Capítulo 04

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O rei reuniu todos os plebeus na frente do castelo, ele estava com uma feição séria e preocupada. Os guardas estavam alinhados na frente do povo empunhando suas espadas com postura claramente preocupada e em modo de defesa. Sn estava num canto longe do meio da multidão, mas ela estava próxima o suficiente para ver a mão do rei trêmula.

- Povo, eu tenho uma notícia ruim para dar. - ele começa, fazendo todos se silenciarem - Sabemos que nosso reino é bem maior do que esse vilarejo, temos mais de cinquenta vilarejos espalhados pelo país, mas nós somos a capital. Fomos atacados pelo reino da Coreia do Norte, eles feriram alguns de nossos guardas e alguns de nossos aldeões.

Sn tocou o curativo em seu pescoço e se arrepiou em lembrar do medo que sentiu naquele momento que a lâmina tocou sua pele e cortou.

- No entanto, revidamos e conseguimos salvar todos. Uma provável batalha irá se iniciar contra o reino Norte coreano, então peço que não entrem em pânico, pois eu irei fazer o possível e o impossível para proteger vocês, meu povo, outros povos dos vilarejos estarão chegando aqui na capital pelos próximos seis dias, nós estaremos recebendo os guerreiros deles para caso algum outro ataque aconteça, e como os outros vilarejos não podem ficar desprotegidos, a maioria virá para cá. Como nosso reino é o maior, será possível acomodar todos aqui, peço que sejam receptivos e gentis com nossos convidados, pois eles estarão vindo para nos dar apoio. Os estabelecimentos terão que ser reabertos, mas transformados em pequenas pousadas, já que temos cerca de dez pousadas, mas não serão o suficiente, então os únicos estabelecimentos que permanecerão com suas atividades habituais serão as mercearias, farmácias, correios, marcenarias e as ferrarias, enquanto os prostíbulos, casas de dança, escolas, salões de festa e pistas serão feitos de pousadas, para acomodar nossos convidados, conto com a ajuda de vocês.

Sn voltou para casa pensativa, ela foi até o prostíbulo e olhou ao redor, era grande o suficiente para acomodar cerca de cem pessoas nos quartos, e se ela transformasse as salas de dança conseguiria mais dez pessoas em cada sala, que eram cinco; no total, no prostíbulo ela conseguiria acomodar cento e cinquenta visitantes. Ela foi até a parte da frente e tirou o que estava no caixa da bancada, não tinha dinheiro nenhum mas tinham alguns papéis importantes. Na volta para casa Sn já foi pensando no que fazer naquele dia, quando viu dois guardas na porta de sua casa.

- Olá?

- Olá. Você é a dona do prostíbulo da vila?

- Sim senhor.

- Precisamos fazer a vistoria.

- Dá para comportar cento e cinquenta pessoas, nos quartos e nas salas de dança. Eu vou arrumar tudo até o dia da chegada deles.

- Agradecemos pela compreensão senhorita.

- Sem problemas. - curvou a cabeça e entrou em casa

Ela sentou na cama para trocar o curativo quando bateram na sua janela, ela foi abrir e segurou a risada

- O que está fazendo aí Hobi?

- O que está fazendo?

- Ia trocar o curativo.

- Quer que eu chame a Aisha?

- Não. O que está fazendo aí?

- Estou me escondendo do capitão, ele quer me fazer ir fazer ronda pela floresta

- Mas você é um guarda Hobi.

- E guardas não sentem medo?

- Sim, mas você não deveria. Tem que proteger o povo amigo

- Amiga, eu sinto medo sabia?

- Vai lá, e quando você voltar eu te dou um presente

- Jura?

- Juro. Agora vai.

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Sn estava deitada em sua cama lendo um livro quando a porta abriu, e por ela entrou Hoseok

- Oi Sn.

- Oi Hobi - sorriu - Seu presente está ali

O homem foi até a mesa e achou uma torta de framboesa com uma aparência extremamente apetitosa. Ele sentou para comer e fazia sons se satisfação, Sn sorriu e continuou lendo, mais uma vez a porta abriu

- Minha casa virou pousada?

- Ainda não - murmurou - Por que o Hoseok está comendo como um lobo?

- Ele está com fome, deixa ele. Como você está?

- Estou bem na medida do possível. Você já sabe que seu estabelecimento vai ser o primeiro a ser feito de pousada certo?

- Sei, e já vou começar a prepará-lo amanhã mesmo. Só estou esperando esse machucado sarar, não posso fazer esforço porque dói ainda

- Amanhã eu vou te ajudar lá - murmurou e foi até a cama, sentando na ponta - Estou cansado

Sn puxou ele pelos ombros, o fazendo deitar e começou a fazer uma massagem suave nos ombros dele, o homem deu um sorriso suave com os olhos fechados. Hoseok terminou de comer a torta e sentou no sofá, olhando para os dois

- Yoongi.

- Oi.

- Por que você está com a minha calça?

- É sua?

- É.

- Ah, dane-se. Eu que compro nossas roupas moleque

- Para de se exibir seu idiota

- Me respeita hein - avisou - Se não eu rasgo aquela sua camisa nova

- E eu rasgo a sua garganta

- Como se você tivesse coragem

- Acha que não?

- Hoseok, você se assustou com a porra de uma noz caindo no meio da floresta seu imbecil

- Olha só como ele é comigo Sn

- Vocês dois parecem duas crianças - ela deu risada e bateu no ombro do Yoongi - Deita aqui

Ela se levantou e saiu, Yoongi deitou confortavelmente na cama e cruzou as mãos, pronto para descansar. Sn sentou ao lado de Hoseok e o abraçou de lado, os dois ficaram assim durante alguns minutos até ela acabar adormecendo lentamente. Hoseok viu que ela estava dormindo então a deitou no sofá e pegou um cobertor para a cobrir, Yoongi acordou depois de alguns minutos, ao ver a jovem deitada ali ele a pegou no colo para a colocar na cama

- Oi - Hoseok sorriu ao vê-lo sair da casa

- Por que não me acordou para ela dormir na cama?

- Você estava cansado, e ela dormiu quase no meu colo. Eu sabia que você ia acordar algum tempo depois então ela não dormiu há muito tempo

- Fomos chamados? - aponta para o castelo

- Não. - nega

- Eu vou ir para casa, tomar banho e comer. Vem comigo?

- Agora não.

- Onde você vai?

- Cuida da sua vida amigo - piscou e saiu andando

- Folgado.- revirou os olhos e seguiu para a casa que os dois dividiam

De plebeia à rainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora