Cap. 1

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Na cachoeira estava uma bela mulher sentada numa pedra colhendo lírios, seu nome era Lis. A mesma estava lá desde seis horas da manhã. Estava saudando sua mãe Oxum com lírios brancos que combinavam com seu olhar. Lá, tinha um homem que a viu mergulhando na água novamente, a mesma vestia uma blusa amarela que aparecia a barriga que era uma regata e um shorts de lycra branco. Ela mergulhava lá todo dia de manhã. Mas, o que ele não tinha visto, era que quando mergulhava, aparecia uma bela cauda de sereia amarela e azul.



Em plenas quatro horas da tarde de uma sexta-feira ensolarada e abençoada pelas forças de Oxalá, nas ruas do Ceará, estava ocorrendo uma roda de carimbó, onde Catarina e Lis eram o centro. Lis usava uma saia própria para carimbó branca estampada com flores azuis, amarelas, rosas e vermelhas, junto de um cropped branco e guias de proteção de Iemanjá e Oxum. Já Catarina, usava o mesmo cropped, uma saia amarela com flores na bainha da saia e guia de proteção de Iansã e de Exu entidade. Todos dançavam ao som da música "Curió do Bico Doce", de Gonzaga Blantez.

Depois de mais alguns 10 minutos dançando sem parar, Lis foi avisar a Catarina que estava saindo.
— Catarina, 'tô indo pegar uma aguinha ali no barzin'.
— Que bom, aproveita e pega a maior porção de batata frita que tiver p'a mim.
— Mas a bixa é magra só de ruim me'mo né? — Dito isso, Lis sorriu e Catarina a deu a língua, enquanto a mesma ia direto onde disse que ia e comprava sua água e a batata frita de sua amiga. Enquanto bebia sua água com a batata frita no balcão e se sentava no banco que tinha lá, foi surpreendida por um homem moreno dos olhos castanhos, alto, bonito e com a voz veluda. Ele aparentava apenas 1 ano mais velha do que a mesma, já que ela tinha 16 anos.
— Lis, né?
— Como é que tu sabes?
— Te vi hoje de manhã no rio.
— Eu moro lá.
— No rio?
— Uhum. — Lis concordou com um sorriso que não mostrava os dentes no rosto, escutando uma pequena risada do mesmo.
— Sou filha da mãe d'água.
— Mesmo?
— Por que? Não acreditas não?
— Acredito, acredito.
— É que quando tem carimbó eu guardo minha cauda de peixe, agarro minha saia e venho dançar.
— Você é muito gata.
— Sou? — Em seguida, Lis e o homem cujo estava conversando ouviram uma voz fina ecoar gritando:
— Lis! Cadê minha batata frita? Eu tô com fome!
— Já 'tô indo! — E assim ela foi, e o menino gritou para ela:
— Meu nome é Isaac! Não se esqueça! — Lis sorriu.











Capítulo pequeno até demais só pra não ficar sem nada aqui. Vou tentar postar cap novo todo sábado, domingo não posso pois tenho gira. Botei as falas da Ritinha de a força do querer, não eh plágio, eu botei pq a Lis eh inspirada na Ritinha.

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⏰ Última atualização: Dec 12, 2023 ⏰

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𝐄la, era de 𝒪𝓍𝓊𝓂. 𝐄le, adorava um rio.Onde histórias criam vida. Descubra agora