O dia seguinte foi um desastre de manhã. Sério. O Leonardo ainda não tinha ido embora, e parecia que ele ia fazer de tudo pra que eu fosse.
Primeiro, ele me acordou (junto com a casa inteira, e talvez os vizinhos) perguntando/gritando onde estava o cereal. Sério, EM CARAZINHO VENDE CEREAL? EU LUTEI PRA ACHAR UM NESCAU AQUI!
Voltando. Ele acordou a casa toda, e a Lê, com seu bom hunor matinal de sempre (finge que eu acredito) gritou na cara dele que não tinha essas coisas aqui e que ele ia ter que se virar. Ele, muito enjoado, disse que preferia passar fome do que tomar o café que elea tinham.
Até que eu gostei disso.
Tomara que fique morrendo de fome na escola.
Pegou minha escova, escondeu minha toalha...aquele cara tinha o quê? Sete anos?
Depois, ele se trancou no meu banheiro por MEIA HORA. Fiquei vegetando por vários minutos até lembra que tinha outro banheiro.
Deixamos ele sozinho em casa e fomos sozinhos, encontrando o Rafa no caminho.
Ficamos conversando até chegar na escola, quando eu fui apresentada pra todos os meus amigos de classe. Gravei uns poucos nomes, os que mais me chamaram a atenção. Eis:
Paola, Isabella, Carol, Pedro, outro Rafael, Maria Clara, Nina, Lucas, um Leonardo que parecia ser bem legal (totalmente contrário ao outro), Lorran, João Paulo, e um monte de outros.
Sentei entre Paola e Lê, com o Rafa na frente e um lugar vazio atrás.
A professora chegou, apresentando-se como Bianca pra mim, e ela parecia ser uma fofa. Ela começou a dar a aula de Geografia, mas eu já tinha dado aquela matéria em São Paulo. Fiquei desenhando no canto do livro pro tempo passar.
Depois de uns 15 minutos de aula, um menino chegou correndo.
Ele tinha cabelo bem preto e olhos verdes, que pareciam o mar à tarde.
-UHUL! Cheguei antes de dar 7:15 e consegui entrar! Weeeee are the champioooons my frieeeends...-ele disse, e todos riram, até a professora.
-Ok, Mateus, vai sentar logo!-a professora disse, mas estava rindo.
Ele sentou atrás de mim, e perguntou:
-E aí? É novata?
Assenti com a cabeça.
-Legal! Posso te mostrar a escola? Quer dizer, não é muito grande, mas é sempre bom ter alguma pessoa conhecida no início do ano né?
Eu já ia dizer que eu já conhecia várias pessoas, mas acabei aceitando pra não ser mal educada.
A aula acabou, e o Mateus me mostrou a escola toda, como prometido. Sentamos num banquinho do pátio e conversamos até a Lê sair da aula extra dela.
-Tchau! Até amanhã!-ele disse, acenando.
-Tchau!
-Amiga, quem é o gato?-a Lê falou.
-Não sei, ele se ofereceu pra me mostrar a escola. Ele não é aluno antigo não?
-Nunca vi na vida.
O Calango se intrometeu:
-Eu acho bom mesmo que você não fique olhando pra outros "gatos" por aí, Lele!-ele disse, com ciúmes, e fazendo aspas aéreas.
-Ai, para com isso, amor! Eu gosto mais de calangos que de gatos!-ela disse, dando um beijo nele, e nós rimos.
O Leonardo não tinha ido na escola. Chegamos em casa e ele tava dormindo.
Folgado que só.
O FILHO DA MÃE ME ATRASOU HOJE, FICOU NO NEU BANHEIRO POR UM TEMPÃO, E FICOU DORMINDO?
É por isso que nutella é melhor que muita gente.
O Rafa veio em casa de tarde, e ele e o Calango jogaram no Xbox por um tempão, tanto tempo que a gente nem viu que começou a cair um temporal. O Rafa ligou pra mãe dele buscar, mas o carro tava quebrado, e era muito perigoso voltar a pé, então ficou resolvido de ele dormir no sofá.
Eles pararam de jogar, dizendo que já estava doendo os olhos, e a Lê sugeriu brincar de verdade ou desafio. Todo mundo topou e começamos.
-Calango, verdade ou desafio? -eu disse.
-Desafio.
-Te desafio a gritar da janela aquela música de Cinderela, Bibidi Bobidi Bu.
Ele foi, e nós, as pessoas boas que somos, filmamos tudo huehuehue
A brincadeira continuou por muito tempo, até que chegou no ponto:
-Raquel, verdade ou desafio? -o Rafa falou
-Verdade.
-Quem foi a última pessoa que você beijou?
-E-eu nunca beijei ninguém...-digo envergonhada
O Rafa não falou nada, mas ficou meio constrangido, e girou o chinelo de novo.
-Rafa, verdade ou desafio?-O Calango disse.
-Desafio.
-Te desafio a tirar o BV da Raquel.
Entrei em pânico. Sério. Eu não queria mesmo. Eu queria perder o BV com meu namorado, não num jogo!
Nota mental: acordar o Calango jogando água na cara dele.
O Rafa perguntou pra mim:
-Tudo bem pra você?
A Lê, minha salvadora, sabendo que eu queria perder o BV com emu namorado, disse:
-Ah, não! Isso é muito sem graça! Muda isso, amor!
O Rafa fez uma cara que eu não consegui identificar pra Letícia.
-Então tá! Passa trote pra minha ex!
Depois do trote do Rafa, nós ficamos a noite toda passando trote, até uma hora que o Calango resolveu contar histórias de terror. Eu, mais medrosa pra isso impossível, fiquei morrendo de medo no final da primeira história.
-E ele nunca mais foi visto...-o Calango disse, no final da última história.
Dois segundos depois, ouvimos um barulho alto vindo da cozinha, e eu, medrosa, dei um grito e pulei no colo do homem mais próximo.
Que por sinal, era o Rafa.
Pedi desculpa, e o Calango foi ver o que era.
Fiquei apreensiva por ele, mas eu é que não ia.
Ele voltou com um gato na mão.
O quê?
-Mina! O quê você tá fazendo aqui? -O Rafa perguntou, pegando a gata.
Depois desse mal entendido, começamos a contar histórias engraçadas que aconteceram com a gente, e rimos bastante.
Fomos dormir às 00:45.
No outro dia, a Lê estava doente, o Leonardo não tinha voltado pra casa, e o Calango ficou pra cuidar dela, então fomos eu e o Rafa juntos pra escola, e encontramos o Mateus no caminho.
Chegamos na sala, e fez-se um montinho com um monte de gente falando ao mesmo tempo ao meu redor.
-Que houve?-eu disse, desesperada.
A Paola fez todo mundo ficar quieto com um berro, e a Isabella perguntou o que me fez gelar até a espinha:
-Você é aquela menina do auditório com o Leonardo, né?
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Eu já disse que amodoro vocês? uma semana de fanfic, e quase 250 visualizações!
Vocês
São
AMAZING♥♥♥♥
Divulguem a fanfic pra mais gente conhecer!!!
Comentem o que acharam, e qual rumo vocês acham que a história pode tomar★
Beijos,
Eu♡
