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Três dias se passaram e tudo o que havia acontecido não saía da minha cabeça, pensei até em denunciar aquela ganguezinha para a polícia, mas eles são espertos demais, eu estaria apenas moldando a minha morte. Fui obrigada a pisar no meu orgulho e voltar para a casa, fiquei de castigo claro, meu pai me deu um discurso e blá blá blá

Estava na minha cama, lendo algo desinteressante que havia naquelas revistas sem graça que eu adorava comprar, vai entender, a tristeza batia quando eu me lembrava que só havia mais duas semanas de férias.

O telefone tocou.

- Filhote de homem das cavernas, está em casa? - era bel, minha melhor amiga

- Claro, mas por que não me ligou do residencial? — Debochei.

-Vai te foder Anna, você não atendia a droga do celular então liguei para o residencial.

- Ta bom, agora fala o que você quer. — Perguntei.

- Vem aqui, preciso de companhia, estou me sentindo sozinha - pude visualizar ela fazendo drama na hora.

- Garanto que não quer uma "filhote de homem das cavernas" na sua casa. — Eu dei risada.

- Quem disse isso pra você? — Ela se fez.

- eu vou tomar banho e daqui a pouco estou aí.

A casa da bel ficava algumas quadras depois da minha, pelo menos por algumas quadras eu posso respirar um pouco fora de casa. Enquanto eu caminhava tranquilamente, pude observar assim que dobrei a rua uma agitação onde havia exatamente 20
garotos, que formavam um círculo humano e dentro desse círculo, eu não
conseguia ver, eles estavam gritando para bater... Quando eu tenho que
parar de ir nessa rua? Eu ia voltar mas a curiosidade gritou mais alto, naquele
círculo havia dois garotos brigando, conseguia ver o garoto apanhando loucamente enquanto sangrava os lábios, até que um garoto me deu uma brecha e pude ver quem era os dois, eu não me contive quando vi já estava gritando.

- KYO -gritei desesperada indo para o meio - Larga ele Cameron. — Antigamente, ele era meu melhor amigo, mas no decorrer dos tempos ele se afastou de nós e mudou suas atitudes e de repente ele fazia parte de uma gangue, foi aí que percebemos que tinhamos perdido ele.

Me ajoelho ao lado de Kyo, ele estava quase desacordado e com o rosto sujo de sangue, Rafe só tinha um pouco de seu supérfluo cortado, mas bem pouco mesmo, o que me deixou com raiva.

— Que merda de gangue é essa?.— falei - Por que não acabaram com o Cameron? Por que deixaram ele sozinho seus merdas - Falei para uns caras da gangue do Kyo.

— Em briga de líderes, membro nenhum se mete.— A voz rouca de Cameron tomou o canto escuro.

- Cameron, eu te odeio. — Eu disse enquanto mantia minhas mãos no rosto de Kyo.

- Você não é a única - Rafe disse e riu.

- Kyo, não desmaia. - beijei seu rosto, que era meio nojento pois estava cheio de sangue.

As gangues estavam um de cada lado,  enquanto Rafe, Barry, Diego e Ben riam.

— É quem mandou se meter com papai aqui - Ouvi Rafe falar, porra ele consegue ser ridículo.

— Aí, consegue levar Kyo até esse endereço. — Me aproximei de um dos caras da gangue de Kyo e ele assentiu. — Diz a Bel que já já estou la.

-Mas você não vai? - Ele pergunta e eu assenti.— Nao posso te deixar aqui.

— Relaxa, em cinco minutos eu já estou do seu lado denovo. — Eu entreguei um pequeno sorriso.

— Nunca mais encoste um dedo nele.— e atenção deles foram toda para mim.

𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐈𝐕𝐄 - Rafe Cameron ( Adaptação )Onde histórias criam vida. Descubra agora