Capítulo Especial 02 (Fim)- Esperança

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Publicado em: 17/12/2023

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PONTO DE VISTA DE TEAM...

Eu amo despertar e flagrar Hia me olhando com olhos tão doces, me faz sentir tão vivo, tão amado

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Eu amo despertar e flagrar Hia me olhando com olhos tão doces, me faz sentir tão vivo, tão amado... E, pensar que eu quase desisti de tudo isso, quando pensei que morreria com tanta dor no peito. Doeu muito ver aquela imagem na minha frente, acho que ninguém pensaria diferente ao ver seu namorado na cama com outra pessoa, principalmente, quando tudo ocorreu tão rápido entre vocês, como se fosse um conto de fadas. P'Win era a estrela que eu ousei tocar... na verdade... era mais como uma estrela cadente que por sorte caiu em minha frente, seu brilho me ofuscava, então, por mais que meu coração não quisesse acreditar, meus olhos me mutilavam com aquela moldura, do corpo decorado com aquelas grandes asas negras ao lado de P'Rome.

Minha mente se distanciava, enquanto ouvia ao fundo a voz de P'Pete e P'Rome, brigando... minha vista foi escurecendo, enquanto meus dedos se afrouxaram, ouve o barulho alto do meu celular se espatifando no chão, para logo depois eu tombar igualmente. Depois disso apaguei e, quando recobrei a consciência, estava deitado em uma maca ligado a aparelhos de monitoramento enquanto recebia soro, com uma Manaow muito enfurecida ao meu lado. Minha amiga estava tão perplexa quanto eu, mas nossas reações eram sempre opostas, enquanto eu me retraía, ela virava uma leoa a proteger seus filhotes. Fiquei com raiva de mim mesmo, pois meus pais precisavam de mim e, eu estava ali rendido ao sofrimento de ser traído, me senti um fraco por isso.

Quando P'Win me ligou desesperado, resolvi atendê-lo, porque não adiantaria adiar aquela conversa, não ficaria mais fácil ou menos doloroso. Enquanto ouvia suas explicações, parte de mim queria dizer que eu precisava dele para viver e que tudo ficaria bem, a outra parte, com uma porcentagem maior, me fez sentir pequeno e inseguro, rodando em looping o quanto Hia era maravilhoso e eu tão simples, que eu não o merecia. E, foi justamente essa parte negativa que me venceu, assim, abri mão da coisa mais especial que aconteceu em minha vida, por medo de viver sofrendo. O quê, realmente, não adiantou em nada, pois a vida sem P'Win se tornou cinzenta, nada tinha graça e, meu coração doía demais.

Me entreguei a rotina de trabalho/estudo/cuidar dos meus pais, mergulhando tão fundo que não me restava tempo para respirar, mesmo assim não conseguia esquecer P'Win e sorrateiramente eu o vigiava por suas redes sociais, com um perfil fake, para aliviar meu coração sabendo que ele estava bem e seguindo seu sonho, que infelizmente, agora, eu não fazia parte. Perdi as contas de quantas vezes eu desejei que suas lindas postagens fossem para mim e, queria acreditar que mesmo de longe ele me apoiava nos meus momentos mais sombrios. O pior momento daquele terrível período foi quando uma vez voltei a Bangkok para resolver algumas coisas e, por acidente, esbarrei em P'Rome. Com cara de desdém ele me importunou para saber o que eu tinha para manter um cara como P'Win tão apaixonado por mim e, acabou confessando toda a armação que fez para nos prejudicar.

Aquela revelação me fez perder o chão, senti vergonha da minha insegurança e do medo de acreditar no amor de Hia. Naquele dia eu chorei muito e, guardei aquele encontro em segredo, não queria meus amigos me incentivando a procurar P'Win, já que eu não tinha direito a uma segunda chance, por ter estragado tudo. Mantive meus sentimentos trancados a sete chaves e, fui sobrevivendo da melhor forma possível, até que me deparei com a mensagem de retorno do homem que sempre amei, então, mesmo morrendo de medo resolvi arriscar e ir ao encontro dele. Essa foi a melhor decisão que tomei na minha vida... Ao revê-lo cada chave foi se abrindo em meu coração e, logo, meus sentimentos estavam ali transbordando por ele, então, não tive dúvidas ao dizer sim a sua proposta de casamento.

Ainda atordoado fui com Hia para sua casa, para ser surpreendido novamente, ao descobrir que meu funcionário exemplar era na verdade o irmão de P'Win e de que todos, inclusive meus pais estavam secretamente ajudando aquele loiro. Eu quis brigar, mas não fiz, porque tive que admitir que aquele período de dor foi necessário para o meu crescimento emocional, que agora me permitiria amar de forma plena, sem receios. Então, na data de retorno de Hia celebramos nosso noivado e, depois de três meses, estávamos todos voando para Inglaterra para realizar nosso casamento. Kao e Manaow nos questionaram se não seria de mau agouro realizamos nossa cerimônia onde tivemos nosso rompimento, ao que explicamos que lá, também, foi o início de tudo... Nosso primeiro beijo, nossa primeira noite, nossa primeira briga... então, seria um bom lugar para essa nova etapa.

Agora, após cinco anos de casados, os dois devidamente formados e, com especializações, trabalhando em nossos próprios negócios, estamos prontos para um novo passo em nossas vidas

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Agora, após cinco anos de casados, os dois devidamente formados e, com especializações, trabalhando em nossos próprios negócios, estamos prontos para um novo passo em nossas vidas. Há um ano demos entrada ao processo de avaliação para adoção, nesse período nos mudamos de um apartamento para uma grande casa com quintal e, aproveitamos para obter um gato e um cachorro. Há três meses, depois de aprovados, fomos conhecer as crianças do orfanato e, nos apaixonamos por um casal de irmãos, uma menina de dois anos e um menino de três anos, que eram a coisa mais linda desse mundo. E, hoje termina o período de adaptação, então, poderemos trazer os dois para casa de forma definitiva. Por isso, pulei da cama, havia muitas coisas para fazer antes de buscar nossos bebês.

Mal tomamos café, nossos convidados/ajudantes começaram a chegar. Primeiro vieram os padrinhos da nossa filha, Pruk e Manaow, que nem com aquele barrigão de 8 meses de gravidez de gêmeos ficava sossegada, então o papel do seu amado esposo era fazer todas as coisas no lugar dela, que nesse caso era carregar os presentes e montar o pula-pula no quintal. Depois os padrinhos do nosso filho, Kao e Pete com o filhinho de três anos que, também, acabaram de adotar, meu afilhado junto com Manaow, para não termos guerra entre nós. Eles trouxeram mais presentes e uma torre de cascata de chocolate que já me deixou muito preocupado com o estado final do estômago não só das crianças como de alguns adultos. Por fim, chegaram os casais de avós e o tio, com bolo, doces , presentes e bexigas de ar. Dei uma última olhada nos quartos das crianças para ver se estava tudo em ordem e sai com Hia para buscar nossos filhos.

Quando retornamos as crianças ficaram encantadas com toda a decoração e presentes, logo fizeram amizade com meu afilhado que os arrastou para o pula-pula e a piscina de bolinhas. Nós éramos só risos tendo nossa família completa, seríamos felizes para todo o sempre!


1 Ano sem vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora