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Resumo: Sorvete e " É isso aí camisa 10!"

(Lorelai)

Eu sei o que você deve estar pensando, como que caralhos eu aceitei subir na garupa de um desconhecido? Ah, ele é bonito pô.

Vai dizer que você não faria o mesmo?

E sinceramente, mesmo com tão pouco tempo eu sinto que posso confiar em André e confiar ainda mais em Mathias, sei que é arriscado, mas é assim que se faz amizades, não é?

Estamos a alguns minutos pedalando, eu nunca vim pra esse lado da ilha, nunca passei da praia ou da casa da Amy. Claro a gente já deu algumas voltinhas, mas eu me canso muito rápido quando estou com pernas, preciso de água e então tenho que voltar pro oceano pelo menos por alguns minutos para repor minhas energias.

Ser humana afeta menos Emy, claro que o colar que ela possuí influencia diretamente nisso, ela vai pra escola e vive na ilha afinal, seria difícil suportar horas na escola sem precisar de água, sem a ajuda de magia.

Mas é tão linda, as casas coloridas de diferentes tamanhos, mas em sua maioria pequenas, esbanjando flores em suas janelas e varandas. Algumas casas eram brancas e mais pareciam um quadrado com janelinhas azuis do que verdadeiramente um lugar que alguém moraria, mas ainda sim tinha cara de lar.

Tudo é tão colorido e simples, mas esbanja tanta beleza em cada cantinho, estamos em uma área mais a cima do nível do oceano, uma espécie de morro e a vista pro mar que temos daqui de cima é de tirar o fôlego, sempre fui e sempre serei apaixonada pela água.

Crianças brincavam de bola nas ruas, com suas mães gritando para terem cuidado com os carros. Uma menininha que não parecia ter mais que sete anos, acenou para nós enquanto passávamos.

- OI TIO ANDRÉ, OI TIO MATHIAS E OI TIA BONITA!- Foi o que a pequena garotinha com trancinhas loiras gritou em nossa direção, fazendo com que eu e os dois garotos déssemos um caloroso tchauzinho com as mãos.

- Quem é ela? - Perguntei para o loiro a minha frente.

- É a filha da patroa do André, Melissa. Ela sempre gostou da gente, pedindo pra André brincar com ela durante o horário de almoço dele. E ele sempre brinca, vai ver porque ele também é uma criança por dentro. - Rio com sua fala, por que sim, mesmo conhecendo ele por tão pouco tempo é visível que André com com certeza tem a alma de um garoto de onze anos, esbanjando esse jeito brincalhão por onde passasse, sempre acenando para os moradores.

Ele e Mathias eram um dupla estranha, André era exagerado e sempre estava em movimento, Mathias em particular gostava de ser invisível, mesmo que lindo daquele jeito fosse meio impossível.
André fala demais e muito rápido, já Mathias quase não fala.
André tem seu carisma, assim como Mathias. Mas confesso que tenho uma quedinha por loiros...

- Eu sou ótimo com crianças, tá? Não é minha culpa se eu tenho o charme - O garoto negro se exibe mandando um beijo para Mathias, que revira os olhos, mesmo com um sorriso enfeitando seu belo rosto.

🌺

Paramos enfrente a uma sorveteria pequena, encostamos as bicicletas na parede e entramos no estabelecimento que possuía um cheirinho bom de doce e uma linda fachada rosa. Dá pra perceber que a ilha toda parece ter flores em todos os lugares, inclusive na placa da sorveteria.

- E ai, Gustavo? Tudo de boa? - André cumprimenta um garoto que estava no caixa com um toque de mãos.

- Tranquilo, mas o que vocês estão fazendo aqui a essas horas? Não estão na escola por que? - O moreno pergunta, sorrindo.
Enquanto isso eu estou parada atrás de Mathias, meio sem saber o que fazer. Será que eu me apresento?

Our Last Summer Onde histórias criam vida. Descubra agora