A Minha Diarista

Capítulo I

Segunda-feira

    Estou feliz pelo fato de ter conseguido o meu segundo emprego rápido. E claro, tudo isso graças ao Bill, sem ele acho que teria que voltar a morar com os meus pais.

Bill é um velho amigo, nós conhecemos no ensino médio, ele sofria bullying, e como eu não tinha amizades, resolvi amigar. Bill também tem um irmão,Tom. Ele é Gato, bem era, nunca mas vi ele, desde que os pais deles morreram…não sei muito, Bill nunca tocou nesse assunto, bom, comigo nunca. Entendo o Bill, a vida dele não foi fácil, lidar com a morte dos pais fez com que ele ficasse mas forte de alguma forma.

. . .

   Era 6:00 da manhã, estava me arrumando para ir trabalhar, hoje seria oficialmente o meu primeiro dia. De alguma forma, eu não estava nem um pouco nervosa, como dos outros trabalhos, acho que é por que conheço o dono da casa, e tenho pouca intimidade.

Já estava quase pronta, estava com uma roupa normal, calça jeans, e um moletom, estava frio lá fora, passei um perfume meu, ele era cheiroso, deixando assim o apartamento com cheiro de aveia e cereja.

Ainda no momento, não tenho carro, então normalmente tenho que ir de ônibus ou a pé.

Tranquei as portas, e desci pelas escadas.

Já era 06:56, não estava atrasada, e o primeiro ônibus iria sair às 07:00. Tinha que ir no ponto o mas rápido possível.

Para minha sorte encontrei Dona Isabel, ela é uma pessoa muito gentil e especial, porém fala pelos cotovelos.

—Oh! Sarah! Que bom te ver! — Fala Dona Isabel, com uma tigela na mão.

— Bom dia Dona Isabel! Estou feliz em vê-la a senhora também. —Falo com um sorriso sincero.

— Que bom meu bem! Já conseguiu um novo emprego? — Fala escorando na parede.

Ah que droga! Quando ela escora é por que o papo vai se espander, e por mas que eu tente dar uma de perdida nela, eu fico com a consciência pesada.

— Ah sim, consegui sim.

—Que bom minha filha!... Bem, você tem que ir, e eu vou visitar minha filha hoje, até mas Sarah!

—Sim. Então tá Dona Isabel, até!

Até que hoje ela não falou muita coisa, bem mas eu tenho que ir.

Já era 07:00, e nada do ônibus.

— Será que cheguei atrasada? —Resmungo.

Já estava ali fazia quase cinco minutos. Eu estou realmente achando que perdi o ônibus.

—Se eu ficar esperando mas vou atrasar, melhor ir indo. —Falo pegando minha mochila que  estava no ponto de ônibus.

Eu estava preocupada com o horário que chegaria lá, se com o ônibus demorava uns 15 minutos, a pé daria quase meia hora. Então era melhor apertar o passo.

. . .

  Estava  exausta, meus pés estavam cansados, e eu mas ainda. Estava pensando seriamente em desistir e voltar para casa, arranjando uma desculpa para faltar, mas minhas contas e o aluguel não deixavam, aliás eu tinha apenas 20 dias para pagar o meu aluguel, ou rua.

— Graças a Deus, estou vendo a casa! — Falo ofegante.

Paro em frente,observando o casarão.

— Não me lembro de ser tão grande assim, da última vez que vim.

Caminho até o portão, e aperto a campainha. Encosto na grade ao lado, esperando alguém abrir a porta.

Bill saí de dentro e vem até a mim, logo em seguida abre o portão me abraçando rapidamente. Eu estranhei, mas abracei de volta.