Parte I - o amanhecer do caos - I

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Sinto uma mão na minha cabeça, delicadamente.

- Filho, acorda. Já é de manhã. - Minha mãe me chama, com a voz mansa e calma de sempre. Eu abro os olhos. Nos pequenos vãos de madeira do nosso pequeno chalé já entra sol, então é uma manhã agradável.

- Eu não quero levantar, mãe... - Olho para sua expressão calorosa, seu rosto com pequenas rugas ao redor dos olhos e um sorriso gentil, acompanhado pelo seus cabelos castanhos claros presos a um penteado estilo coroa trançada, como um coque com tranças, e claro, suas cicatrizes na bochecha que agora eu também adquerira. Graças a Ela, minhas bochechas já pararam de coçar e cicatrizaram faz uma semana.

- Venha, quero te ver tomar café da manhã antes de eu sair para caçar. - Ela pega minha mão e me levanta.

- Por que eu tenho que levantar? - Reclamo, bocejando e esfregando meu olhos.

- A responsabilidade de acordar cedo é importante, meu filho. - Ela acaricia minha cabeça raspada, oque indicava que eu era um membro efetivo e logo ia receber oque eu ia fazer pra ajudar a comunidade. - Você sabe que é importante acordar cedo.

- Tá bom, mãe... - Murmuro, e ela beija minha cabeça carinhosamente.

- Meu bebê chorão. Vá comer antes que Natsu acorde. Eu tenho uma boa notícia pra você. Está chegando uma carroça de lamen, e vamos poder comer hoje a noite.

- Sério?! - Olho pra ela, me sentindo animado e ficando sem sono. - Isso é tão legal!

- É, sim - Ela ri e ajusta o arco nas costas. Minha mãe era linda e uma guerreira nata. A melhor mulher que já conheci. Sábia, bela e grandiosa, um grande exemplo Dela.

Ela vai andando pra nossa mesa e se ajoelha. Tem uma torrada e leite quente pronto pra mim, e vou lá e me ajoelho.

- Oque você espera ser, meu filho? - Ela pergunta, tirando o arco das costas e examinando ele com cuidado e sabedoria.

- Eu quero ser um guerreiro, como você - Digo, pensando na próxima semana, onde os sacerdotes iam me dar minha função. - Eu espero ser um guerreiro, mãe! O professor de arco e flecha diz que estou melhorando cada vez mais.

Ela sorri gentilmente para mim.

- Você é bom... Você é bom. - Ela parece tranquila. - Agora, preciso ir, meu bem. - Ela se levanta e despeja um último beijo na minha carequinha, como Natsu fala. - Pegue Natsu e vai pra fora, ok?

- Ok, mamãe.

- Eu te amo. Que Ela te proteja.

- que Ela te guie.

Ela caminha e sai pela porta da frente, e logo a fecha. Eu como minhas torradas, que estão deliciosas, e tomo meu leite. Natsu está dormindo na mesma cama que eu estava, ela dorme como um urso hibernando.

Eu me levanto e lavo a louça, enquanto Natsu começa a acordar rabugenta. Ela olha pra mim, com as bochechas infladas e os olhos quase fechados.

- Eu quero doce de leite!

- Não tem doce de leite no café da manhã, Natsu.

- Mas eu quero!

- Vai ficar querendo.

- Dá doce de leite pra Natsu!!!

- Não, mas tem só o leite, serve?

- Serve.

- Então tá.

Encho um copo de leite para Natsu e entrego em sua mão, e ela bebe, feliz.

Eu separo uma blusa para mim e visto, junto com um shorts longos mais ou menos até o joelho. Arrumo um vestido bege para Natsu, e ela vai em direção a mim para eu vestir o vestido nela e fazer o penteado que nossa mãe (e todas as outras mulheres) usavam.

Laços Inquebráveis [Remastered]Onde histórias criam vida. Descubra agora