A Amiga Da Nossa Filha (NOVA VERSÃO)

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•ESTELA•
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Estava oficialmente de volta a cidade e nem podia acreditar nisso, tudo parecia um lindo sonho da minha cabeça. Me acostumar com o clima de Manhattan, passar a madrugada fofocando com a melhor amiga, fingir estar dormindo quando algum responsável vinha nos conferir... Tudo isso me passava uma ótima sensação de casa, como se aqui fosse verdadeiramente meu lar.

Olhei para o espelho mais uma vez me certificando de que tudo estava apropriado. Geralmente não era obcecada por aparência, mas estava em uma casa que não era minha, por isso gostava de me atentar aos detalhes. Nada de roupas inapropriadas, cabelo bagunçado e muito menos dormir até tarde.

Respirei fundo e tentei aliviar o sorriso que estava em meus lábios, desde que cheguei aqui não conseguia o tirar do rosto. Me afastei e fui em direção a saída do quarto de Emilly, os sons de conversa enchiam os corredores.

Eu estava familiarizada com essa rotina, acabei me acostumando quando aos poucos fui me inserindo a essa família agitada. Minha mãe havia engravidado com vinte anos e foi graças a mim que meus pais resolveram se mudar para um espaço maior e foi ai que meus destino se entrelaçou com o de Emilly. Penellope sempre foi do tipo hospitaleira, por isso cuidou de tudo para que conhecesse seus vizinhos, então ela acabou se deparando com um jovem casal de dezeseis anos que haviam acabado de ter uma filha, pois é, Isabella e Castiel foram pais jovens mas isso não foi motivo para minha mãe se afastar, pelo contrário, eles ficaram amigos e aos poucos nos unimos formando um laço muito bonito. Era comum eu dormir aqui frequentemente.

Desci as escadas sendo guiada pelo cheiro maravilhoso de café da manhã e assim que entrei na sala de jantar vi a família reunida. Isabella olhou para mim e ampliou o sorriso.

— Estávamos esperando por você, coelhinha — Fiquei surpresa com as palavras da morena.

— Coelhinha? Sério mãe? Estela já têm vinte anos para ser chamada assim — Emilly contestou.

— Pouco me importa, para mim vocês sempre serão minhas pequenas — Tentei não deixar minhas bochechas esquentarem mas falhei.

Coelhinha era um apelido que Isabella havia me dado quando eu tinha uns cinco anos e desde então a mulher me chama assim, até mesmo ganhei um ursinho de pelúcia de coelho do qual guardo até hoje, na verdade ele acompanhou toda minha viagem de dois anos. Só não imaginava que o apelido permaneceria quando eu fosse embora.

Sentei ao lado da minha amigo e vi Alicia quase dormindo em cima da mesa. A garotinha, que estava gigante desde a última vez que a vi, batalhou muito para ficar acordada comigo e com Emilly até tarde, nem precisava dizer que ela não havia aguentado tão bem quanto nós.

Alguns passos se aproximaram e em um instante Castiel entrou na sala de jantar com uma travessa cheia de panquecas perfeitamente ao ponto. Ele se juntou a nós na mesa.

— Espero que goste, lembro que você adorava panquecas em formatos aleatórios — Foi seu cumprimento para mim.

Minha doce infância se iluminou por alguns segundos e vi uma alegria me contagiar. Eu tinha certeza que as panquecas de Castiel ficariam perfeitas em qualquer formato, mas tinha algo em comer esses bolinhos com formato de girafa que deixava tudo melhor.

— Quais são os planos de hoje, meninas? — Minha tia perguntou enquanto todos se serviam.

— Estela vai se encontrar com a mãe dela e depois nós duas vamos visitar a campus da faculdade.

— Isso é maravilhoso, querem que eu leve vocês? — Ela falava ao mesmo tempo em que tentava deixar a filha ao seu lado de pé sem deitar em cima do mel e das panquecas.