Novas Promessas

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Acordo com alguém me chaqualhando e chamando o meu nome bem baixo. Abro meus olhos e vejo que eu havia adormecido no hospital, na cama de Lizzie, que por sinal era a pessoa que estava me chamando e chaqualhando
Olho para a mesma que sorri ao me ver de olhos abertos

- eu estava te chamando a um tempão - diz aliviada - achei que tinha acontecido alguma coisa com você

Ela estava preocupada comigo?

- eu tô bem - eu me ajeito na cama me afastando um pouco para olhar para ela - aconteceu alguma coisa com você?

- não, a Nini mandou eu acordar você - diz sorrindo

- Nini? - assim que eu falo a porta do quartos é aberta por Jennie

Ela vestia um vestido branco da Chanel, um sobretudo preto, óculos escuros da Chanel e uma bolsa também da marca de luxo
Ela também tinha uma sacola plástica em mãos e um porta copos com um copo de café e um de chá

- bom dia amor! - ela vem até nós e deixa um beijo em minha bochecha - que bom que Lizzie conseguiu, eu sei bem como você é difícil de acordar - ela arranca uma risada da garota ao meu lado

- bom dia... - eu estava absorver toda as informações possíveis que eu consegua com o meu cérebro de zumbi que acabou de acordar - quando você chegou aqui?

- bom, fazem algumas horas, certo Lizzie? - pergunta sorrindo

- sim, nós conversamos muito - diz a menina agora olhando para Jennie - a Nini é muito legal

- eu também te achei legal - diz Jennie sorrindo pra ela

A menina parecia encantada pela minha esposa e aquilo estava me deixando com o coração a aquecido, os olhos dela brilhavam ao olhar para Jennie

- o que você tá fazendo aqui? - eu me afasto da menina e levanto da cama

- depois que a Jisoo falou comigo - ela deu ênfase na palavra dando a entender que ela sabia de tudo - eu mal consegui dormir, assim que acordei eu me arrumei e vim pra cá, quando eu cheguei a Lizzie tinha acabado de acordar, conversamos muito e eu fui comprar alguma coisa pra nós comer e pedi para ela te acordar

Jennie caminha até a poltrona que tinha do lado da cama e sentou, colocou a bolsa na cama e retirou da sacola plástica uma caixa de donut's e entregou para a garota que olhava a caixa confusa

- pode abrir anjinho, eu e Ariana não comemos doces antes das 9 da manhã - a menina abre a caixa e faz uma cara surpresa quando vê os dois doces recheados dentro da caixa

- são meus? - pergunta surpresa

- sim, eu comprei especialmente para você - a menina sorri para Jennie e pega um doce dando uma mordida e melando a boca com o açúcar de confeiteiro - e pra você eu comprei um café, do jeito que você gosta

Ela me estende um copo e eu vou até ela para pegar, assim que pego dou logo um gole e aprecio o líquido quente descer pela minha garganta
Eu estranhei o fato da Lizzie não ter perguntado sobre a Maddy, mais ela estava tão feliz comendo os doces que eu nem cogitei a ideia de falar alguma coisa
A garotinha comeu os doces como se fosse a primeira vez que comia aquilo ou até mesmo a primeira vez que comia doce. Assim que ela deu a última mordira Jennie pegou a caixa e colocou de volta na sacola e eu limpei o rosto da menina que ainda mastigava o último pedaço do doce

Depois de minutos uma enfermeira, uma interna e um médico entraram no quarto, o médico veio em direção à menina que se encolheu de medo fazendo eu segurar a sua mão para lhe passar segurança. O homem tenta dar mais um passo mais eu levanto a mão mandando ele parar

- eu tenho que fazer o meu trabalho - diz ele rabugento

Eu reviro os olhos e quando ia responder Jennie começa a falar

- a criança está claramente desconfortável com a sua presença no quarto, peço que se retire e chame uma médica ou deixe as enfermeiras fazerem o trabalho - Jennie ainda estava sentada, mais sua postura tinha mudado completamente

Sua postura estava ereta e sua face estava séria, ela conseguia ser assustadora quando queria

- e quem seria a senhorita? - pergunta o médico de modo debochado

- isso interessa? Achei que o seu interesse fosse o bem estar do seu paciente - diz Jennie devolvendo o deboche

O médico bufa e vai em direção à porta

- olhe os pontos da menina, verifique o local da cirurgia e veja se ela teve alguma reação negativa, depois relate tudo - ele sai do quarto sem nem olhar para a minha mulher

Depois da porta ser fechada as duas mulheres se aproximam da cama e a menina aperta ainda mais a minha mão

- desculpem pela atitude do senhor Logan, ele está mal humorado hoje - a interna se aproxima mais e para do outro lado da cama da menina - oi, eu sou a Adyson, sou uma futura médica que pode te ajudar - a mulher se abaixar um pouco e fica da altura da menina - eu posso olhar a sua ferida?

Lizzie olha para mim como se pedisse minha permissão, eu apenas assenti e ela assentiu para a médica. A mulher retira o lençol que cobria a menina e levantou a roupa de hospital que ela estava usando, eu olhei e vi que não tava tão feio quanto eu imaginava. Tava um pouco avermelhada na área, tinha claramente pontos e não parecia estar infeccionado nem nada do tipo, mais eu não sou médica né?!

- isso é bom, tá tudo correndo muito bem e se continua assim você pode sair daqui ainda hoje ou até mesmo amanhã - a mulher pega a prancheta das mãos da enfermeira e começa a anotar alguma coisa ali

- sair? - ela pergunta baixo, parecia com medo

- sim, aposto que está louca para voltar pra casa - diz a enfermeira e logo sai com a outra mulher

- eu vou ver se consigo mais informações sobre tudo isso, não demoro - Jennie deixa um beijo na testa da menina e me dá um selinho, logo depois sai do quarto

A menina não tinha soltado a minha mão, ela apenas a apertava e eu podia ver sua mão tremendo

- tá tudo bem anjinho? - pergunto e quando olho para ela vejo que seus olhos estão transbordando em lágrimas - você tá com dor em algum lugar? Por que não falou pra médica? Eu vou chamar ela

Eu aí em direção à porta mais ela não soltou a minha mão, ela apertou mais, eu não sabia que uma criança tinha tanta força

- eles vão me mandar de volta? - pergunta baixo - eu não quero voltar Ari, eu não posso voltar pra lá 

Meu coração apertou quando as lágrimas ficaram mais grossas e soluços cortantes preencheram o quarto

- claro que você não vai voltar seja lá pra onde, eu não vou deixar, lembra? Eu prometi a você que ia te manter segura - a menina assente mais não para de chorar

- eu não posso voltar, ele vai me matar - eu me sento na cama e de algum jeito eu solto minha mão da sua apenas para segurar seu rosto com as duas mãos

- ninguém vai te machucar Elizabeth, ninguém! - ela me abraça e eu devolvo o abraço a apertando - eu prometo isso, de novo

Eu sentia as suas lágrimas molhando a minha camisa mais não me importava, aquilo era o que menos importava no momento
Em menos de 24 horas ela havia se apegado a menininha que estava chorando em seus braços, ela sentia que poderia mover o céu e a terra para deixar aquela menina segura, e faria isso nem que precisasse brigar com Deus e o mundo

𝕆𝕦𝕣  𝕃𝕚𝕥𝕥𝕝𝕖  𝔾𝕚𝕣𝕝𝕤Onde histórias criam vida. Descubra agora