capítulo - 03

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"Os olhos castanhos brilham como a terra, carregando a profundidade de um universo inteiro."

Eu estava de mal humor, não dormi nada noite passada, pra piorar, tenho que escrever um texto enorme sobre" direito " ninguém merece!

Eu estava no quarto tempo, quando ouvi alguém falar em minha frente, conhecia bem aquela voz, o que me causou arrepios ao ouvi, era ódio! Ódio daqueles lindos olhos castanhos que me observava enquanto mentalmente matava a garota de várias maneiras diferentes, apenas por estar ali.

Mai, maiarinha... você está igual aquele molho de tomate que sem querer te joguei — disse ela, vendo que eu não dei bola, continuei escrevendo.
— está vermelha!

Fechei os olhos, respirei fundo e tomei coragem para olha- lá.

O que quer Mendonça?— vi que a mesma ficou olhando, pareceu se desligar de tudo, mas não demorou muito pra responder.

Eu estava pensando...

Ah! Veja só ela pensa!— Maraisa interrompeu a garota e se sentou ao meu lado, dei uma gargalhada e vi Marília soltar um ar de indignação.

Quem você pensa que é pra falar assim comigo?— se direcionou para maraisa— eu acho melhor você ficar na sua garota.

Vá embora Marília, está me atrapalhando,— intervi naquela pequena discussão alí.

Marília claramente não ia me deixar em paz, graças aos céus a professora ordenou para que Marília se sentasse e me deixasse terminar o que estava fazendo.

Como você aguenta?— maraisa se referiu a Marília. Mas a verdade é que nem eu sei, Marília me faz mal, sempre mostra que para ela , sou algo insignificante, sem valor algum. Mas porque, mesmo me mostrando isso todos os dias, ela fica alí me atormentando?

Perguntas difíceis de serem respondidas...

Maraisa preciso te contar uma coisa — disse mudando de assunto sem deixar que ela respondesse tomei a frente novamente — é sobre ontem, antes de eu desligar o telefone.

Ela assentiu e eu continuei.

Eu estava conversando com você, e me aproximei da janela, demorou alguns minutos e percebi que tinha alguém do outro lado da rua, parecia está ali para me vigiar ou sei lá, mais fiquei nervosa na hora, por isso desliguei o telefone.— falei de uma vez só, vendo a cara de assustada de Maraisa o que era engraçado.

Eu me aproximei novamente da janela, mas era tarde demais, seja lá quem for, viu que não passou despercebido por mim, e saiu correndo.

Maiara... amiga do céu! E se fosse algum fantasma?— eu segurei o riso na hora— ou um alienígena!???

Seu tom de voz deu uma aumentada, fazendo algumas pessoas que estavam ali nos olharem.

Por Deus maraisa, fantasmas não correm, e alienígenas não existem — comecei a rir, acertei um tapa nas costas da minha amiga — acorda maraisa.

Como sabe que alienígenas não existem?— ela realmente estava falando aquilo?

Maraisa, vamos falar do que interessa, você dormir na minha casa hoje, vai me ajudar a saber quem era que estava alí.— minha amiga me olhou chocada, como se eu tivesse falado a coisa mais absurda do mundo.

Maiara está louca? Eu não vou não! — Maraisa é  tão idiota quando quer ser, revirei os olhos e tranquilizei a mesma.

Amiga, estaremos seguras dentro do quarto, apenas vamos ficar de olho, caso alguém se aproxime ou sei lá.

Ela concordou com a cabeça, mas era nítido seu medo, eu também estava com medo, não sei quem era que estava ali e muito menos o que queria.

[...]

Your Brown Eyes...Onde histórias criam vida. Descubra agora