Incursão

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Ariel estava o esperando no portão ansioso

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Ariel estava o esperando no portão ansioso. Vestiu uma camisa Polo azul claro e uma bermuda clara também e a sandália aberta. Estava tão bonito. Observava o céu escurecer e aguardava o namorado que já tinha chego e o observava com o carro estacionado um pouco a frente, o carro era alugado, um de passeio simples e pouco chamativo. Ele tinha aprendido a lição.

Por que Murilo parecia tão nervoso? Eram só os pais do seu namorado.

Quando desceu do carro e observou bem o lugar. Era claustrofóbico. As casas encostadas uma na outra, muita gente circulando por ali e crianças barulhentas na rua. As vezes que fora ali todos estavam dentro de suas casas e a noite camuflava bem aquela realidade que Ariel vivia. Teve um choque cultural na hora.

Ariel o viu. Estava vestindo uma calça até as canelas jeans cinza e uma Polo também azul escura e o cabelo seco bem arrumado. Murilo sorriu, carregava um buquê de flores caro o que fez Ariel esconder um riso.

– Boa noite, Ariel. – Murilo parou na sua frente, era observado por alguns vizinhos e beijou a bochecha do namorado envergonhado.

– Boa noite, Murilo. – respondeu o observando ali na sua frente. Ele foi mesmo. – Vamos?

– Claro.

Ariel o guiou apreensivo. Murilo observava, era pequeno o quintal bem cuidado de cimento com algumas plantas e uma bicicleta caída num canto. Passando pela varanda antes de entrarem esbarrou com o pai vestido casualmente e com a cara dura. Estava na entrada da sala os deixando na varanda limpa.

- Boa noite. – Murilo se adiantou por trás de Ariel esticando a mão livre para o sogro. – Murilo Galante, prazer em conhecê-lo.

Apertaram as mãos duramente encarando ao outro.

– Sr. Mendes, prazer Murilo. – o pai disse olhando o filho. – Vá chamar sua mãe, dizer que seu... namorado, chegou. – pediu olhando de olhos semicerrados não querendo falar nenhuma besteira.

– MAE?! – gritou ali mesmo, jamais deixaria seu pai com Murilo sozinho.

– Ariel? Tudo bem, precisamos conversar a sós por um breve momento, nos dê licença. – Murilo pediu tocando seu ombro chamando sua atenção.

Ariel se virou e o encarou muito feio. Por que não poderia escutar a conversa dos dois? Todos eram homens ali.

– E então, Murilo? – Sr. Mendes perguntou. – Sente-se, somos simples, mas tudo aqui é certinho. – disse indicando o sofá forrado e a sala cheirosa encerada.

Murilo sentou pondo o buquê no colo e observou as fotos na parede de Ariel criança. Parecia atentado desde a infância.

– Eu vim porque era importante para ele e finalmente conhecê-los. – começou vendo o pai do namorado na poltrona. – E dizer que eu o pedi em namoro sério e ele aceitou. – terminou o encarando ainda.

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