Sequestro?

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One Shot
Conteúdo Sexual

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Acordou assustado. Seu corpo parecia queimar. A dor no ventre era como se arrancassem seus órgãos. Ele gritou. Tentou erguer o corpo, mas não conseguiu. Ele estava deitado, uma cama talvez. Os braços erguidos acima da cabeça, presos por algemas?! Gemeu alto. A cabeça doía. Estava vendado.

- Dói. - falou alto, deixando lágrimas escorrerem pelo rosto delicado, enquanto se contorcia de dor. Queria arrancar as algemas, tocar o corpo dolorido, queria... Dói, gritou de novo.
Ouviu o barulho de uma porta abrindo. E o local em que estava foi dominado completamente por um aroma amadeirado, unido ao almíscar, tão poderoso que seu corpo se contorceu inteiro de desejo, desespero e luxúria, sentiu sua lubrificação se esparramar pela cama. Gemeu alto. Seu corpo tremia, suava.

- Alfa! - falou num sussurro.

- Sim! - a voz aveludada envolveu o ambiente, junto com o aroma dominante.

- Estou aqui, ômega. - e conforme falava, ele se aproximava da cama onde o pequeno ômega estava preso. Chegou bem perto, e o cheirou. O ômega cheirava a chocolate com morango e podia enlouquecer qualquer alfa, com aquele seu perfume delicioso e o corpo perfeito, agora ali, diante dele, completamente nu.

- Me solte, falou choroso.

- Não posso. - a voz rouca parecia sofrer. O ômega sentia a respiração do outro junto ao seu pescoço.

- O que está fazendo?

- Sentindo seu cheiro.

- Seu pervertido.

- Não toquei você, ômega. Só estou sentindo seu aroma, só isso.

- Me solte, implorou. Tenho dor. - as pernas não paravam quietas. Sentia seu pênis tão duro, sua glande doía demais. Estava todo molhado de desejo. Puxou os braços e deu um pequeno gritinho de dor.

Mãos enormes envolveram seus pulsos, em proteção.

- Não faça isso, ômega. Vai machucar seus pulsos.

- Então me solte. - choramingou.

- Não posso. Mas se deixar, posso aliviar sua dor, se permitir. E o tocou de leve na pontinha do delicado nariz de botão.

O ômega abriu a boca, passou a língua entre os lábios em desespero. Engoliu a saliva. Aquele aroma de almíscar, com sândalo, talvez. Por Deus, que cheiro bom e as mãos grandes que tocaram seu pulso, queria que tocassem outro lugar, onde doía. - ele gemeu, a respiração ofegante.

- Quer que eu o ajude, ômega?

- Não! gritou. Quero que me solte, seu bruto, me solte.

- Já disse que não posso.

O ômega choramingou. - Se debateu. - Está doendo muito.

- Eu posso ajudar você, só precisa permitir. Preciso de sua permissão.

- Não. Já disse que não, seu louco. Por que me sequestrou?

Ouviu o outro rir. - Não sequestrei você, bobinho.

- Sequestrou sim. - falou choroso.
Eu estou aqui, preso e nu.

- Isso eu sei. Mas não é um sequestro. Eu não sou o lobo mau, sou o bom. Só quero ajudar você, mas não me deixa.

- Não quero sua ajuda. - gritou bravo.

- Você quem sabe.

O ômega suspirou, ouviu os passos do outro se afastarem e a porta abrir.

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