O Hospital

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Uma nova Jornada

Finalmente havia terminado a faculdade!

Após sonhos e suor, finalmente conseguiu uma vaga em um hospital no interior de São Paulo, que tanto queria.

Afinal, foram sete longos anos de muito estudo. Lembrava-se de quando andava pela Avenida Paulista, certa noite, parecia que sua vez nunca iria chegar. Mas todos uma hora teremos nossa oportunidade. Pois, como já dizia memorável cantor brasileiro, toda espera tem seu fim.

Acabei de me formar, mãe, finalmente! Despediu-se do pai e da mãe, vai com Deus, minha filha.

Estava animada porque sairia um pouco da cidade. Se divertiria um pouco, sairia da cidade grande para o emprego a que foi contratada.

Vida nova, história nova, aliás foram longos os anos se estudo. Sete anos não é para qualquer um.

Na nova cidade, faria novas amizades, conheceria novas pessoas e poderia viver o diferente, o novo. Quem sabe, até, pegaria um caso ou outro de medicina, e começaria a ver como tudo ia na prática.

Feliz como nunca, abraçara fortemente a sua mãe e disse que sentiria saudades. Disse também que se cuidaria e seguiria todas as suas orientações.

Havia conseguido um emprego em um hospital no interior onde poderia exercer a profissão na prática.

Foi mais difícil se despedir de seu pai, de quem era mais apegada.

Quem diria, aquele que no início havia desabafado sobre namoradinhos e garotos (falar aquilo com a sua mãe era um tanto constrangedor) agora se viraria para ele e se portaria como doutora, especialista na saúde e um amor sem medidas por sua profissão.

-Vou sentir muito a sua falta, meu pai - e era dada a hora. O abraço no pai falava mais alto do que todos os estudos e o que passara nos últimos anos.

Ah, como foi drástica a noite em que chorou porque achava que não passaria no exame.

Mas no final deu tudo certo. Por que por mais que fiquemos desesperados, uma hora as peças se encaixam.

Esteve cedo na rodoviária. O ônibus partiria em trinta minutos e ela teria um tempo para tomar um café.

Gostava de viajar sozinha. Estar consigo mesma era a melhor companhia, e irrevogável o prazer de descoberta da própria plenitude.

No caminho, tentaria ouvir uma música, conversar um pouco com quem estivesse ao seu lado, se preparar para uma nova vida.

Num, geral, iniciar uma nova carreira em uma cidade do interior não devia ser fácil, simplesmente para quem sempre morou na cidade grande, mas iria se adaptar.

Sua amiga, Juliane, que morou lá por dois anos, disse ser uma cidade tranquila, tinha comércios de tudo, algumas festas de época, e se procurasse bem, até uns garotos bonitos.

Ela riu. Disse que a última coisa que queira saber naquele momento era de homens, e que ficaria ao máximo na sua carreira.

E deveria. Mesmo que distante, era um emprego bom. Um hospital particular e que não vivia lotado, com casos diferentes que poderia estudar e se tornar uma excelente médica.

Ouvira, também dizer, que alguns casos sem explicação já haviam acontecido ali. Que antes de construírem o hospital, ali era um reservatório e uma casa de refugiados, que foram assassinados e e se premeditava a ideia de que lá ainda estavam seus fantasmas.

Mas não havia o que que comprovasse, e no máximo não passavam de boatos. Aliás, fantasmas simplesmente não existem, não é mesmo?

Aliás, para que se assustar? Era melhor se aconchegar e desfrutar da viagem. Escolhera um lugar ao lado da janela e ainda veria o por do sol.

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⏰ Última atualização: Dec 23, 2023 ⏰

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