Ela é demais (Jenna Ortega/you)

Capítulo 24 - Como isso é possível?

Oi lindes e perfeites, passando aqui com mais um capítulo pra vocês. A intenção é terminar a fic até o ano novo, me desejem sorte e preparem-se para muito drama. Espero que gostem e estejam preparados para muitos capítulos pela frente.

Os pais de Jenna não pareciam preocupados com o sumiço da filha, pois alguns funcionários falaram sobre as garotas estarem na lagoa. Guisoli não quis atrapalhar o momento de reconciliação delas, enquanto Larson permanecia emburrada.

- Eu tentei, mas juro que não entendo os seus motivos - Guisoli anunciou, após ver a mulher inquieta.

- Quais motivos?

- A sua insistência na Myers.

- Você não lembra como a nossa filha ficou tão feliz? Ela sempre ligava pra gente e dizia sobre a Emma e como ela...

- E você sabe que nunca foi real - O homem retrucou - Nós pagamos pra essa garota se aproximar da nossa filha, só pra termos certeza que ela era realmente lésbica. Você não percebe o quanto isso é problemático e no quanto a Emma não é isso tudo.

- No fim, ela realmente se apaixonou pela nossa filha e...

- Nós pedimos pra ela se afastar, porque seria impossível confiar nela novamente.

- E nós erramos nisso, a Emma é confiável. Sabemos tudo sobre ela, seus planos, a saúde da garota, o histórico de relacionamentos e sabemos que a família dela é influente.

- Nós podemos descobrir tudo isso da s/n.

- E o que te garante que nós podemos confiar na s/n? - A mulher retrucou - Com tantas pessoas ricas naquela escola, por que a pobre órfã iria se aproximar da nossa filha? Tem algo errado Guisoli.

- Os sentimentos da s/n me parecem genuínos - O homem defendeu garota - Acreditando ou não, seja lá o que aquelas duas tem, é de verdade.

- E o que o Shawn disse? - Larson perguntou em tom de desafio.

- Ele ainda não encontrou nada.

- Pelo menos com a Emma, nós podemos ter controle sobre a nossa filha. A Emma conhece a Jenna e...

Antes que Guisoli pudesse comentar sobre as asneiras que a esposa falava, ambos foram interrompidos pela presença de Shawn.

- Com licença, senhor e senhora Ortega - O homem disse educado interrompendo ambos que o encaravam.

- Descobriu algo?

Delicadamente, o homem estendeu uma espécie de certidão de nascimento deixando-os perplexos com o sobrenome da garota.

- Tracey? - Guisoli encarava o papel não acreditando no que lia - Por que a s/n tem o sobrenome da família mais rica do país?

- Porque ela era filha da Larissa Tracey e do Tomás Tracey - Shawn disse simplesmente.

- Ela é aquela criança que desapareceu no acidente de carro? - Shawn confirmou com a cabeça - Por debaixo dos panos, Gwendoline se tornou a representante legal da garota, até que ela complete vinte e um anos e tenha direto a sua herança legal.

- E por que disso tudo? - Guisoli perguntou confuso.

- Os Tracey estavam passando por ameaças e eles quiseram proteger a filha, antes que o mal acontecesse.

- Então ela nunca esteve naquele carro?

- Ninguém sabe ao certo. Dificilmente uma garota de um ano se lembraria. Antes de fundar a escola, possivelmente com o dinheiro dos Tracey, s/n morava com a irmã da Gwendoline, a Pietra Weems no Canadá.

- Como isso é possível? - Larson encarava o marido que estava tão perdido quanto ela.

Naquele clima caótico, ninguém percebeu a chegada das duas garotas em casa.

- Tá tudo bem? - Jenna perguntou ao ver a fisionomia estranha dos pais.

- Jenny, ficamos preocupados - Guisoli piscou voltando a realidade com a fala de Larson.

- Não façam isso novamente - O homem soou autoritário.

- Me desculpe, a culpa foi minha, nós perdemos a hora e dormimos lá - s/n disse em tom culpado - Prometo que não vai se repetir.

- Estão com fome? - O homem perguntou voltando os papéis para o envelope e entregando ao motorista.

- Sempre - Jenna respondeu com um sorriso. Larson, por sua vez, encarava s/n completamente perdida. Não fazia sentido aquela garota ser uma Tracey. Muito menos, ela ser a namorada de Jenna. Emma sempre foi a escolha certa, a escolha deles.

- Eu vou preparar algo - O homem sumiu pela cozinha.

- Mamãe, nós vamos arrumar as nossas coisas - Jenna anunciou prestes a direcionar até os quartos junto de s/n. Ela ainda não estava muito contente com as ações recentes da mãe.

- Vocês já vão hoje? - A mulher perguntou em tom de pesar.

- Amanhã nós teremos um passeio pelas montanhas - s/n mentiu e Jenna confirmou a informação.

Ambas tinham concordando em voltar o mais cedo possível pra escola, a espera de que tudo se resolvesse e as coisas voltassem pro lugar.

Secretamente, as duas queriam que Olivia Rodrigo e Emma Myers desaparecessem misteriosamente, mas elas pareciam mais fáceis de lidar do que com a mãe da Ortega e as suas provocações.

s/n não aguentaria as insinuações de outras mulheres, não quando ainda sentia que ainda estava machucada. Em uma de suas conversas com Jenna naquela noite, a garota confessou que a mãe desejava a sua volta com Emma. A princípio, s/n se sentiu insegura e receosa de que sua namorada terminasse tudo. Mas a sugestão de voltarem pra casa fez um largo sorriso surgir em seu rosto.

Sem dar oportunidades para desculpas, s/n e Jenna foram para seus quartos, arrumar as próprias coisas, sem ter conhecimento das complexidades e segredos que envolviam a verdadeira identidade de s/n. Enquanto organizavam pertences, compartilhavam olhares cúmplices, alheias à revelação iminente que mudaria suas vidas.

Após entregarem as malas para o motorista da família, as garotas foram até a cozinha tomar café. A tensão e o clima pesado era palpável no ar, mas nenhuma delas parecia saber o motivo. Guisoli e Larson trocavam olhares silenciosos, cientes de que a verdadeira identidade de s/n não poderia permanecer em segredo por muito mais tempo, porém aquele não parecia o momento certo.

- Aconteceu algo enquanto estávamos fora? - Jenna perguntou, percebendo a atmosfera carregada.

- Vocês duas sumiram no jantar de ação de graças e nos deixaram desconfortáveis na frente das visitas, é meio claro - Larson dizia tentando esconder as possíveis desconfianças.

- Eu sinto muito - s/n disse com a face culpada.

- Tá tudo bem - Guisoli disse tentando confortá-la - Por que não esquecemos esse assunto e aproveitamos esses waffles?

- Estão maravilhosos, pai - Jenna disse com a boca cheia.

- Seja mais educada, Jenny.

A alguns metros dali, um desconhecido observava a família tomando café e sabia que a sua chefe não ficaria nem um pouco feliz com o que ele descobriu.