Capítulo 5 - A Promessa do Reino

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Nathan, Ethan e Sophia estão reunidos no grande salão do castelo, cada um perdido em seus próprios pensamentos. As feridas físicas de Sophia estão curadas, mas a angústia pela incerteza do destino de Laura lança uma sombra sobre sua recuperação. O Rei Ivan se aproxima, sua expressão contorcida pela preocupação.

"Vocês demonstraram uma bravura inigualável," começa o rei, "mas não posso deixar de sentir o peso dessa perda." Ele caminha até a janela, olhando para os terrenos que se estendem além do castelo. "No entanto, há uma nova esperança."

Os três se entreolham, a curiosidade começando a diminuir a pesada cortina de luto.

"Há rumores," continua o rei, "de uma antiga entidade, uma guardiã esquecida pelas eras, que reside na Floresta Sombria. Lendas dizem que ela possui o poder de descobrir o destino dos perdidos."

Ethan se levanta, seus olhos refletindo um brilho de resolução. "Então devemos buscá-la. Por Laura."

Sophia e Nathan concordam com um aceno determinado.

"E assim será," declara o rei. "Preparem-se para a jornada ao amanhecer. Não sabemos o que podem encontrar na Floresta Sombria, mas a esperança nos obriga a enfrentar o desconhecido."

Na aurora seguinte, os três amigos atravessam os portões do castelo, não como guerreiros em busca de vingança, mas como corações saudosos à procura de uma amiga desaparecida. A missão é clara: encontrar a guardiã antiga, descobrir o destino de Laura e, possivelmente, trazê-la de volta para casa.

Após o edital do rei, Nathan, Ethan e Sophia encontraram refúgio na familiaridade do salão comunal, onde o calor de uma lareira ardente e o burburinho reconfortante dos outros moradores do castelo tentavam lhes oferecer alguma medida de paz. Eles conversaram pouco durante o almoço; as palavras pareciam insuficientes para descrever a mistura de temor e determinação que compartilhavam.

A tarde deslizou para o crepúsculo e as estrelas acenderam nos céus como faróis distantes, refletindo a luz da esperança que ainda brilhava em seus corações. Retiraram-se cedo, preferindo a solidão de seus aposentos e o conforto de suas próprias reflexões para reunir forças para o desafio que viria com o amanhecer.

Mas o destino, muitas vezes, maneja suas cartas de modo imprevisível.

Na profunda quietude da noite, um grito agudo rasgou a calmaria do castelo. Ethan foi o primeiro a reagir, saltando de seu leito e correndo pelo corredor, com Nathan e Sophia logo atrás. As tochas nas paredes lançavam sombras dançantes enquanto eles corriam em direção à origem do alarido.

Chegando ao pátio, viram a fonte do tumulto. Um dos vigias do castelo estava no chão, tremendo, apontando para a muralha ocidental. "Um vulto... uma sombra... lá!", balbuciou ele, os olhos arregalados de medo.

Nathan assumiu a liderança, subindo rapidamente as escadas da torre de vigia. Espiando na direção indicada, ele viu uma silhueta se movendo com uma agilidade sobrenatural, deslizando pelo muro do castelo, desaparecendo e reaparecendo nas sombras com uma sinistra fluidez.

"Isto não é coisa deste mundo," murmurou Sophia, sua voz firme apesar do frio em seu olhar.

Ethan, passando a mão na condensação da noite, sentiu a magia sinistra no ar. "Isto pode ser trabalho de um Wendigo ou algum tipo de feiticeiro sombrio," conjecturou ele, preparando-se para qualquer enfrentamento.

O vulto então se tornou mais ousado, aproximando-se dos aposentos reais. A ameaça à segurança do rei era inegável, e o trio tomou uma decisão rápida. "Não podemos partir amanhã com essa ameaça sobre o castelo," declarou Nathan. "Temos que lidar com isso agora."

Armados com espadas, arco, flechas e a magia que a água da noite proporcionava a Ethan, eles descobriram que não enfrentavam um inimigo corpóreo. Era um espectro, um mensageiro das trevas, procurando semear medo antes de sua jornada para a floresta.

Após testemunharem a morte trágica do rei Ivan pelas mãos sombrias, Nathan, Ethan e Sophia enfrentaram a sombra imponente dentro dos aposentos reais. O rei lutou bravamente para se defender, mas sua força era impotente diante do poder avassalador da sombra.

Com corações cheios de dor e fúria, os três guerreiros lançaram-se contra a sombra, determinados a vingar a morte de seu amado líder. As espadas de Nathan e Ethan cortavam o ar com destreza, e a flecha de fogo de Sophia voava em direção à escuridão entrelaçada.

Numa explosão de chamas e calor intenso, a flecha de Sophia encontrou seu alvo, perfurando a sombra com um poderoso impacto. A sombra se retorceu e estremeceu, dissolvendo-se lentamente até desaparecer completamente.

Enquanto o perigo se dissipava, uma escolha crucial se revelou diante dos guerreiros. Eles eram agora os remanescentes de uma batalha sombria e mortal, confrontados com o peso de um reino em crise. A morte do rei clamava por vingança, mas a busca por Laura também permanecia urgente em seus corações.

Nathan, ponderando a responsabilidade que agora caía sobre seus ombros, decidiu que a segurança e estabilidade do reino deveriam ser sua prioridade principal. Ele sabia que era necessário implementar medidas para proteger os cidadãos e construir um governo eficiente para enfrentar as ameaças que ainda rondavam. Embora o coração sofresse com a perda de Laura, Nathan reconheceu que não poderiam deixar o reino desprotegido em seu momento de necessidade.

Ethan, compartilhando dessa visão, concordou com a decisão de Nathan. Ele entendia a importância de fortalecer as defesas e liderar o reino em meio à escuridão que os cercava. A memória de Laura permaneceria em suas mentes e corações, impulsionando-os a construir um futuro melhor em seu nome.

Sophia, embora profundamente afetada pela morte do rei e ansiando por encontrar Laura, confiou em seus companheiros e concordou em permanecer e proteger o reino. Ela sabia que precisariam se unir e encontrar uma forma de curar as feridas abertas, tanto físicas quanto emocionais.

Assim, os três guerreiros tomaram a difícil decisão de ficar no reino, assegurando que a morte do rei não fosse em vão. Eles trabalhariam incansavelmente para estabelecer um novo governo e forjar um futuro de esperança, mesmo sem ter todas as respostas que buscavam.

Enquanto as sombras continuavam a ameaçar, Nathan assumiu o papel de liderança, guiando seu povo com coragem e sabedoria. Os cidadãos encontraram consolo e inspiração na força e determinação dos guerreiros.

A busca por Laura teria que esperar, mas sua amizade e a memória do rei seriam a bússola que os guiaria nos dias sombrios que viriam. Unidos, eles enfrentariam cada desafio, com a determinação de trazer justiça e segurança tanto para o reino quanto para sua amiga desaparecida.

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