Criado em 19/12/2023
Publicado em: 25/12/2023Olá... Como não vou conseguir terminar os dois últimos capítulos hoje, vou publicar os três que já estão fechados. Espero que gostem ❣️🥂✨ Feliz Natal.
Obs.: Se você gostar da história dê o seu apoio deixando uma estrela em cada capítulo, isso ajuda o aplicativo a divulgar a FanFic para outros leitores🥂👌🏾❣️
🎄🎄🎄🎄🎄🎄🎄🎄🎄🎄🎄🎄🎄🎄🎄🎄
As pessoas da mansão já tinham se habituado com todo o mau humor do pequeno patrão, alguns já nem lembravam que um dia ele fora uma criança alegre e bondosa, mas todos relevavam as birras infantis devido aos problemas que ele estava enfrentando em tão pouca idade. Win era uma criança de onze anos que a oito meses perdeu os pais no mesmo acidente que o deixou paralítico sem nenhum prognóstico positivo até aquele momento. E, como o seu único parente vivo era o irmão caçula de seu pai que estava terminando os estudos fora do país, o menino vivia na Tailândia aos cuidados da governanta, que era a única que ele ainda tolerava. Ananda, era uma mulher de meia idade que trabalhava para o Sr. Noppanut, mesmo antes dele se casar com a mãe de Win, então, ela desenvolveu muito respeito e carinho por toda a família, assim, garantir o bem estar do pequeno era um papel que ela gostava.
O gênio alterado de Win, estava dificultando a permanência de uma boa enfermeira e, por isso, a governanta estava fazendo a décima seleção, com esperança que a nova contratada durasse um pouco mais que as outras. Verificando todos os currículos a sua frente das enfermeiras entrevistadas, a governanta optou por uma abordagem diferente, havia uma jovem candidata que não tinha muita experiência, mas uma observação na folha lhe chamou a atenção. A moça informava que se tivesse que dormir na residência do paciente, precisava de autorização para levar seu sobrinho de nove anos, de quem ela era a única responsável. Ananda pensou que por ter um sobrinho que, também, passou por uma grande perda a jovem seria mais paciente e, que convivendo com outra criança o ânimo do seu menino melhoraria, já que desde o acidente Win começou a estudar em casa por se recusar a sair com cadeira de rodas.
Ploy era uma jovem muito alegre e prestativa, há dois anos quando ela terminava o curso de enfermagem, perdeu a irmã e o cunhado em um acidente de carro, tendo que assumir a guarda do seu sobrinho. A família não tinha posses, mas os falecidos tinham guardado uma pequena quantia que deu para se sustentarem até Ploy terminar sua formação e conseguir um emprego. Tia e sobrinho tinham uma vida bem modesta, pois ela pegava apenas trabalhos que a permitissem ter um tempo de qualidade para cuidar do pequeno. Team era uma criança doce e cheia de vida, não tinha quem não se encantasse com ele, de natureza obediente, não dava tanto trabalho como outras de sua idade. Ambos eram resilientes e cheios de esperança em dias melhores.
E, assim que os dois novos moradores foram para a mansão Noppanut, Team ficou deslumbrado com um lugar tão grande e belo. O pequeno logo se adaptou à nova rotina e novas pessoas ao seu redor, enchendo o ambiente com suas risadas calorosas. Curioso, ele sempre se esgueirava para tentar se aproximar do dono da casa que se recusava a interagir com ele. Team espiava com olhos desejosos para o quarto de Win, que para ele mais parecia um parque de diversão com aquele monte de brinquedos. Quando Win era levado para o escritório adaptado para uma sala de estudo, Team ficava do lado de fora abaixo da janela com um caderninho acompanhando as lições do mais velho, até que o professor percebeu e, o arrastou para ter aulas extras com, já que o pequeno estudava em uma escola regular. O pequeno era muito inteligente e ficou muito empolgado com a oportunidade.
Win, também, era muito inteligente, mas seu desinteresse por todas as coisas estava prejudicando seu processo de aprendizagem, sua forma apática de se envolver com tudo não o ajudava em nada. Foi exatamente por esse motivo que o professor Jumpol, quis trazer o menino tão alegre e empolgante para motivá-lo. A princípio, o dono da casa apenas continuou a ignorar o garoto de bochechas fofas que falava sem parar, compartilhando sua interação com as crianças de sua escola, ou relatando suas brincadeiras solitárias, mas divertidas, explorando a imensa propriedade Noppanut. Aqueles relatos cotidiano acabavam irritando Win, que constantemente, de forma áspera, mandava o menor se calar, pois tudo aquilo o fazia lembrar de quando ele podia andar e dos seus pais ainda vivos, o que o deixava muito triste e raivoso por não entender porque era tão castigado pela vida.
- Hoje a professora pediu para fazer um desenho das pessoas importantes em nossas vida! - Team contou com animação, enquanto Win revirava os olhos com desdém.
- É mesmo? E, como saiu o desenho? - Jumpol ignorou a antipatia de Win e incentivou o menor que logo tirou uma folha do caderno para mostrar ao professor. - Oh que lindo! Me diga quem são. - O jovem ficou surpreso com o tamanho do coração do pequeno.
- Meus pais que estão no céu, minha tia Ploy, o Sr. Professor e P'Win! - Team contou todo feliz e, ao ouvir seu nome, Win logo se virou incrédulo.
- Agora sou motivo de chacota para você e seus amigos? - Win questionou entre os dentes, fazendo Team olhar assustado. - Seu pirralho, porque você fez isso? - Ele perguntou com raiva.- N'Win, essa não foi a intenção dele! - Jumpol interviu logo. - Essa é uma forma carinhosa do N'Team dizer que somos importantes para ele. - O jovem tentou explicar.
- Estou vendo! - Win continuou irritado. - Quem você pensa que é para fazer isso? - Ele levantou o tom de voz e arrancou o papel da mão do menino, fazendo o menor ficar mais assustado ainda.
- N'WIN, NÃO !!! - Jumpol gritou ao ver seu aluno, em um acesso de raiva, rasgar o desenho de Team.
A criança tremeu os lábios e suas lágrimas não demoraram a transbordar, ele se ajoelhou no chão e catou cada pedacinho do seu precioso desenho. Os soluços baixinhos aos poucos foram preenchendo a sala até se tornar um som angustiante. Jumpol se aproximou e pegou o Team no colo e o levou para fora da sala. Não demorou muito para Ploy entrar no aposento e, mesmo com os olhos marejados pelo ocorrido com seu pobre sobrinho, a jovem se manteve em sua função e, perguntou se poderia levar o menino de volta ao quarto. Win não dificultou e permitiu ser levado, a imagem do menor chorando por conta de suas ações o deixou abalado, tanto que naquela noite ele teve pesadelos com aquilo. A agitação do sono do patrão fez Ploy correr para verificá-lo.
- N'Win, acorde! É apenas um sonho... - Ploy chamou suavemente para fazê-lo despertar. - Não se aflija, Nah?! - Ela disse quando ele abriu os olhos assustado. - Tente voltar a dormir, hum... - Ela gentilmente arrumou suas cobertas e se sentou na beira da cama cantando uma música de ninar, enquanto acariciava a cabeça do garoto para acalmá-lo.
Win não teve coragem de encará-la ao receber tal carinho, depois da grosseria que fizera com o sobrinho dela naquela tarde. Ele se sentiu envergonhado, mas não ousou se pronunciar, apenas se acomodou e fechou seus olhos para tentar esquecer aquele dia ruim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pedidos de Natal
FanfictionUm presente de Natal/23, para aqueles que apoiam minhas histórias 🥂💞 Obrigada por me motivarem tanto!!! Pedidos de Natal vai ser curta, mas espero que emocione vocês. Ela vai contar a trajetória de superação de duas crianças que se desentendera...