Longe de Você...

O Mal Entendido

Após uma bela noite de sono, eu acordei com o sol da manhã iluminando meu quarto escuro. Mesmo com muita preguiça, me levanto da minha cama e começo a me espreguiçar para aproveitar ao máximo meu final de semana. Troco de roupa e passo uma água no rosto, desço minhas escadas e vou até a cozinha para poder tomar café da manhã com meu pai. Chegando na cozinha, vejo que meu pai não está lá, chamo por ele e nada, comecei a ficar preocupado, mas conhecendo ele do jeito que eu conheço, ele deve estar bebendo por aí como sempre. Pego algo para comer e me direciono para meu quarto, onde eu passaria o dia inteiro sozinho, trancado e escutando minhas músicas enquanto a solidão me faz companhia. Coloco meus fones com o som no máximo e me deito no chão olhando para o teto pensando em tudo que aconteceu entre eu e a Luana durante aquela noite e principalmente aquele ocorrido que tivemos ao acordarmos…

O tempo passa, continuo a escutar minhas músicas e nada do meu pai chegar. Ligo no celular dele, mas apenas chama ou cai na caixa postal. Então decidi descer as escadas e sair de casa para procurar ele, pego minhas chaves e começo a destrancar a porta para procurar ele, assim que abro a porta, meu pai já estava na frente dela me esperando, na hora fiquei surpreso, mas não sabia o que dizer…

Filho, desculpa se eu te deixei preocupado, hoje de manhã, eu saí bem cedo pois eu tenho novidades, eu fui em uma entrevista de emprego, e eu passei, eu começo a trabalhar amanhã - diz meu pai todo feliz porque conseguiu um emprego melhor.

Fico feliz em ouvir isso pai, mais da próxima vez, deixe um bilhete avisando, ok? - Fico preocupado por meu pai sair sem deixar aviso, mas fico feliz pela notícia de seu novo emprego. O tempo passa e eu e meu pai conversamos durante o fim de semana inteiro.

Alguns dias depois…

Bom dia Pai, Feliz aniversário - hoje é dia 1 de Novembro, meu pai completa 46 anos, fazem 4 dias que ele conseguiu seu emprego.

Obrigado filho, agora tenho que ir trabalhar - desde de quando meu pai arranjou esse emprego, não tenho mais tempo para falar com ele, eu só vi ele hoje pois acordei mais cedo só para isso. Infelizmente por causa da carga horária dele, quando ele chega, eu estou dormindo, quando eu chego, ele está dormindo e muitas vezes algum de nós não está em casa.

Olho no relógio do quarto do meu pai, e vejo que ainda são 4:28 da madrugada, eu volto para meu quarto e tento dormir, mas eu não consigo pregar o olho, o tempo passa e eu não consigo dormir de jeito nenhum, então fico olhando para o teto e começo a enrolar até dar o horário de eu me arrumar e ir para o colégio, afinal, eu só tenho mais 2 meses de aula. Chega às 6 da manhã e eu começo a me arrumar mesmo morrendo de sono, quando eu termino de me arrumar, eu apenas me direciono para a cozinha para poder fazer uma xícara de café para poder me deixar  acordado, pois isso era minha salvação, mas quando eu penso eu pegar o pó do café,NÃO TEM CAFÉ, eu começo a entrar em disperso pois não consigo ficar sem meu café, mas eu apenas tomo um copo de água e vou embora para o colégio.

No caminho eu acabo vendo a Natasha do outro lado da rua mas decidi continuar a caminhar sozinho, nós vamos caminhando, até que perto de um farol, ela acaba me avistando e vem me cumprimentar - Yago, fico feliz em ver que você veio, você está bem? Como anda a vida? Como anda sua namorada? - ela me encheu de perguntas, parece um interrogatório.

Estou bem Natasha, minha vida anda a mesma coisa de sempre e eu e a Luana não namoramos, somos apenas colegas de sala, na verdade eu e ela somos apenas amigos, não somos nada a mais que amigos - Porque será que ela perguntou como andava minha namorada, eu nem tenho namorada, eu e a Lu somos só amigos…

Me desculpe então Yago, é que tinha um boato falando que você é a a Luana estavam namorando, então achei que fosse verdade - A Natasha falou sobre um “boato”, mais que tipo de boato é esse, tenho que pensar mais sobre isso que ela me falou, mas por enquanto, tenho que ir para o colégio.