Makorn Chen

capítulo 8 chamada telefônica

Bangkok à meia-noite reflete a sombra oculta do corpo de Makorn, enquanto a lua brilhava intensamente... Chen estava de pé em frente às amplas paredes de vidro de um sótão na área de Sathorn. Seus olhos afiados olhavam sem rumo para o rio Chao Phraya, enquanto em suas mãos grossas ele segurava um copo de licor - prestes a terminar - girando-o para frente e para trás - em círculos constantes.

Mark Chen se permitiu ficar imerso em seus pensamentos por uma hora, desde que havia retornado da casa de Kosolyuparet, onde havia descoberto a verdadeira identidade de Chilli.

A identidade do cervo de verdade é um grande problema, o que inverte uma importância gigantesca... digamos que era "um jarro quente" que ele não podia aceitar... mas, embora ele saiba disso, seu maldito coração teimoso, plano, estava indo em outra direção - em direção ao que ele queria-... era como aquele ditado popular que: "estiramento e a razão estão sempre em direções opostas

O Sr. Chen sabia que o cervo - ele não era mais um cervo sem nome... ele já tinha um nome e não exatamente o que ele mais amava... ele não tinha sido capaz de se aproximar dele sem alguém para ajudá-lo... e esse fato o fez se sentir mais confuso, porque ele não conseguia entender o quão desesperada a pessoa que o ajudou deve ser, para tornar o mais novo

Uma pergunta alarmante e incerta soou em sua cabeça: "O ex-ministro me deu seu filho de presente?"

Nathi, que não é uma pessoa comum... pelo contrário... é o neto mais novo de uma família famosa... seus pais - ambos - são politicamente influentes e, para completar, até mesmo o irmão é o inspetor-chefe dos principais distritos de Bangkok... E não termina aí... não, e aí!... ela ainda tinha uma irmã, que não era outra se não uma promotora.

Em suma... o cervo - que Chen pensou, não tinha para onde morar - vivia como um pequeno príncipe no topo da torre de um castelo real.

A verdade sobre tudo isso era que, por causa dessa posição e status extraordinário... o Sr. Chen teve que soltar o cervo. Não foi apenas por causa de seu bem-estar mental - ele ainda estava traumatizado com o fato de ter feito com um menino de 20 anos - mas tinha a ver com a influência subjacente por trás dessa posição. Sr. Chen não quer colocar o futuro da família Chen em uma escala que não saiba onde se apoiar.

Um suspiro ressoou em silêncio, quando dores de cabeça - que pareciam ser estimuladas pelo ex-ministro da Agricultura - vieram para tentar atordoá-lo, levantando novamente a pergunta: "Foi a família do ex-ministro que enviou seu próprio filho para mim?... E que relação o filho do meio do Diretor Geral da Alfândega, Ten, teve a ver com isso? ... antes parecia não ter nada a ver com esse assunto, mas acabou sendo um personagem-chave?"

Este assunto deve ser colocado em espera, porque ele já tinha descoberto a maior parte da verdade de qualquer maneira... Agora, a melhor coisa que o Sr. Chen poderia fazer era esperar... e ver o que a outra parte vai fazer? Bem, desse outro lado, alguém certamente ficará impaciente, porque descobrirá que ele - o Sr. Chen - já sabe a verdade por trás do falso de um suposto Chilli.

A figura alta se virou e se afastou da janela de vidro, para caminhar até o sofá de couro, de fato, sob medida maldita vida do homem rico - na qual você podia ver uma faixa de cabeça com um prato de vidro gravado com padrões específicos, que compunha o selo da família Chen.

Antes de se sentar, ele desabotoou dois botões em sua camisa, revelando um peito forte e uma tatuagem de dragão chinês paquera.

Uma vez sentado, Chen levantou as pernas ligeiramente cruzadas, ajustando sua postura para se sentar confortavelmente antes de tentar adormecer, a fim de esfriar seu humor.

"Nathi, o que você acha?" - É uma lembrança.

Os sussurros retornam uma e outra vez ao cérebro do Sr. Chen, fazendo com que ele abrisse os olhos e soltasse um grande suspiro... seu coração o lembrava com precisão e seus olhos podiam visualizar - novamente - a pele do cervo em seus braços, o aroma de sua pele macia e seus belos olhos refletiam apenas para ele.