O contrato

32

A adrenalina percorreu furiosamente seu corpo quando ouviu a porta sendo escancarada pelo trasgo que se tornou carrancudo após seu ataque.

O grito rouco da criatura atingiu seus ouvidos logo sendo seguido de passos pesados faziam as coisas ao seu redor tremerem o forçando a pensar em algo rápido.

Se conseguisse se lembrar corretamente,ele precisava atingir o topo da cabeça com algo pesado o suficiente para o nocautear.

Seus pensamentos foram interrompidos quando um estrondo algo batendo no chão foi ouvido e a força fez ambos caírem ao mesmo tempo que algumas janelas explodiram pela pressão.

Se recuperando,Harry olhou para cima vendo a criatura se aproximar.

"Eles não são considerados criaturas estúpidas com quase zero de raciocínio?" Questionou Adeline.

"Nunca subestime uma criatura,mesmo que ela seja considerado estúpida." Falou antes de levantar.

Apontando sua varinha,ele concentrou uma boa parcela de sua magia ao cantar o feitiço.

"Incarcerous!"

Vendo as cordas conjuradas se enrolarem rapidamente no grande corpo que foi perdendo o equilibro desabando no chão enquanto gritava por ter o corpo mobilizado.

Aproveitando a chance,Harry viu o bastão longe das mãos do trasgo.

"Wingarium leviosa!"

Subindo,ele o deixou na mira da cabeça e com apenas um movimento,o bastão despencou atingindo a cabeça alheia e viu o corpo parar de se mexer.

Soltando o ar que prendeu,Harry encarou Adeline que havia se levantado.

"Pelo menos não morremos." Declarou ela.

"Mais ou menos." Falou Harry.

"É uma pena que meu salto quebrou." Comentou Adeline tirando o sapato.

"Acho que seria melhor trocar por um que você possa correr." Comentou.

"Talvez." Murmurrou Adeline.

"Ora ora o que temos aqui?" Uma voz masculina questionou.

Se virando rapidamente,eles observaram um grupo de bruxos com as varinhas apontadas para eles enquanto um em especial sorria.

Franzindo o cenho,Harry apontou a varinha para eles.

"Encontramos duas preciosidades tentando fugir." Continuou ele." O Ministro não vai ficar satisfeito com isso."

Ambos deram passos para trás enquanto os bruxos iam se aproximando.

"Peguem eles."

"Avada Kedrava!"

Rabastan observou o trasgo despencar fazendo um estrondo ao atingir o chão.

Recuperando seu fôlego, fazia muito tempo que não sabia uma adrenalina tão grande quanto sentiu ao enfrentar o trasgo.

Ele tinha visto o segundo seguir por uma porta,provavelmente alguém havia conseguido sair daquela sala.

Apesar de tudo,ele conseguia sentir seus sentidos ainda entorpecidos.

Conjurando em volta do seu rosto a cabeça de bolha,ele deixou seu lobo sair que onde melhorou um pouco a entorpecencia.

Olhando em volta,ele caçou seu Lorde não o encontrando em lugar nenhum.

Possivelmente estaria em outro lugar.

A questão agora era:

Onde estava seu beta?

Uma dor desconhecida se instalou em seu corpo o fazendo ofegar.

Seu coração se desesperou ao ponto de estressar seus nervos e agitar sua magia querendo proteger algo ou alguém.

Tomando fôlego,ele se concentrou naquela dor tentando seguir o fio de ligação até que quando achou,saiu correndo em direção a porta onde tinha visto o trasgo ir.

"Harry."

Atravessando o corredor onde viu o trasgo caído totalmente desmaiado e passando por ele,pode ver uma mulher  caida no chão.

Se abaixando para verificar os batimentos cardíacos,ele sentiu a pulsação dando a certeza que ela estava viva ainda.

Olhando em volta,ele viu uma varinha parecida com a que Voldemort havia dado ao beta.

A pegando,ele confirmou que era a varinha de Potter.

Levando seus olhos para a mulher,a viu se mexer e abrir os olhos o encarando.

Fechando sua expressão,ele apontou a varinha vendo ela ficar séria.

"Onde está meu companheiro mulher?" Questionou.

Harry gemeu dolorosamente ao que seu cabelo foi puxado com força.

Suas mãos estavam amordaçadas e para sua infelicidade,eram cordas anti-magia.

Ele acabou sendo pego pois não conseguiu defender de uma feitiço surpresa que veio por suas costas enquanto cuidava de outros feitiços.

Um petrificus totalum o acertou e para o divertimento dos outros,ainda o jogaram um cruciatus e o arrastaram para cá.

Por conta de sua língua solta,ele deu uma má resposta ao miserável a sua frente e recebeu outro porém não gritou como da primeira vez.

Não queria dar esse gostinho de novo.

"O que querem seus bando de defunto?" Questionou totalmente irritado.

Ele não gostava de estar preso assim e saber que recebeu a mesma maldição duas vezes o deixou mal-humorado.

"Tão irritado esse beta." Zombou o ômega a sua frente." Nem parece que foi torturado minutos antes."

"Quer sentir o mesmo ômega?" Perguntou sorrindo maldoso." Me solte e eu te mostro com muito prazer."

"Não obrigado." Disse o secretário. "Eu prefiro ficar com meu vinho."

"Espero que engasgue com ele." Jogou Harry.

"Você tem a língua muito solta beta." Apontou." O que acha de cortamos e darmos a Voldemort junto com o resto do seu corpo?"

"Tenta então." Provocou." Acha que eu tenho medo de um ômega que precisa de cinco alfas para poder me pegar?"

Harry fechou os olhos ao que o líquido alcoólico atingiu seu rosto,mas sorriu em retribuição.

"Tão irritado esse ômega que não aguenta uma provocação." Zombou rindo um pouco.

Harry observou o outro se aproximar e o atingir na barriga com o sapato de bico fino que usava o deixando meio sem ar.

"Um ser tão desprezível como você que não sabe seu lugar." Falou secretário irritado esticando a varinha. "Crucius!"

O menos fechou os olhos com força enquanto seu corpo se contorcer conforme a dor agoniante descia por seus membros percorrendo suas terminações nervosas.

Mordendo sua língua para não gritar,ele tentou se concentrar em qualquer coisa que poderia vir para não ceder a vontade que sentia.

Até que,em meio a névoa que tomou seus pensamentos,ele conseguiu sentir um pequeno fio meio grosso que parecia ligado com algo.

Estranhando ele agarrou aquele fio que parecia transmitir um calor que o preencheu temporariamente antes do frio o dominar por completo.