Aemond pov°
Quando o dia amanheceu, logo acordei pois tinha uma rotina com Cole. Porém, ontem mesmo dispensei tudo o que tinha pra fazer, apenas pra aproveitar minha garota.
Falando nela, ela dorme calmamente no meu peito, fazendo eu marcar em minha memória todos os seus traços. O nariz, sua boca, seus cílios, sua pele cheirosa, tudo nessa mulher me causa uma obsessão.
Ela se mexe e logo abre seus olhos lentamente por conta da claridade.
- Bom dia senhorita - eu falei.
- Aemond - ela suspira - não acredito que dormi aqui. E se nos pegam? O que vai pensar? - ela disse se sentando na cama me dando a visão de suas costas na camisola quase transar.
- Acalme-se ninguém vai entrar sem permissão - eu disse acalmando a mesma.
- Mesmo assim meu príncipe, tem tanto tempo que não venho aqui, sinto que perdi muitas coisas. Vou aproveitar o dia de hoje pra matar a saudade desse lugar.
- Só do lugar? - perguntei.
- Ora seu bobo - ela respondeu dando um riso - Não só dos lugares, das pessoas também.
- Hum, vejo que terei que acompanhá-la nesse passeio - falei praticamente me oferecendo.
- Não sei Aemond, você tem seus afazeres, acho que me dou bem sozinha - Nesse momento ela já está a de pé, indo em direção a passagem secreta - Bom, foi uma noite agradável meu príncipe, até mais ver.
Sem me dar tempo para responder ela se foi, me deixando como um bobo apaixonado por ela estar de volta. Após anos ela voltou e ela vai finalmente ser minha.
°Qdt°
Ela não apareceu no desjejum, nem no almoço. Estava começando a ficar preocupado, quando ela apareceu com minha mãe pela porta da sala de jantar, estava linda, com um vestido branco com flores azuis que iam até acima do joelho, do tempo dela eu diria, pois suas lindar pernas ficavam expostas.
As duas riam como se tivessem ouvido a maior piada de todos os tempos, ela veio em minha direção e sentou-se ao meu lado. Me comprimentou com um lindo sorriso. E começamos o jantar, minha mãe e meu avô fazendo perguntas e perguntas sobre o futuro e como foi esse tempo que ela esteve por lá.
Prestava atenção em tudo o que ela nos dizia, até que uma parte em especial me chamou mais atenção, ela mencionou um homem, tal de Bucky.
- O Bucky foi um grande escudeiro, ele me ajudou no momento em que eu pensei em desistir de tudo - Ela sorriu ao parecer lembrar do rapaz, o que me deixou um tanto desconfortável - Um ótimo amigo.
- Será que apenas um amigo? - perguntou minha mãe, o que me fez a olhar esperando uma resposta.
- Apenas isso, Bucky é um cara lindo isso não posso negar, porém não é do tipo que entra no meu coração - soltei um leve suspiro aliviado.
- E como seria o seu tipo? - Questionou Aegon.
- Descubram. - isso foi um flerte? Acho bom não ser.
- Pode ir ao meu quarto no mesmo horário de ontem? - sussurrei em seu ouvido.
- Não sei se cairá bem Aemond - ela respondeu.
- Por favor, ninguém verá.
- Ok, o que eu não faço por você em pestinha. - ela soltou um riso e eu apenas sorri.
Eu esperava por ela ansiosamente, levaria ela pra um lugar afastado. Começaria a minha missa de fazê-la me enxergar como um homem, o seu homem. A passagem logo fora aberta, ela estava com uma capa preta, e usava calças, típico de uma mulher do tempo dela, muitos achavam espalhafatoso, mas eu achava lindo, marcava suas lindas curvas.
- Aqui - ela cantarolou.
- Ótimo, pontual como sempre - elogiei - Bom vamos, tenho que te levar para um lugar.
- E lá vamos nós de novo - ela resmungou - Aemond sabe que eu odeio essas passagens.
- Vamos logo, deixe de drama.
Assim com muita cautela chegamos ao fosso dos dragões.
- Meu príncipe - soltei um leve suspiro, gosto quando ela me chama assim - não sei se é uma boa ideia eu ir aí - ela disse receosa.
- Deixe disso, você está comigo, tudo certo - Falei a puxando para mais perto, a encaminhando para Vhagar.
- Se tem uma coisa da qual eu sinto falta é de quando você era menor que eu, aí eu te arrastaria pra fora daqui.
- Nesse momento é mais fácil eu te arrastar, agora vamos my lady - ofereci minha mão a ela, para ela subir no dragão.
- Aemond Aemond, se eu morrer eu te mato - ela disse carrancuda.
Gargalhei, subi loga atrás. Posicionei a mesma na minha frente, assim dando o comando a Vhagar para subir. Assim que ela levantou vôo, minha querida futura esposa se agarrou em mim. Me fazendo sentiu seu cheiro e sua pele arrepiada.
Voamos por 25 minutos mais ou menos, até chegarmos na clareira. Ajudei ela a descer e ela olhou em volta, logo se virou abruptamente pra mim.
- Eu lembro desse lugar - ela falou sorrindo - Vínhamos aqui, eu e você. Demorava quase um dia até chegar aqui.
- Pelo tempo que esteve fora, eu vinha aqui a procura de algum conforto - falei me aproximando dela - foram anos complicados. Desde comentários sobre isso - apontei para a cicatriz - até os conflitos familiares.
- Meu doce menino - ela falou acariciando meu rosto - Sinto muito, eu tentei incansavelmente vir o quanto antes.
- Eu sei eu sei.
- Mas vamos parar com esse clima ruim, diga-me meu príncipe, já tem pretendentes? - ela perguntou entrelaçando nossos braços e andando em direção ao lago.
- Ah sim, os torneios, não sei bem só - ela me cortou com uma risada.
- Não pretendentes de torneio seu bobo - ela riu - pretendentes de casamento querido.
- Ah, é, eu não. Nenhuma mulher quer se deitar com alguém como eu, com essa linha no rosto.
- Pois essa mulherada de hoje são muito burras, saiba que no meu tempo você seria muito cobiçado. - ela disse olhando dentro do meu olho.
- Cobiçado é? Por quê? - questionei ansiando pela resposta.
- Vamos ver, um homem doce com pose se cara mal, luta, sabe falar uma língua específica, fora que é um gato. Em tese o império romano de muitas mulheres - ela falou. Meu peito encheu de esperança, era agora que eu teria uma pequena resposta.
- Você seria uma dessas mulheres? - perguntei me aproximando.
- Como assim Aemo..- a puxei pela cintura - Aemond oque está fazendo? - ela perguntou um pouco trêmula.
- Eu preciso de uma resposta - falei a acariciando - Quando você apareceu a primeira vez foi aquele susto, todos ficaram eufóricos uma mulher do futuro. Todos amaram você, porém nossa primeira aproximação foi quando você me consolou quando me deram um porco. Foi ali que comecei a olhar você diferente, desde ali ficamos unidos. Eu era o seu menino, seu jeito divertido, seu hábitos diferentes sempre me cativaram. Mas era um sonho impossível, ter você era impossível, eu era apenas uma criança, já você era praticamente uma mulher, uma linda e cativante mulher. Mas o pior aconteceu, aquela máquina ridícula quebrou e você ficou longe - nesse momento seus olhos já estavam lacrimejando - Mas aí depois de longos anos você voltou, mais linda ainda. Eu já Não sou um menino, sou um homem, mais velho que você então eu preciso que você me diga, eu posso deixar de ser o seu menino, e ser o seu homem? - Eu disse perto dos seus lábios.
- Aemond, eu não sou da corte, não sou daqui, imagine a dor de cabeça que isso causaria.
- Eu não me importo, apenas me responda por favor.
Quando eu menos esperava ela colou nossos lábios, ela tinha gosto de uva verde. Minhas mãos quase se fundiram com sua cintura, já as dela se perderam pelos meus fios prateados. O beijo era intenso e quente, com um ritmo apaixonante, eu facilmente me perderia ali mesmo, e não faria questão alguma de me achar. Acho que já tinha uma resposta.
