Camille Greene conhece um garoto durante o apocalipse, Carl Grimes, as duas crianças formavam dois bons amigos e com passar do tempo perceberam que talvez essa amizade não seja tão amizade assim.
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Eu havia apagado por horas, pelo visto o medicamento não estava mais fazendo efeito já que eu me sentia cada vez pior como se eu estivesse prestes a morrer.
Minha tosse estava cada vez mais intensa, meu corpo estava fraco, minha visão turva e minha respiração pesada.
Vi alguém se aproximar da cela onde eu estava, estava me esforçando para enxergar mas não estava conseguindo.
-- Quem.. Quem é você? - Eu perguntei
-- É o Hershel querida, se deite aqui - Hershel disse
Eu senti algo gelado na minha testa, não conseguia abrir os olhos, eles estavam pesando muito.
-- Vovô.. - Eu tossi -- Eu vou ficar bem não vou?
-- Esperamos que sim querida - Hershel falou -- Abra sua boca, você tem que beber isso, vai ajudar a se recuperar por enquanto.
Hershel me ajudou a beber aquele líquido ruim, era visível a careta que eu fiz ao beber aquilo.
-- Carl está bem? Está saudável? - Eu perguntei
-- Aquele garoto é osso duro de roer, está disposto até demais - Hershel respondeu.
Eu ri um pouco mesmo estando sem forças.
-- Ele queria vir aqui, ver como você estava - Hershel disse
-- Queria é? - Eu perguntei
-- Esse garoto gosta muito de você, Camille. - Hershel disse com um sorriso no rosto. -- Tenho que ir agora, ainda tem muitas pessoas que precisam tomar.
Eu não conseguia fazer mais nada além de mecher meu pescoço e ficar com os olhos abertos, mesmo não enxergando direito.
Além de que eu conseguia escutar muito bem, eu sempre tive a audição muito boa e felizmente a doença ainda não havia atingido meus ouvidos.
Todo o chão estava sujo com meu sangue, eu não parava de tossir sangue pra todo lado. Mas Hershel deixou uma caixa de lenços.
Se eu não me recuperasse logo eu começaria a engasgar no meu próprio sangue e morreria.
Eu só precisava ver o Carl, isso já me faria sentir bem melhor. Mas eu não queria vê lo da forma que eu estava então era melhor que eu tivesse paciência.
Toda vez que eu piscava parecia que se passavam horas, provavelmente estas "piscadas" na verdade eram longas sonecas.
Ouvi passos se aproximando cada vez mais, com dificuldade abri meus olhos e observei Glenn se aproximar.
-- Não precisa se preocupar, eu também peguei - Glenn disse
-- Eu disse pra tomar cuidado - Eu falei em seguida pressionando um lenço contra minha boca para que não espirrasse sangue em seu rosto.