— Não acha que tá muito convencido não?

— Duvido muito você ser melhor do que eu. — sorriu de volta, provocando ele.

— Então vamos fazer uma aposta.

— Fale.

— O perdedor tem que fazer o que o outro pedir sem reclamar.

— Me parece um bom plano. Eu topo.

(...)

Sábado. Tirando o cansaço acumulado da semana e uma baita ansiedade, Kageyama ganhou um beijinho de sua mãe e saiu do carro. Estava na entrada do shopping e tentou ficar em um ponto onde o cabeça de tangerina lhe visse de imediato. Seu coração batia forte no peito, podia sentia até as veias levando o sangue por seu corpo e passou a mexer no telefone, para diminuir a ansiedade.

Credo, como foi ficar tão… tão boiola assim? Principalmente, porque estava tão boiola por ele?

Bateu uma foto simples, dando um pequeno sorriso sem mostrar os dentes e foi logo mandando Tsukishima ir se fuder, no grupo do time, de forma gratuita? Sim, mas era algo tão rotineiro que nem importava. Estranho seria se não fizessem isso.

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