17 - Logo saberá.

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Mini maratona [2/5]

BAILEY para em frente à minha casa, era como se todo o efeito do álcool sumisse nessa hora. Meu coração batia forte em meu peito e minhas mãos tremiam como nunca.

Caminho lado à lado a Bailey até a porta principal. Ao abrir a porta sinto meu coração errar uma batida ao ver meus pais sentados no sofá.

— Shivani, minha filha — Minha mãe corre em minha direção e me abraça — Que ideia foi a sua? Você quer me matar de coração?

— Desculpa, mãe. Não quis preocupar a senhora — Retribuo seu abraço — Não sei o que deu em mim, eu realmente sinto muito.

— Você não imagina o que poderia ter acontecido — Diz meu pai — Por quê foi sair sem avisar?

— Não volta à acontecer, pai.

— Pois não volta porque a partir de hoje você está proibida de ter contato com qualquer outra pessoa. Isso significa que terá aulas em casa e só saíra para trabalhar, e eu vou garantir que tenha uma segurança 24h com você.

— O quê? Não! — Grito irritada — Não pode fazer isso, eu não sou uma criança. Não preciso de segurança e não pode me proibir de sair. O que eu sou? Sua filha ou uma prisioneira?

— Shivani, calma — Diz Bailey tocando em meu braço.

— Não, Bailey. Como você aceita isso? Mãe? A senhora está ao lado dele?

— Sinto muito, Shivani, mas é para o seu bem — Diz ela calmamente.

Passo pelos dois e subo as escadas correndo em direção ao meu quarto, ao entrar, fecho bruscamente a porta e me jogo na cama, chorando de tão irritada que eu estava. Era difícil para mim ter que aceitar isso, ser tratada como uma prisioneira.

— Shivani  — Ouço minha mãe me chamar e batendo à porta.

Não respondo e afundo minha cabeça no travesseiro, abafando um grito irritado.

[...]

Na manhã seguinte, após fazer minhas higienes e vestir, saio do meu quarto e ouço vozes vindas do andar de baixo. Ao descer, vejo um senhor sentado no sofá conversando com meu pai, pelo jeito, parecia ser aquele que seria meu novo professor.

— Bom dia, filha — Diz meu pai como se nada tivesse acontecido — Pode chegar aqui, por favor?

— Claro — Mesmo não querendo, aproximo ao mesmo e sento no extremo do sofá.

— Este é o Gustavo, ele será seu novo professor. Espero que você realmente entenda, filha.

— Como eu vou entender isso? Você está me proibindo de ter uma vida social. Eu não sou uma prisioneira e sou adulta suficiente para tomar minhas próprias decisões

— Shivani, já tivemos essa conversa — Ele altera o tom de voz.

— Pois eu acho que foi mais uma obrigação do que uma conversa — Levanto do sofá e vou até a cozinha, deixando os dois.

Me surpreendendo ao não encontrar minha mãe preparando seus sucos naturais como de costume, mas talvez seja melhor assim.

[...]

Devo dizer que a aula não foi tão má assim, o novo professor era simpático e mesmo à meio de meu mau humor, ainda conseguiu-me fazer rir com suas piadas aleatórias.

Agora eu saía de casa para ir à empresa, era frustrante para mim ter mais uma sombra para além da minha, chato ter alguém andando 24/24 horas atrás de mim e controlando tudo que eu fazia. Ter que chegar na empresa e as pessoas olharem estranho para mim.

Passei finalmente por todas aquelas pessoas e entrei na sala de Bailey, encontrando o mesmo assinando alguns papéis. Por uns instantes me perdi na beleza desse homem, seus traços eram tão perfeito, como um Deus Grego.

— Quer um babador? — Diz ele com sua atenção ainda no papel que assinava.

— Acho que quem precisa é você — Sigo até minha mesa e pouso minha bolsa.

— Princesa — Sinto suas mãos em volta de minha cintura — Como você está?

— Já estive melhor — Respondo — Ainda tentando me acostumar com essa ideia de ter um segurança 24h.

— Tudo isso vai passar — Ele ergue meu corpo, me colocando sentada na mesa — O que eu tenho saudades é de ouvir você gemer.

— Não é tão fácil assim me ter pela segunda vez em sua cama — Toco em seu lábio com a ponta de meu dedo.

— Tenho uma ideia.

__ E qual é?

— Apenas acompanhe, princesa. Logo você saberá — Diz ele selando nossos lábios.

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𝗦𝗲𝘅 𝗴𝗮𝗺𝗲¡  Shivley/MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora