capítulo único

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Oi amores
Turu bom?

As coisas saíram do controle... Eu pensei A e escrevi B. Tá tudo bem, porque acho que vão gostar bastante igual, mas assim... Nada faz sentido na minha cabeça.

Euzinha já contei pra vocês que desconto na escrita o que sinto, certo?

Pois eah...

Tem muito de mim aqui e eu peço desculpas por isso, mas me faz um bem danado. 🤷🏼‍♀️

Ainda não desisti do amorzinho. Juro. Ainda vai rolar.

Mas enquanto isso eu pergunto: E o beijo Kelmiro, em produção?! Quandéque?

Aiaiai... Não revisei, desculpa, sou péssima nisso.

Boa leitura, lindezas
Tá?
Tá...

Gente, eu tô bem triste que não tô conseguindo responder vocês e alguns comentários nem consigo ver 😭
Então agradeço imensamente todos que tiraram um tempinho pra ler e comentar minhas doideira. ❤️❤️

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Estava exausto. 

A verdade é que muita coisa vinha acontecendo, tanto na vida pessoal quanto na profissional e, ironicamente, muita coisa se chocava no meio do caminho entre os dois lados de sua vida. 

Nos últimos dias sorria, conversava com seus familiares e amigos, mas dentro de seu peito algo estava muito bagunçado. Não sabia dizer exatamente o que era, mas estava ali do momento em que acordava até o momento de dormir. Quando conseguia dormir, claro. 

Vinha trabalhando de domingo a domingo há quase um ano, dando tudo de si em cada pequeno detalhe que era entregue em suas mãos para dar vida. Se o detalhe era pequeno, ele transformava em algo ainda mais sutil e especial, assim como julgava ser tudo o que vinha fazendo. Não era somente por si, por seu trabalho e também sua vaga empregatícia, eram por todos os outros que viam nele a própria história representada, no que sabia espelhar na vida de cada um que precisou, ou não, passar por algo semelhante ao que vivenciou ou encenava. 

Estava cansado e às vezes isso se mostrava em seus olhos, uma janela sempre tão escancarada para sua alma, pelo menos para quem sabia o mecanismo para abrir a clarabóia de seus sentimentos. 

Hoje, especificamente, sentia-se ainda mais abatido. Não bastasse toda a sua própria confusão, o personagem, a quem doava sua voz e corpo, andava tão confuso quanto. 

Entrando na reta final das gravações, o que odiava pensar e provavelmente era um dos motivos de toda sua bagunça, as pontas da trama começavam a ser amarradas e as verdadeiras faces começavam a se mostrar, bem como as evoluções passavam a se completar ou acontecer de forma intensa. 

No caso de Ramiro? 

Intenso. 

Com certeza intenso, desde o primeiro suspiro carregado de sotaque que deixou escapar por entre seus lábios cheios. 

Hoje Ramiro mostrava todas suas camadas de forma mais clara e, se antes era difícil dar vazão a todas essas camadas de forma discreta, encoberta de palavras subentendidas, agora era ainda mais pesado tendo que externar tudo. 

O personagem hoje amava com todo seu corpo, sofria com toda a alma, negava-se a fazer o que sempre fizera e isso o jogava em inúmeras crises de ansiedade. 

Amaury sempre deu a alma e tudo o que se propôs a trabalhar. Sua frase sempre foi “Me dá o personagem que o resto eu faço.” e não era hipócrita, sabia que fazia bem. Sentia-se amado, lisonjeado e, acima de tudo, finalmente notado e valorizado. 

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