66 - Anos infernais

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Falta 4 capítulos para o final

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( Aika narração )

A última coisa que me lembro foi uma luta corpo a corpo com Ades onde levei uma pancada na cabeça com uma barra de ferro, provavelmente desmaiei.
Acordei em um local escuro, minha visão ainda turva e um zumbido forte em meu ouvido.

Me sentei e tentei esfregar o olho mas nada funcionava, passei a mão na cabeça e senti um líquido gelado, olhei com certa dificuldade para minha mão e vi sangue, eu estava machucada, e doía tanto que nem raciocinar estava sendo fácil.

Demorei uns 5 minutos para conseguir enxergar direito, era um local escuro, como se fosse um porão, quente e nenhuma janela, apenas uma única luz no fundo próximo às escadas, à esquerda da porta, único local que dava para sair de lá.

- Nui.. Nuri.. - Falei baixo, lembrando dos meus filhos.

E foi nesse momento que comecei a sentir o desespero me tomar, eu estava em um lugar isolada enquanto meus filhos provavelmente estavam com Ades, e só de pensar na possibilidade dele fazer algo com os meus bebês eu já começo a entrar em pânico.

- ADES ! ADES ABRE ESSA PORTA ! - Fui até a porta e comecei a bater forte sobre ela, gritando o máximo que eu conseguia - SOCORRO! SOCORRO ALGUÉM ME AJUDA POR FAVOR SOCORRO!

- Sem escândalo - Ele abriu a porta em poucos minutos e fechou logo em seguida, eu não consegui nem ver do lado de fora. - Finalmente acordou, achei que iria ter sonos de beleza por mais tempo..

- Cadê meus filhos seu doente ? - Eu dizia nitidamente abalada, tentava manter minha voz firme mas era impossível.

- Meus sobrinhos estão lá encima dormindo, pode ficar tranquila - Ades sorriu.

- Não encosta nos meus filhos seu maniaco ! - Tentei empurrar ele mas Ades mal saiu do lugar.

- Primeiro, não se chama seu irmão mais velho assim - Ele me empurrou de volta o que me fez cair da escada e bater de costas no chão - Segundo, os seus filhos são meus também ! - Ades se abaixou próximo ao meu rosto - Você me deve essa por os anos infernais que tive que te aguentar - Ele se levantou - É como se fosse uma dívida paga, eu fico com seus filhos e tiro de você o que você tirou de mim, a felicidade !

- Ades, presta atenção - Eu ajoelhei - Eu imploro não faça nada com eles por favor ! Eu faço o que você quiser mas não machuque os meus filhos !

- Minha intensão aqui é outra - Ades me olhou e revirou os olhos, e eu conseguia sentir seu desprezo naquele ato - Volto daqui a pouco - Ele saiu pela porta e pude ouvir o barulho da tranca.

Me sentei no chão e levei os joelhos próximo do rosto, abaixando a cabeça e começando a chorar novamente. Eu vivi toda a minha trajetória tentando esquecer como foi meu passado e agora me passa várias memórias dessa época horrível da minha vida. Única coisa que eu queria era poder sumir e esquecer toda essa situação.

A primeira dama - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora