sete. desonra da família

924 99 3
                                    

Sábado havia passado como um piscar de olhos, Serena como sempre passou horas infundada na garagem junto com seus colegas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sábado havia passado como um piscar de olhos, Serena como sempre passou horas infundada na garagem junto com seus colegas. Mas o esforço estava valendo a pena já que o carro que agora era laranja, havia tomado proporção.

A garota não queria confessar, mas percebeu que Brian estava estranho. Torcia para que o episódio dos dois não fosse o motivo da mudança de comportamento, o rapaz havia ido na garagem rapidamente no final de semana, dando a desculpa que estava cada vez mais ocupado com Harry. Contudo, foi engraçado vê-lo avermelhar após Jesse comentar quais eram os motivos dos arranhados que cobriam suas costas, feito no qual foi visto por todos após o rapaz fazer o favor de retirar a camiseta na frente de todos pelo calor.

Domingo, por fim, era o dia tirado para sua outra familia. Era um dos finais de semana na qual todos se reuniam na mesa de jantar, a diferença era que nenhuma piada era feita ou insulto. Era algo tradicional e conservador.

— Johnny como anda os trabalhos? Você tem se virado tão bem como nosso futuro herdeiro. ——— podia ser escutado a voz de uma tia distante soar.

Antes mesmo do rapaz responder, um baque foi escutado na grande porta da mansão. Assim como todos Serena se levantou rapidamente, o primeiro a ir ver oque era foi Johnny, pode ver o seu pai se levantar da cadeira com curiosidade.

Serena não podia acreditar, a SWAT estava em sua casa, e além disso estava algemando seu irmão. A cena em si aconteceu em minutos, uma lágrima caiu em seu rosto assim que viu o tapa forte que lhe foi dirigido na cara do irmão mais velho.
Lhe doía no fundo do peito a tristeza e desapontamento no olhar de seu pai e sua mãe, a garota então correu para abraça-los sentindo o corpo de sua mãe cair sob si.

Serena antes de recorrer ao irmão, tentou notar quem era os agentes, achou peculiar a maneira na qual apenas um, evitou olhar em seus olhos.

— Serena, você sabe quem fez isso. ——— foi tudo que Johnny disse, antes de ser empurrado para dentro de um dos carros da SWAT.

Serena queria ajoelhar ali mesmo, sentia ar faltar em seus pulmões, assim como sentia um olhar queimar sob si. Sua mãe e seu pai não estavam diferentes, seu pai parecia envergonhado diante a situação, toda a família presenciando seu único filho homem desonrar dessa maneira.

Já havia anoitecido quando Serena finalmente conseguiu acalmar sua mãe, que agora dormia pesadamente em seu colo. A garota apenas ajeitou a mais velha na cama, indo de passo em passo até seu carro.

Pensou oque seria melhor naquele momento, mas as palavras de seu pai lhe dizendo que seria ainda mais vergonhoso sua filha entrar em uma delegacia pairavam em sua mente. Então decidiu deixar apenas o patriarca resolver a situação, oque não seria difícil, com os advogados que tinham e o sobrenome Johnny sairia da cela ainda hoje.

Então a garota apenas acelerou, e só parou quando viu o número 1327 refletir com seu farolete.

— Johnny foi preso. ——— foi tudo que disse antes de abraçar Mia como se fosse a última pessoa que iria ver no mundo.

Todos ficaram em silêncio por exatos quinze minutos, Serena não chorou, não esboçou outro tipo de reação à não ser a forte maneira na qual se manteve abraçada com Mia, que não quebrou o contato nem por um segundo.

— Você sabe que não fomos nós, não sabe Serena? ——— Dominic perguntou, quando notou que a garota já estava melhor precisava ter certeza que não haveria desconfiança.

— Alguém foi. ——— era tudo que a garota disse. — E ele acha que foi vocês.

— Mas não foi Serena, nunca faríamos isso com você. ——— era vez de Mia opinar.

— Preste atenção Dominic. ——— a garota agora havia ido em sua direção, colocando suas mãos em torno da face do rapaz fazendo com que seus olhares fixassem. — No deserto, será a última vez que faremos aquilo, à última.

Serena sentia algo dentro de si, algo que ela sabia que se não botasse um basta acabaria com ela. Ela sabia que não queria ver o mesmo olhar de desgosto que viu de seus pais novamente e sabia que se continuasse com a vida em que levava, o caminho seria o mesmo.

— Eu prometo.

Toretto dizia com a voz firme, Mia também parecia confiante com a situação. A garota era a única na qual não participava ativamente do que faziam mas ainda assim, sabia os riscos que os amigos corriam toda vez que saiam roubar caminhões.

Serena deveria ter chegado cedo em casa naquela noite, mas seus planos mudaram quando o celular vibrou e o nome Brian refletiu sobre a tela. Agora o loiro já se encontrava no banco carona enquanto fazia carinho na coxa da menor.

Um silêncio confortável pairava no ar, ninguém ousou dizer sequer uma palavra. Serena não falaria em voz alta mas podia sentir a respiração do rapaz confusa, uma gota de soar pingava de sua testa, mas a mesma tentava se convencer que talvez não fosse a única que tivesse passado por um dia conturbado.

— Serena? ——— chamou.

A voz do rapaz a arrepiou, pode sentir uma pontada no peito. Alguma coisa nela quis com que ele se calasse naquele momento, algo nela a avisava que ela não estava pronta para escutar, isso explicaria o fato do coração dela acelerar rapidamente em instantes.

— Oi. ——— uma palavra, foi tudo que sua garganta conseguiu formular antes de se fechar completamente.

— Preciso te contar uma coisa.

A morena não queria escutar, não queria falar, não queria estar naquela situação. Brian precisava entender que apenas sua respiração forte e sua companhia ao seu lado estava bom, qualquer coisa que ele falasse, Serena sentiu como algo que iria estragar tudo.

— Por favor, agora não. Apenas hoje não. ——— um sussurro patético e mal formulado.

Brian pareceu respeitar, já que sua única ação foi guiar a cabeça da menina até seu ombro, fazendo com que a mesma depositasse todo o peso do seu corpo em si mesmo. Serena então se permitiu fechar os olhos alguns minutos, enquanto se aproveitava de um cafuné feito.

A garota não sabia oque seria a definição daquilo, mas se sentia fortemente conectada com o rapaz, talvez estivesse delirando no começo quando houve desconfiança de sua parte.

RARIDADE ─── Brian O'ConnerOnde histórias criam vida. Descubra agora