O dia que mudou minha vida

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Um passado que nunca passou

─ Fica no chão ou então eu te mato. - o sinto tocando minha nuca com o cano da arma ainda quente minha respiração estava pesada, meu corpo estava dolorido e meus companheiros mortos, mas mesmo com essas condições eu apenas conseguia gargalhar enquanto olhava para o líder deles com um olhar desafiador.

─ Eu até posso ficar no chão, mas não vai ser eu que vou morrer essa noite. - o provoco, aquele homem gigante olha para mim com desdém provavelmente presumindo que eu já enlouqueci.

─ Podem matar. - ele diz entre uma tragada e outra nesse exato segundo um disparo é escutado, mas não sou eu que caio apagada sem vida e sim quem estava apontando a arma para mim assim que eles perceberam o que estava havendo já era tarde de mais, para eles é claro. Um garoto invade com uma moto o beco e joga o veiculo encima deles eu me levanto com calma, e pego um cano que estava jogado por ali.

─ Achei que ia me deixar para morrer. - comento tranquila.

Ele me lança um olhar cansado e suspira: ─ Sou seu irmão mais velho, jamais irei te abandonar. - ele sorri.

─ Morram seus "merdinhas"! - aquele ogro gritou vindo para cima para nós partimos para cima não há nada nesse mundo melhor do que essa sensação de perigo é por essa adrenalina que eu amo lutar.

Mas quem diria que por conta dessa briga, por conta de um golpe mais forte do que deveria, por conta de um acidente de merda minha mãe morreria se eu soubesse que seria assim que eles se vingariam de mim por acidentalmente matar um deles eu...

Eu teria o matado com gosto!

Existe uma grande verdade nesse mundo idiota que eu descobri ainda muito cedo após tanto sofrer eu percebi status, etnia, idade, gênero, sexualidade, nome, profissão tudo isso são meras ferramentas que o sistema usa para nos comandar como marionetes eles nos instruem a sempre oprimir o diferente nos fazem crê que precisamos nos encaixar seguir o "padrão", mas isso apenas porque eles temem, pois no fundo eles também sabem que se ninguém tiver medo dessa rejeição "natural" todo mundo seria livre para fazer e pensar o que quiser então eles não teriam como nos controlar, pelo menos é isso que eu acredito e sempre vou acreditar.

Eu sou Luz Noceda uma colombiana nascida e criada até meus quinze anos na Colômbia, decidi há muito tempo me revelar contra esse mundo de merda e por isso sou julgada como "esquisita", "problemática", "maluca" e muitos outros adjetivos e por ser assim que minha vida se tornou uma montanha russa de problemas e loucuras, mas o que eu posso fazer se nasci assim.

Como eu disse mataram a minha mãe porque durante mais uma das minhas mil brigas com uma gangue da Colômbia eu acidentalmente agir com um pouco mais de violência e acertei um golpe na cabeça do irmãozinho do grande chefão por conta disso eles mataram ela e por conta disso eu tive me mudar junto de meus dois irmãos. O meu irmão mais velho se chama Hunter e assim como eu ele é um delinquente e nossa irmã mais nova dois anos de diferença entre ela e Hunter e uns cinco minutos entre eu e ela se chama Vee e ela é uma princesinha a única de nós três que deu certo. Enquanto voamos em um jatinho particular para outro país eu me coloco para pensar quando foi que minha vida começou a desandar tanto?!

- 10 anos atrás.

Era uma tarde de terça, e eu estava na aula de balé e eu o-d-e-i-o balé com cada fibra do meu corpo as roupas são horríveis, os passos irritantes e a música um tédio total. Mas minha querida irmã gêmea ama balé e ela era muito boa, por conta disso continuei indo as aulas, já que a lógica que minha mãe era "ou as duas fazem ou ninguém faz", como eu sabia que ela ficaria triste se parássemos eu decidi suportar esse inferno.

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