Capítulo 12

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Notas do Autor

Bom dia, boa tarde, boa noite!
Como vocês estão? Eu estou indo na vida e retornando à escrita com tudo agora!
A meta é uma cena por dia, então vamos na fé! Férias é uma benção, né?
Bem, espero que gostem do capítulo de hoje, e acredito que agora haverá um pouco mais de frequência nas postagens, ao menos até fevereiro de 2024.

O capítulo não foi revisado, erros de digitação podem ser encontrados 😁

Parágrafos e frases em negrito se tratam de lembranças

Aproveitem!

Capítulo 12

Wen Ning observava o rosto de Wei Wuxian com seus olhos doces e preocupados. Desde aquele dia em QiShanWen, jamais esqueceu o quão gentil o cultivador de YunMeng fora consigo, o incentivando mesmo que no fundo soubesse que não obteria muita evolução vinda de onde havia nascido. Se fosse bem honesto, ele era médico, não um guerreiro, mas seu infortúnio de vida o levara até ali, então adaptação era sempre necessária.

Wei parecia transtornado. Wen Ning sabia que WuXian jamais sufocaria uma pessoa até a morte sem motivo algum. Empático, afagou o ombro do homem mais velho.

- Jovem Mestre Wei, eu sei o que veio fazer aqui, e estou disposto a ajudá-lo.- Wei Wuxian o olhou, desconfiado, os olhos brilhariam em vermelho se pudessem. Wen Ning assentiu, resoluto.- Sei que parece impossível, mas vou realmente ajudá-lo. Mas, Jovem Mestre, você precisa fazer exatamente o que eu disser para fazer, ou então seremos pegos.

- Se você me trair, eu mato você.- Wuxian sibilou entre dentes e Wen Ning sorriu pequeno, assentindo e pronunciado um delicado:

- Eu sei.

Ainda se Wen Ning fosse honesto, ele não gostaria de estar fazendo aquilo. Traição não era algo com que ele compactuava, mas havia uma grande diferença entre conquista de território e massacre. Wen Qing o mataria quando descobrisse, mas ele não ligava para os tapas que prontamente receberia, e sim para os jovens que ajudaria. Afinal, em uma ação, o que vale é como você se sente praticando.

Guiou o Jovem Mestre Wei até um dos barcos de cobertura, o pedindo que ficasse escondido ali, e se dirigiu ao quarto de sua irmã. Wen Qing estava distraída na mesa, lendo atentamente alguns pergaminhos, quando Wen Ning enfiou a mão pela janela aberta do cômodo ao lado e agarrou um dos frascos com uma tampa bonitinha. Teria de fazer outro remédio para o sono mais tarde, e esperava que Wen Qing não precisasse dele por enquanto. Com os passos leves e torcendo para que Wen Qing não o flagrasse, se movimentou até a cozinha, os ombros para trás e os olhos retos no caminho que percorria.

Os servos estavam a todo vapor na cozinha, andando para lá e para cá enquanto panelas ferviam no fogão à lenha. Pelo cheiro, Wen Ning identificou uma sopa picante e que definitivamente havia sido ordenada por Wen Chao. Aproveitando a brecha da janela e da tampa da panela, derramou metade de frasco no caldeirão, esperando que fosse o suficiente para derrubar aqueles cultivadores que ainda festejavam seu massacre.

Em algumas horas, os homens dormiam por cima das mesas e no chão do pátio. Surpreendentemente, até mesmo Wen ZhuLiu estava debruçado por cima da sua mesa individual. Wen Ning observou seu prato sem comer nada até que todos estivessem dopados, e então se levantou, e seguiu até a masmorra.

Os guardas estavam em sua pausa para jantar. Mas ainda assim, estavam ali, marcando ponto e portando as chaves do portão. Wen Ning se aproximou, arrumando a voz e a deixando mais alta, clara e arranjada às ordens:

- Troquem de posto, novos homens virão para substituí-los.- Pronunciou, os braços para trás e o queixo erguido, o deixando maior em toda a sua altura. Os homens se entreolharam e riram em deboche.

- O que é isso? Wen Ning está achando que manda em alguma coisa?- um deles, mais alto, debochou, os braços se cruzando e a chave balançando, presa em seu quadril.

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