11 - Figura paterna

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Draco estava mergulhado em afazeres naquela manhã.

Ele precisava realmente encontrar tempo para todos os compromissos em sua agenda.

Ele organizava os contratos sobre sua mesa. Pretendia abrir uma nova loja, uma grande filial em New York, nos Estados Unidos. Eram muitos planejamentos.

Sua paciência hoje estava bastante curta.

Dois toques em sua porta lhe tiraram dos pensamentos inquietantes. seu assistente disse em voz baixa:

— Com licença, senhor Malfoy
sinto muito atrapalhar, mas tem uma visita.

— Mande entrar- murmurou, voltando o olhar para os papéis. Deveria ser algum fornecedor ou contratado.

Draco voltou a checar os valores nas notas fiscais, sem dar a devida atenção a pessoa que entrava em sua sala.

— Seja breve — Draco pediu, mesmo sem direcionar o olhar para a visita.

— Eu serei — Evan disse em tom humorado, puxando a cadeira para se sentar em frente a Draco.

— Porra — murmurou irritado, finalmente o olhando — eu quero que saia da minha sala agora.

— Saio após você escutar o que eu tenho a dizer.

— Você tem cinco minutos — Draco mencionou —  e depois eu mesmo te coloco para fora.

—  É tudo o que eu preciso.

Evan colocou um envelope sobre a mesa, que segurava desde o momento em que chegou. Ele o abriu.

— É uma intimação — disse, como se não fosse óbvio — para você comparecer em uma audiência comigo e nossos advogados. Quero a guarda total do Lincoln.

Draco trincou a mandíbula. Estava farto daquele assunto e de Evan, de toda aquela briga insuportável.

— Saia da minha sala — Draco ordenou.

— Ainda não terminaram os cinco minutos — ele sorriu satisfeito — lhe ofereço uma proposta em troca de retirar a ação judicial.

Draco não disse absolutamente nada, pois temia acabar batendo em Evan com um grampeador.

― Podemos reatar nosso casamento e nossa família — ele explicou — esquecemos todo o ocorrido e todos nós ficaremos bem, você manda aquele moleque embora.

Draco não esboçou nenhuma reação. Aquilo lhe parecia uma piada de mal gosto.

Lincoln era seu bem mais precioso e ele jamais daria o filho nas mãos de Evan.

—  Agora é sua vez de me ouvir — Draco suspirou, logo se acomodando no assento.

O homem lhe encarou de forma curiosa.

— Ajuizando essa ação, vamos ao tribunal e lá veremos quem paga os custos mensais do Lincoln — comentou por alto - a escola dele, o futebol, o plano de saúde…

— Eu pago pensão.

— A pensão que acordamos na justiça, e você jurou que era o máximo que conseguiria pagar mensalmente, não cobre dez por cento dos custos mensais de Lincoln.

— Ele é uma criança mimada, gasta muito mais do que deveria.

— Sua pensão não paga nem metade da mensalidade escolar do meu filho — aumentou o tom de voz.

— Então seus argumentos serão jogar no júri que você pode comprar coisas caras para o nosso filho, mas eu não posso? Como faz com seu amante?

— Harry não é meu amante, é meu namorado.

Young Babysitter - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora