vício em você ou na dor que você me proporciona

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Dia 1º de setembro, às 21:39 da noite, escrevo esta carta sabendo que nunca será lida. Às vezes me pego olhando para a lua e lembro de você, às vezes perto, às vezes distante.

Um dia você é meu, no outro não me pertence.

Quando vejo você se interessando por outra pessoa, dói muito.

Mesmo me ferindo, não consigo me afastar de você, pois te amo tanto. Sei que amar é deixar ir, mas não consigo te soltar. Não suporto a ideia de vê-lo com outra pessoa. Cada vez que penso em te perder, sinto-me sem chão.

Você me deu o mundo e uma estrutura, mas sinto que você pode tirar isso de mim facilmente.

Você destrói tudo o que lutei para reconstruir. Às vezes ilumina meu caminho, outras vezes me deixa no escuro e perdida em sua confusão.

Dói muito, pois "pessoas confusas machucam pessoas incríveis".

Não quero me machucar novamente e sei que se eu começar a me priorizar, irei te perder.

Ficar perto de você me faz mal, mas ao mesmo tempo me faz bem.

Você traz a paz que preciso, mas também arranca isso de mim com a mesma intensidade.

Sinto-me viciada no seu sorriso e na sua essência.

Muitos me acham boba, trouxa e tudo mais, mas eles não te conheceram da mesma forma que eu conheci.

Por isso defendo você na mesma intensidade em que você me machuca.

Não sei se sou viciada em você ou na dor que você me proporciona.







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