𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝟏/𝟐

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       A PARTE DA NOITE DO DIA ANTERIOR PASSOU-SE DE FORMA lenta e friorenta, demonstrando que a manhã seguinte seria o terror de Bella, que resmungava chateada enquanto se enterrava entre as colchas quentes e soprava em suas mãos, seu corpo estava encostado em mim e assim fomos jogando mais conversa fora. Estávamos sentadas no sofá assim que Charlie chegou em casa, o agradeci com um looooongo abraço pelos matériais e então aproveitamos uma caixa de pizza que meu tio trouxe consigo. Nos divertimos pelo resto da noite e ele logo foi dormir. Não demorou para que eu e Bella nos arrumássemos e que cada uma ir para seu próprio quarto.

       Abro meus olhos assim que ouço a voz de Bella me chamando, ela está sentada na beirada da minha cama, sinto ela me balançar de forma delicada

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       Abro meus olhos assim que ouço a voz de Bella me chamando, ela está sentada na beirada da minha cama, sinto ela me balançar de forma delicada.

— É melhor acordar logo, não quer se atrasar logo no primeiro dia, né? – ela pergunta risonha, bocejo enquanto meus braços se esticam para cima, me espreguiço e dou um beijo em sua testa, Bella sorri e se retira.

      Após um banho quente e não muito duradouro, sai enrolada em uma toalha e fui ao meu quarto, Charlie havia saído mais cedo por conta de um chamado repentino, ele iria ajudar uns policiais com pistas novas sobre os ataques de animais, desejei que eles conseguissem resolver logo esse mistério. 

      Desenrolei a toalha do meu corpo, vestindo um conjunto de roupas que eu havia separado no dia anterior, uma calça skinny de cor clara, uma blusa de mangas grandes preta e pano grosso, puxei um moletom marrom grande das costas da cadeira e terminei de me vestir. Me sentei na ponta da cama e calcei minhas botas, antes colocando uma meia quente de um desenho animado antigo felpuda. Penteei meu cabelo, passei um perfume leve e adocicado e sai às pressas do quarto, descendo as escadas com minha nova mochila apoiada em meu ombro.

— Oi, Bells! – sorri animada, ela retribuiu enquanto colocava o resto dos ovos mexidos num prato, me sentei na cadeira vazia e ela me empurrou a comida, sorri mais abertamente, eu adoro quando Bella cozinha, ela parece ter um tempero especial.

— Coma devagar, que assim que você terminar, nós já vamos meter o pé pra escola. – acenei em concordância, comendo os ovos mexidos com algumas fatias de bacon fritas, não é o café da manhã mais saudável, mas sem dúvidas, eu gosto.

Tomei um copo d'água, lavando as poucas vasilhas que tinham na pia, com Bella me ajudando a guardá-las como sempre. Saímos de casa e andamos em direção a uma picape velha e laranja, era a caminhonete de Bells pensei que se eu pedisse um carro pro meu pai, talvez ela pudesse jogar essa lata-velha fora.

— Quem te deu essa caminhonete? – questionei, mantendo o desgosto pela picape enfiada em minha garganta, Bella tem um amor incompreendido por mim por ela.

— Billy Black e o meu pai, um presente de boa-vindas que Charlie estava querendo comprar pra mim, mas pelo fato de serem muito amigos, Billy deixou Jake consertá-la e vendeu ela pela metade do preço. – vi a felicidade que Bella sentia falando da máquina enferrujada, soltei um simples "entendi" e seguimos a viagem em silêncio, e a cada metro que chegávamos mais perto da escola, mais a minha cabeça pulsava forte, relembrando do sonho estranho que tive. Bella cortou meus pensamentos, tínhamos estacionado, e eu nem tinha percebido...

— Quer ajuda pra descer? – ela perguntou, abrindo a porta da máquina laranja e 'pulando' para fora, neguei a ajuda. Abri a porta, desci e respirei fundo, dei a volta por trás da caminhonete e já pude sentir meu café da manhã subindo pelo meu estômago quando percebi os olhares se direcionando para Bella e outros curiosos tentando me enxergar por trás do carro, minha prima me olhou com um sorriso preocupado quando percebeu meu desconforto e me chamou com a mão, andei lentamente em sua direção, pegando-a e me recusando a olhar em volta.

— Porque eles são tão curiosos? – sussurrei um pouco brava, eu odeio que me encarem, me sinto um animal exótico em um zoológico.

— Eles não tem muita novidade por aqui, e duas garotas novas na cidade, parentes do xerife e super bonitas, são um pacote cheio para eles cochicharem pelo resto do ano. – ri de sua zoação, mas ela está certa.

— Espero que parem logo com isso... – ela soltou minha mão e abraçou meus ombros e logo lembrei de Edward, o garoto arrogante e ao mesmo tempo, lembrei do outro Edward, o garoto dos meus sonhos e sua família pálida e amedrontadora, eu esperava que eles fossem pessoas diferentes. -— Onde ele está? – ela me olhou confusa, expliquei. — O garoto mal-humorado.

— Oh, bem, tinha me esquecido disso... – ela olhou para os próprios pés, depois me encarou. — Não olhe agora, mas ele está do outro lado do estacionamento. – eu quis me matar na frente de todos, assim que senti um calafrio viajar pela minha espinha e ir até o meu cérebro, não faria sentido eu ter sonhado com alguém que nem conheço... — Cabelo em um topete e cor de cobre, olhos dourados e pele pálida, ele e a família dele estão reunidos em volta dos carros caros. – ela especificou e fiz questão de criar coragem e virar, deixando uma cara de puro desdém, que não adiantou de nada.

      Confesso que me arrependi de olhar, eu particularmente não gosto da sensação de deja-vú, mas ainda sim, valeu a pena, de certo modo. Eu o olhei nos olhos e posso dizer que uma sensação fervorosa se espalhou dentro do meu peito, como fogo. Alto, um pouco musculoso, pálido, olhos brilhantes e penetrantes, expressão rígida assim como sua postura, mas tão, mas tão bonito. Não me dei ao trabalho de olhar o resto de sua família, mas pude sentir olhares intensos sendo direcionados à mim.

— Puff, ele nem é tão bonito assim. – menti, cruzando os braços e virando o rosto para um ponto qualquer, ela arregalou os olhos e me olhou com se eu tivesse falado algo terrivelmente burro.

— Você não é louca de falar algo assim, sabe que ele é bonito. – ela me refutou de forma nervosa, imaginei por um instante, que talvez ela gostasse dele, ignorei isso quando ela soltou a seguinte frase: — Eu odeio ele, com certeza, mas não podemos negar a genética boa que ele e a família dele tem. – concordei sem dizer nada, ela me olhou por uns segundos, me puxou para perto de si um pouco mais e ofereceu que seguíssemos até a nossa sala, ou melhor, que cada uma seguisse para sua sala, teríamos aulas separadas, tendo apenas geometria e graças aos céus biologia juntas, e imaginei que seria mais fácil de vigiá-los e ver o que incomodava tanto aquele garoto.

       Apertei o passo quando percebi que ainda tinham pessoas nos olhando, suspirei pesado e mais um calafrio gelado e pontudo passou por todo meu corpo, me fazendo olhar para trás, e então eu os vi por completo, uma família linda e exuberante, imaginei quem os tinham feito e quanta inspiração eles precisaram para fazer uma família tão perfeita. Eu me virei para frente, mas repassei em minha cabeça o olhar de cada um deles, mesmo sem conhecê-los...

Quero muito que as pessoas possam se divertir com as minhas fanfics banais novamente, eu percebi do pior jeito que eu sinto saudades disso tudo e de todos vocês!

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Quero muito que as pessoas possam se divertir com as minhas fanfics banais novamente, eu percebi do pior jeito que eu sinto saudades disso tudo e de todos vocês!

                                           (Tia Alex)

𝐂𝐢𝐧𝐳𝐚 𝐞 𝐃𝐨𝐮𝐫𝐚𝐝𝐨 - 𝐓𝐰𝐢𝐥𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora