Capítulo 9.

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📌 Recreio dos Bandeirantes|RJ

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📌 Recreio dos Bandeirantes|RJ

10 de maio/2022

⚽🏃🏽|Ludmilla Oliveira|

Eu tinha acabado de estacionar o carro na frente do condomínio onde Luane falou que era a tal festa, as duas "abençoadas" não me falaram onde a gente estar. Sinceramente, não sei pra quê me meto com essas duas cobrinhas.

Pois é, de abençoadas elas passam pra cobrinhas rapidinho.

— Será que podem falar onde estamos, agora? — tirei o cinto de segurança e Patty apenas me olhou com o deboche dela.

Acho que ela está convivendo muito comigo, só acho mesmo.

— véi, ali é o L7? Tipo, o Lennon mesmo, em carne e osso? — Patty falou olhando pra uma parte específica à frente dela.

— Parece que sim, mas vamo, desçam, bora! — Apressei as princesas.

— Grande Ludgol! — Lennon falou assim que me viu. Eu já conhecia ele, nos víamos com frequência no Studio do Papato.

— Eae, irmão, de boa? — Perguntei assim que fizemos um toque.

— De boa, mãezinha!

— Ôh, Ludmilla, apresente seus amigos, vá! — Patty falou me beliscando.

— Ai, peste, tua unha tá parecendo garra! — exclamei massageando meu braço. —
Lennon, essa é Patty, minha amiga e a outra é a Luane, minha irmã. — Falei.

— Prazer aí, pô! — sorriu para as meninas.

Luane pensa que eu não sei que ela tem uma quedinha de penhasco pelo Lennon, falo nada não.

— Mas, eae, tá fazendo o que por cá, Lud? — Perguntou e eu vi o Léo do Kick vim em nossa direção.

— As duas aí, me puxaram pra uma festa!

— Falei e logo cumprimentei o Leo.

— Pois então bora entrar! — Lennin falou.

— Agora você invade minha casa é, Lennon? — Ouvi uma voz, conhecida. Ela tinha a voz tão suave que era impossível de esquecer. Okay, isso foi mais que estranho.

— Fala, pequena, tava com saudades! — Lennon abraçou ela. Ele era muito alto e ela muito baixa. De verdade, se fosse medir, a mina batia no meu peito.

— Iih, para de agarração e deixa minha cunhada? — Leo falou, logo abraçando a cacheada.

Depois seguiu das meninas se cumprimentando e tals. E eu tava tipo: quê que eu tô fazendo aqui?

— Cadê minha nova sobrinha, gente? — Patty falou.

— Júlia tá terminando de arrumar ela. — A cacheada respondeu.

— Minha bebê fazendo oito meses, pô! —

Leo disse. Esta aí, uma coisa que eu não entendi, onde está o pai ou a mãe da criança?

— Abram alas, que as princesas chegaram! — Ouvi uma voz e olhei pra escada. Júlia vinha descendo com a neném no colo.

Meu coração disparou quando olhei pra bebê. Que merda tá acontecendo comigo?

— Itii, deuzo, ela tá vestida de melancia, socorro! — Luane exclamou.

— Coisa linda do padrinho! — Mário Jorge pegou a neném no colo, que deu uma risada gostosa.

— Ela tá cada dia a cara do pai, nada teu aqui, Bru! — Leo falou enquanto abraçava a neném.

— E cê pensa que eu não sei? Se puxar muito é o cabelo e só! — Respondeu cruzando os braços.

Elisa forçou pra descer pro chão e engatinhou até mim e esse foi o motivo do meu colapso, doutor! Sério, um monte de gente na sala e a mina vem até mim!

Ela ficou em pé apoiada no sofá enquanto sorria pra mim, só com os dois dentinhos de baixo.

Eu juro que não fiz essa menina, mas até eu já estou duvidando.

— Oi, pequena! — Sussurrei e ela abriu mais o sorriso.

— Tô entendendo nada! Brunna e Ludmilla, vocês tiveram uma filha e não me contaram! — Patty quase gritou e olhei de esguelha pra ela.

— Tá doida? Ela é filha do meu irmão, pô! — Leo falou.

— Mas que eles parecem mãe e filha, isso não dá pra negar! — A irmã da cacheada falou. Eu tô simplesmente ignorando e parece que a Brunna também.

— Elas já se conhecem? — Lennon perguntou.

— Elisa dormiu no colo dela, na semana passada e foi o único contato delas. — Brunna falou pela primeira vez.

— Posso pegar ela? — Tomei coragem, não sei da onde e perguntei pra mulher que estava quase do meu lado no sofá. Ela assentiu e eu quase vi um sorriso.

— Você gostou do cabelo da titia, não é?! — Acariciei a bochecha da menó que já estava com a mão no meu cabelo.

— E por que ela não pega na minha barba ou no meu cabelo? — Leo perguntou indignado e eu dei risada.

— Esse trem feio aí? — Júlia perguntou. — Fica com a da tia Lud mesmo, titia! — Ela respondeu e todo mundo deu risada, menos o Leo.

— Júlia, me erra! — Deu língua pra morena.

— E o bolo de oito meses da menó? — Lennin perguntou.

— Está na geladeira, mas primeiro vamos tirar as fotos, nem cheguem perto! — Brunna ordenou e eles fizeram um "Aaaah".

Eu estava mais interessada em ficar ali com a menózinha no meu colo, ela tinha um cheirinho tão bom.

O cheiro que ainda estava nos travesseiros do meu quarto.

Por que eu não sou mãe dessa criança? E por que o pai dela ainda não apareceu?

Juro que não ingeri nada alcoólico, porque é o que está parecendo.

Tô delirando demais já.

É possível amar uma bebezinha conhecendo tão pouco ela?

Porque parece que essa menina já ganhou meu coração!

Isso é muito, muito estranho!

Plano de fundo --- Brumilla Onde histórias criam vida. Descubra agora