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Se realmente dói - Capítulo 01

Eu brincava em meu quarto tranquila em uma manhã normal, realmente não era fácil me acostumar no novo mundo em que os zumbis apareciam por todas as partes.

Eu certamente não ficava feliz com isso, mas Maggie me dizia para viver o que eu pudesse, estando em boas circunstâncias ou não.

Maggie é como uma mãe para mim, ela me encontrou no começo de tudo aquilo e cuidou de mim como sua filha, meus pais biológicos morreram, minha mãe de Leucemia quando eu tinha 6 anos

durante todos os anos meu pai cuidou de mim, não era uma boa experiência.

Ele costumava beber muito.

- PORQUE VOCÊ NÃO PRESTA ATENÇÃO NO QUE FAZ CAMILLE?? - gritou meu pai furioso

-- Desculpa pai... Não foi por que eu- - Disse e fui interrompida por um de seus berros

-- Você é imprestável garota estúpida! Você é igual a sua mãe - Ele disse enquanto arremessava um copo de vidro em mim

Meu pai me pegou pelo braço e me aproximou do fogão onde esquentava água.

-- Você precisa aprender a a ser mais como seu pai - Ele disse quando derramou água quente sobre a minha mão enquanto eu gritava de dor

Ele me jogou contra a parede e foi tomar banho, estava tarde e eu chorava com a cabeça encostada na parede.

Ele se trancou no quarto e só saiu no dia seguinte pra me deixar na escola e ir pro trabalho.

Minha professora viu oque tinha acontecido e me levou até a enfermaria, era uma queimadura grave.

Isso foi só uma das vezes que meu pai me deixou uma cicatriz horrível.

E eu tenho que carregar essas cicatrizes comigo para me lembrar que eu já tive um pai assim.

Felizmente ele morreu, vi ele sendo comido vivo pelos zumbis .

Maggie me encontrou na floresta alguns dias depois do meu pai ser atacado e morto.

Desde então ela, Beth e Hershel eram a minha família.

De repente eu olho pela janela, alguns caras, um deles com um garoto em seus braços viam correndo entravam em casa.

Eu corri até lá para ver oque estava acontecendo, vi eles apressados, o cara com o garoto pediu ajuda do Hershel, tudo oque consegui ver era o garoto sangrando, parecia ter sido baleado.

-- Eu não vi ele, eu atirei no cervo e quando eu vi ele estava no chão - Disse o Otis

-- A bala foi partida em pedaços, o cervo salvou a vida dele, só tenho que tirar os estilhaços - Disse Hershel enquanto cuidava do garoto

-- Oque aconteceu com ele?? - perguntei a Beth

-- Otis tentou acertar um cervo durante a caça, a bala atingiu o garoto - Ela me respondeu ainda o encarando preocupada

-- Camille, é melhor você ficar no seu quarto - Disse a Maggie

-- Mas eu- - fui interropida por um olhar assustador da Maggie então entendi o recado e voltei pro meu quarto

Lá eles passaram um bom tempo. Beth foi até o quarto em que nos dividiamos aliviada

-- Oque aconteceu? O garoto esta bem? - perguntei fechando o livro que eu lia

-- Ele está bem, mas precisa de um repouso - Ela respondeu

-- Posso ver ele? - perguntei e Beth assentiu com a cabeça

Eu corri até a cama onde ele estava, e sentei ao seu lado, ele acordou um pouco atordoado.

-- Quem é você? - Ele perguntou meio confuso
-- Onde eu estou? - Ele tentou se levantar mas a dor o impediu

-- Não se assusta, eu sou a Camille, Otis atirou em você sem querer. - Disse mesmo sabendo que ele não fazia ideia de quem era Otis

-- Isso dói, prazer eu sou o Carl - ele estendeu a mão para que eu apertasse e eu retribui educadamente

-- Oque o policial é seu? - perguntei quando ele virou em direção ao xerife que conversava com uma mulher morena e bem bonita

-- É meu pai - ele disse orgulhoso

-- Ah.. - fiquei em silêncio

-- O médico é seu pai?? - ele perguntou

-- Não, o meu pai morreu - respondi tentando não demonstrar nem um pouco de tristeza

-- Ah, meus pêsames.. - Carl disse com um olhar triste

-- Não tem problema, meu pai era um idiota - eu disse sem medo
-- O Hershel é como um pai que eu não tive, eles são a minha família - Eu disse orgulhosa

-- A moça é a sua mãe? - perguntei e ele assentiu com a cabeça

-- Você gosta de brincar de pega pega? - ele me perguntou

-- Não acho que você consiga brincar agora - eu disse

-- Quem disse que eu não consigo? Eu sou forte como um touro - Ele disse me fazendo soltar uma risada

-- Um touro que não consegue nem se mecher, eu vou pro meu quarto, depois brincamos - Eu disse indo ao meu quarto

Passei algum tempo lendo Gibis que Maggie encontrou pra mim.

Quebra

Fazia algumas semanas que o grupo estava vivendo na fazenda, o Rick (pai do Carl) fez um acordo com meu avô, para que eles pudessem viver lá por um tempo pra lidar com "certas ameaças".

Eu e Carl fizemos amizade rápido, ele me contou sobre uma antiga amiga dele Sophia, que havia desaparecido a algum tempo, e nós passamos a contar tudo um ao outro.

-- Camille, cadê você? Sai dai a brincadeira já acabou, não tem graça

Eu saio dos arbustos dando um baita susto no Carl

Eu ri da sua expressão de alívio do susto inofensivo.

-- Ai meu deus Carl, você tinha que ver sua cara - Eu disse enquanto continuava a rir

-- Isso não tem graça, não quero mais brincar com você - Ele disse meio bravo

-- Desculpa, era só brincadeira - eu disse tentando nao rir

Lori aparece e chama a gente pra jantar, todo mundo estava em volta da mesa, sentados esperando a comida ser servida

Eu e Carl sentamos um ao lado do outro, eu começo a cutucar ele loucamente

-- Eu não to falando com você Camille - Ele sussurrou ainda bravo

-- Carl era só brincadeira, vai mesmo parar de falar comigo? -

-- Sim - Ele disse saindo da sua cadeira enquanto ia pra perto da Lori

Eu fiquei um pouco chateada mas fui dormir. No dia seguinte eu sai para ajudar a Maggie a colher as frutas e vi Carl ajudando Lori a alimentar as galinhas.

Depois disso Maggie pediu que eu fosse brincar com Carl e foi em direção ao Glenn, eles pareciam bem próximos que chegava a parecer que estavam namorando, mas eu preferi ficar na minha.

-- Carl, posso falar com você rapidinho? - perguntei logo depois arrastando Carl pra longe da Lori
-- Eu sei que você ainda ta bravo mas você precisa ver isso -

Carl me seguiu sem entender nada, chegamos até o celeiro, Carl me olhou confuso.

-- Oque tem de mais? é só um celeiro - Disse o Carl

-- Não é isso seu bobo, escuta - Disse me aproximando um pouco mais dos portões do celeiro

-- São zumbis - Carl disse me olhando com os olhos arregalados.

Winter & Walkers - Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora