Sorriness [ 2chanmin ]

Capítulo Vinte e Dois

oi??

★

Seungmin estava nas nuvens.

Parecia que tudo o que mais sonhava, ansiava e desejava estava se tornando realidade, até mesmo o que não sabia ser necessário para a sua felicidade. Sua vida virou de cabeça para baixo de forma positiva e estava descobrindo mais sobre si. O bando estava lhe fazendo um bem danado e com Seoha ao seu lado, tudo parecia certo.

O jantar com Changbin lhe proporcionou conhecer mais sobre ele. Azul era sua cor favorita, amava imensamente lasanha e tinha uma mania completamente fofa de enrugar o nariz quando sorria. Era um bom ouvinte, prestativo e bem observador. De uma inteligência invejável para a pouca idade mas idade que não importava de nada pois era decidido do que queria.

Changbin foi uma bela caixinha de surpresa que ele amou conhecer e permitiu intimidade. Seus toques eram tão suaves quanto respeitosos, genuínos e delicados. Os beijos com ele eram sempre calmos, nada afoito e nunca passando o limite - até porque Seungmin sequer cogitava a ideia de ultrapassar esse limite. O que mais gostava nas carícias trocadas com ele naquela noite sobre a luz forte da lua, era que se sentia amado de verdade, transmitia conforto, ele segurava em sua cintura enquanto entrelaça os dedos nos fios de sua nuca de forma suave.

No fim, Changbin era o contrário do que se mostrou de primeira. Não era carrasco, impulsivo e abusivo. Changbin passou a conversar com seu pai sobre os seus descontroles com seu lobo e passou a ficar mais suave, não que não tivesse seus picos de raiva mas eram pouco frequentes e ele não chegava ao ponto de se descontrolar. O verdadeiro líder do bando era alguém de confiança, bom ouvinte e delicado da sua forma.

Seungmin acreditava que lá no fundo eles eram partes de uma mesma alma de tão intenso e rápido a forma como eles conseguiram se conectar. Se perguntava, se em relação a Chan sentiria coisa parecida ou ainda melhor.

Deitado em sua cama de barriga para cima e sorriso moldando seu rosto, ele estava desconectado do mundo. Seu pensamento vagando para meses atrás e notando a mudança extrema que sua vida teve e em como ele não se via mais naquele cenário triste, mórbido e monótono. Era até cômico pensar que acreditou que aquele lugar era um lar, estava mais para prisão. Se orgulhava por, mesmo nas circunstâncias que tudo aconteceu, ter conseguido sair daquele lugar infernal e sem salvação, conseguia respirar de verdade agora.

Se sentia amado, cuidado e necessário para os outros de forma saudável. Cada um ali tinha uma característica que o fez se sentir mais confortável com tudo, aquela era sua família e se tocar disso era gratificante, mesmo com as suas cicatrizes ainda abertas, eles o acolheram e trataram como igual. Definitivamente estava no seu melhor momento.

O cortejo era uma parte ainda mais interessante para ele.

Nesses dias ganhou tanto presente que se perguntava onde colocaria todos eles, mas além do material havia o significado emocional, essa era a mais importante. Não se desgrudava da sua coroa e pensava em usá-la todos os dias mesmo depois do fim do cortejo de tão bela e significativa que era. Dentre todos eles havia um par de colar e brincos que ele prometeu usar somente no último dia do cortejo pois era linda e pela forma que Chan o entregou havia um belo significado para ele, lhe disse que a última pessoa que usou teve o mais belo dos casamentos e a pedra lapidada nela foi encontrada pelo parceiro dela.