VI - Amar Você

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Sentir o cheiro dela deixou-o eufórico. Ele estava feliz por viver aquele momento, feliz por tê-la como sua esposa. Feliz, simplesmente feliz. Um desejo de desbravamento crescia timidamente, queria vê-la, vê-la de outras formas, de todas as formas que pudesse imaginar. Luffy sequer se deu conta da gravidade da situação, apenas notou ao perceber que o corpo de S/n estava completamente exposto, bem ali, pertinho dele.

Ela não entendeu muito bem a situação, já que o garoto parecia estar agindo sem pensar muito, mas em momento algum houve objeção. Continuou, aquele jovem pirata estava empenhado no que fazia e com certeza não raciocinava tanto a essa altura, somente fazia o que queria, estava adorando tudo aquilo. Beijos, incontáveis beijos por todo lugar, estava focado nisso, era sua maior necessidade naqueles instantes que pareciam mais lentos que o normal. Então, a garota puxou-o para perto, num abraço desesperado, tentando pará-lo por pelo menos alguns segundos. Ela estava com a mente em branco, temendo e, ao mesmo tempo, querendo ver o que aconteceria a seguir.

Aquele abraço perdurou por um tempo, Luffy suspirava, em parte, cansado de suas ações rápidas, e também, acabou parando para pensar. Não queria parar agora, mas não sabia muito bem o que fazer, isso estava quebrando todo aquele clima que chegara rapidamente. Arranhões nas costas o fizeram retornar à realidade, retornar por completo...

- Você é pesado, não vai dormir assim. - Foi a primeira e única coisa menos vergonhosa que ela conseguiu falar para tentar resolver a situação.

- Não tô dormindo, tava pensando. - Ele apoiou o peso do corpo em seus braços para não deixar S/n desconfortável. Nessa posição, ele a olhava de cima, admirando sem nem disfarçar.

- Por incrível que pareça, às vezes, você pensa demais. Menos conversa e mais ação, Monkey D. Luffy. Ouviu?

- Mais ação, é?

- Sim.

- Entendi. É que eu...

Ela notou que ele parecia incomodado com alguma coisa, provavelmente estava inseguro sobre a situação, isso não era tão difícil de resolver. Luffy é alguém simples, basta um incentivo correto e ele continuará dando ouvidos aos seus pensamentos. Um beijo longo bastou para que ele lembrasse daquela sensação eufórica e deixasse seus medos e inseguranças de lado.

- Luffy. - Chamou baixinho. - Faça o que quiser, a partir de agora, estou sob seus cuidados... Meu capitão.

Ele percebeu que não era necessário responder com palavras. Aquela fala dela o deu uma sensação inimaginável, ele sentia seu corpo ferver.

Experimentaram sensações que jamais teriam conseguido imaginar antes de sentí-las. O cansaço tomou conta, então permaneceram deitados, com uma certa timidez após toda aquela ocorrência.

- Eita, a comida! - Luffy levantou-se repentinamente. Lembrou que estava despido por completo e voltou rápido para procurar suas roupas. - Ué...? Cadê minha camisa? - Já era tarde demais, S/n havia roubado para si.

- Está bem aqui. - Ele olhou-a lentamente, prestando atenção nos detalhes.

- Pode ficar, não preciso dela mesmo. Vamo' comer?

- A comida deve tá toda fria...

- Aqui tem um negócio que esquenta, parece um rádio.

- Um rádio, daquele tamanho? - Ela não resistiu, teve que rir.

- Mas parece.

- Não. De onde você tirou isso?

- É tipo um rádio gigante.

- Acho que você precisa usar óculos.

- Ah, deixa disso e vamo' logo.

- Tá bom.

Os 6 Sentidos de Luffy ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora