Hunt & Hunter

18° Capítulo - Chasing Pavements

Eu já me decidi
Não preciso mais pensar nisso
Se estiver errada, estou certa
Não é preciso procurar mais
Isto não é luxúria
Sei que é amor

Mas se eu contasse ao mundo
Eu nunca diria o bastante
Por que não foi dito a você
E é exatamente o que preciso fazer
Se eu acabar ficando com você

Eu devo desistir?
Ou devo apenas continuar nessa busca impossível
Ainda que não me leve a lugar algum?
Ou isso seria um desperdício
Mesmo se eu conhecer meu lugar?
Devo deixar pra lá?

Eu devo desistir?
Ou devo apenas continuar nessa busca impossível
Ainda que não me leve a lugar algum?

Eu me recomponho
E voo em círculos
Esperando enquanto meu coração se esvai
E minhas costas começam a doer
Será possível que seja só isso

Chasing Pavements - Adele
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Já era madrugada quando meus pensamentos se organizaram e tive coragem de ligar o celular e ler as mensagens de Dominic.

Queria saber chegou bem.
¹⁹ ¹⁹

Você não vai para a faculdade, amor?
²¹ ¹⁰

Sinto muito se essa situação te magoou.
²¹ ¹⁰

Algo aconteceu e preciso de você por perto agora.
⁰² ⁵⁰

Foi essa última mensagem enviada a sete minutos que fez sair na madrugada e agora estou na porta desse homem batendo na porta feito uma doida e foi quando ele finalmente me atendeu que tivesse a chance de me preocupar mais ainda com seu olho levemente roxo e um corte em seu lábios inferior.

—O quê aconte... - seu corpo bateu contra o meu o apertando antes mesmo de eu terminar de falar.

—Você veio. - suspirou aliado me fazendo acariciar seus costas nuas pela falta da camisa.

—Você disse que precisava de mim por perto. - ele me apertou mais.

—Fiz algo ruim, mas não quero falar sobre isso agora. - sua voz saiu baixa.

— Tudo bem, vamos entrar pra eu cuidar do corte na sua boca e por um gelo nesse olho. - ele concordou me puxando e fechando a porta.

Logo estávamos em seu quarto e eu terminava o curativo com um band-aid e sua mão de forma constante estava na minha cintura.

— Vou pegar o gelo. - tentei me afastar, mas sua mão me prendeu.

— Fique por mais tempo, não preciso de gelo. - insistiu e meus pés saíram do chão quando ele se sentou ao início da cama, me sentando em seu colo e colocando minha cabeça sobre seu peito. — Só preciso de você.

— Você bateu no seu irmão? - levantei meu rosto pra encará-lo, colocando minhas pernas em cada lado da sua perna.

— Sim, eu bati. - suspirou a aproximando mais seu corpo do meu.

—Está arrependido? É isso? - ele acordou com a cabeça.

— Nós sempre brigamos, mas eu nunca bati nele daquela forma. - a angústia saiu em sua voz. — Eu fiquei com muita raiva dele, mas não queria machucá-lo tanto. - seus olhos não encararam os meus. — Quase o deixei desacordado, porra! Mesmo que eu estivesse com raiva e ele errado, é meu irmão mais novo, passei dos limites. - aquilo apertou meu coração, sentindo uma grande porcentagem de culpa por essa briga, pois realmente fui a causa. Eu não soube o que falar naquele momento, minha mão trêmula apenas tocou seu rosto e eu vi seus olhos fecharam como se apreciasse meu toque. — Ele disse que iria ter você de volta e eu quis matar ele por pensar em chegar perto de você de novo. - ele abriu os olhos e me encarou novamente. — Diante de tudo, não quero que se sinta culpada, sei que vai pensar que é. Mas quem causou todo essa situação foi ele. - estou tão transparente assim a ele?