fleur morte

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O sol brilhava, mas para Kim Soo Jin, tudo parecia estar envolto em uma névoa sombria quando ela chegou ao local do funeral de sua mãe. As pessoas se reuniam em torno do caixão, expressões de tristeza e pesar estampadas em seus rostos. Soo Jin sentia como se estivesse em um estado de sonambulismo, incapaz de processar completamente a terrível perda que havia sofrido.

Ao cruzar a entrada da capela, Soo Jin sentiu um nó se formar em sua garganta. Ela estava vestida de preto, a cor do luto, e podia sentir os olhares dos presentes se voltando para ela no momento em que entrou. Cada passo era como se estivesse atravessando uma barreira de tristeza e desespero.

Soo Jin se aproximou do caixão, onde sua mãe descansava em paz. A imagem dela tão serena e tranquila trouxe lágrimas aos olhos de Kim Soo Jin. Ela segurou a mão fria da sua mãe, sentindo um misto de angústia e desamparo.

As palavras de consolo dos presentes pareciam distantes, como se viessem de um lugar além do alcance de Soo Jin. Ela mal conseguia se lembrar dos rostos que se aproximavam dela, das palavras de apoio que lhe dirigiam. Sua mente estava tomada pela dor e pela saudade avassaladoras.

Enquanto a cerimônia se desenrolava, Soo Jin mantinha-se firme, mas por dentro estava devastada. Sua mãe tinha sido mais do que apenas uma figura materna. Ela era sua amiga, sua confidente, sua fonte de força. A ideia de que alguém tão amada e essencial em sua vida tivesse sido tirada dela de forma tão cruel era algo que Soo Jin mal conseguia compreender.

Entre as pessoas presentes, Soo Jin podia ver a figura de sua irmã mais velha, Eun Ji, que se mantinha distante e inexpressiva. O olhar de Eun Ji pareceu encontrar o de Soo Jin por um breve momento, mas a expressão dela permaneceu enigmática e vazia, como se estivesse completamente desprovida de emoção.

Seul
7:11 da noite

O funeral de minha mãe acaba, logo a enterrando. As pessoas vão saindo aos poucos, algumas ainda continuam no cemitério conversando sobre como minha mãe era uma mulher boa. Ainda me sentindo em um estado horrível, tiro de minha bolsa o chocolate favorito dela. Abro ele e tiro dois pedaços, deixando um em cima de sua lápide e outro eu como.

Você amava isso... - susurro para mim mesma enquanto olho para o céu desejando que pudesse a ver voando como um anjo

Sinto uma presença ao meu lado, ainda desnorteada me viro devagar e olho para a pessoa ao meu lado. Era minha irmã, sua expressão era tão vazia a como de um buraco negro. Nunca havia a visto desse jeito, isso me assustava e causava arrepios. Ela me olha com aqueles olhos grandes e preto sem sentimento, sinto como se estivesse sendo a presa e ela o predador. Ela olha para a lápide em frente a nós e novamente para mim, algo quase sem som sai de lábios, era como um sussurro mais baixo. Não consigo ouvir nem se me esforçasse ao ouvir, acho que nunca saberei oque ela falou. Me sinto paralisada, o vento frio do inverno e os sons das folhas das árvores ecoa no meu ouvido. Era como se eu estivesse preste a morrer, o meu cabelo voava ao vento suave e frio. Saio do tranze quando minha irmã apenas se vira e sai andando para fora do cemitério, cada passo eu consigo ouvir, o suspiro que ela deu ao sair, o vento passageiro... Olho pela última vez a lápide branca de minha mãe e sigo em frente, algumas gotas de lágrimas escorrem pelo meu rosto, essa despedida que eu não esperava acontecer. Ainda sinto sua falta e acho que sempre vou sentir.

Saio do cemitério com um olhar vazio e uma expressão suave, meus olhos vermelhos junto com meu nariz e bochechas. O inverno está chegando e esse vento e um oi dele. As belas árvores em frente ao cemitério balança ao vento deixando cair algumas folhas. Vejo pessoas saindo do cemitério, muitas vão até mim para falar sobre minha mãe e dar seus pêsames, respondo com poucas palavras. Aquele vazio dentro de mim, aquela saudade.

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⏰ Última atualização: Dec 21, 2023 ⏰

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