Eu me chamo Satoru Satoo, e sou um jovem rico e mimado que envergonhou o nome da minha família. Tenho um problema de dupla personalidade e de transtorno de personalidade narcisista, o que me faz agir de forma arrogante e egoísta com as pessoas, ou muito doce e ingênua.
Hoje Quinta-Feira, é um dia de aula comum, mas eu não tenho vontade de ir. Não gosto da escola, nem dos professores, nem dos colegas. Eles são todos inferiores a mim, e não me dão atenção. A única pessoa que tolero é o meu mordomo, Alfred, ele é um homem de meia idade, com cabelos grisalhos, olhos castanhos e um bigode fino ele usa um terno preto e uma gravata vermelha.
Meu pai é um empresário muito famoso, que tem várias empresas pelo mundo. Ele é um homem que só se preocupa com o dinheiro e o poder. Ele nunca me atenção. Ele só me critica e me cobra, dizendo que eu sou uma decepção para ele. Minha mãe é uma neurocirurgiã renomada, que salva vidas todos os dias. Ela é uma mulher inteligente e competente, que se orgulha do seu trabalho. Ela nunca me deu afeto. Ela só me ignora e me evita, dizendo que eu sou um problema para ela. Os dois pensam que eu sou um problema para eles, mas eles são um problema para mim.
Eu vivo em uma mansão luxuosa, que tem tudo o que eu quero. Tenho roupas de grife, eletrônicos de última geração, carros esportivos, e muito mais. Mas nada disso me faz feliz. Eu me sinto vazio e entediado, sem nada que me motive ou me desafie. Eu só quero me divertir, sem me preocupar com as consequências. Porém nem tudo são flores, desde de pequeno até meus 17 anos eu não podia sair nem para o quintal por conta de meus problemas, meus pais tinham medo de que eu não conseguisse me controlar.
Eu acordo com o som do meu despertador, que toca uma música irritante. Eu desligo o aparelho com um toque suave, e me espreguiço na cama. Olho para o relógio, e vejo que são cinco e meia manhã. Eu bufo, e me levanto com preguiça. Vou até o banheiro, e faço a minha higiene pessoal. Escovo os dentes, lavo o rosto, e tomo um banho quente. Saio do banheiro, e vou até o closet. Escolho uma roupa casual, mas elegante, não escolhi o uniforme por que eu já não quero ir para a escola então aproveitei. Eu vesti uma camisa branca Oversized, uma calça jeans preta reta e um tênis da mesma cor. Me visto, e me olho no espelho. Eu sorrio, e admiro a minha beleza. Tenho cabelos pretos, olhos roxos, pele clara, e um corpo atlético. Sou o garoto mais bonito do mundo, e sei disso.
Saio do quarto, e desço as escadas. Vou até a sala de jantar, onde o meu mordomo me espera.
Ele me cumprimenta com um sorriso.
- Bom dia, Sr. Satoo. Espero que tenha dormido bem.
- Bom dia, Alfred. Dormi o suficiente. - respondi, sem entusiasmo.
- O seu café da manhã está pronto. Por favor, sente-se à mesa. - ele me convidou, me servindo um prato de ovos, bacon, torradas, e frutas.
Eu me sento à mesa, e começo a comer.- Obrigado, Alfred. - agradeci, por educação.
- O seu pai ligou, Sr. Satoo. Ele quer falar com o senhor. - ele me informou, com um tom sério.
- Não quero falar com ele, Alfred. Ele só vai me encher de cobranças e reclamações. - eu disse, revirando os olhos.
- Ele é o seu pai, Sr. Satoo. Ele se preocupa com o Sr. - ele tentou me convencer, com um tom suave.
- Ele não se preocupa comigo, Alfred. Ele só se preocupa com o nome dele, e com o império dele, nem a própria mãe ele quis ir visitar quando estava morrendo. - eu retruquei, com um tom amargo.
- A sua mãe também mandou um e-mail, Sr Satoo. Ela quer ver o Sr. - ele me informou, com um tom esperançoso.
- Não quero vê-la, Alfred. Ela só vai me ignorar e me evitar. - eu disse, dando de ombros.
- Ela é a sua mãe, Sr. Satoo. Ela se orgulha do Sr. - ele tentou me animar, com um tom doce.
- Ela não se orgulha de mim, Alfred. Ela só se orgulha do trabalho dela, e da fama dela. - eu rebati, com um tom sarcástico.
- O Sr. tem que ir para o colégio, Sr. Satoo. O carro está pronto. - ele me lembrou, com um tom firme. - É o seu último ano estudando, vamos!
- Não quero ir para o colégio, Alfred. Lá só tem gente chata e idiota. - eu reclamei, suspirando.
- O Sr. não tem escolha, Sr. Satoo. É o seu dever. - ele me disse, com um tom autoritário.
- Você não manda em mim, Alfred. Eu faço o que eu quiser. - eu me irritei, levantando da mesa.
- Eu só quero o seu bem, Sr. Satoo. - ele me olhou, com um tom paciente.
- Eu sei, Alfred. Você é o único que se importa comigo. - eu admiti, pegando a minha mochila.
- Vamos, Sr. Satoo. Não se atrase. - ele me acompanhou, com um tom gentil.
- Está bem, Alfred. Vou para o colégio. - eu disse, saindo da mansão. - Mas eu não vou por uniforme.
Ele me acompanha até a porta, e me deseja um bom dia.
- Tenha um bom dia, Sr. Satoo.
- Você também, Alfred. - eu respondi, entrando no carro.
Eu saio da mansão, e entro no carro. O motorista me cumprimenta, e começa a dirigir. Eu coloco os fones de ouvido, e ligo o meu celular. Eu ignoro o mundo, e me isolo na minha bolha.
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O passado do amanhã
Ficção AdolescenteSatoru Satoo é um jovem rico e mimado que envergonhou o nome de sua família. Um dia, ele conhece Yato Naito, um garoto gentil que lhe mostra um lado diferente da vida. Satoru se apaixona por Yato, mas logo descobre que ele morreu em um acidente mist...