*:･ﾟ★ UM AMOR DE NATAL ೃ࿔❆･:･

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— Espera aí! Você está terminando comigo?

— É que... bom, eu achava que você era a pessoa certa pra mim, Nat. Quer dizer, não me entenda mal. Não tem nada de errado com você, dependendo do ponto de vista, é claro...

— O quê?

— ...mas acontece que eu mudei e... e... — Ela percebeu que ele ficou gesticulando todo perdido olhando pela sala de seu apartamento procurando pelas palavras certas e olhou sem graça para ela. — ...e você não.

Nat não achou que existiam palavras certas pra uma coisa dessas.

— Sebastian, você está terminando comigo? — Ela perguntou de novo ainda completamente em choque sentada em uma poltrona de frente para o namorado.

— É! É isso! Estamos terminando. — Ele soltou um suspiro aliviado. — Bom, eu não ia ser tão direto assim, mas é isso.

— Você está terminando comigo! Por que está terminando comigo? O que eu fiz?

— Nat, você sabe. Isso ia acabar acontecendo. Nós estamos seguindo em direções diferentes.

— Não estamos não.

— Estamos sim.

— De onde você tirou isso? A gente se dá bem. A gente sempre faz as coisas juntos. A gente gosta até do mesmo café aguado da cafeteria da esquina.

— Eu odeio aquele café.

— Mas você disse que amava. — Ela falou meio miando e choramingando fazendo um beicinho de decepção.

— Aquele café é horrível. Na verdade eu odeio aquela cafeteria e sempre vou até a cafeteria da outra esquina pra tirar o gosto de água de esgoto que fica na minha boca toda vez que todo aquele café nojento. Eu só dizia que gostava porque você ama aquele lugar.

Ela ficou piscando enquanto processava a informação.

— Mas não é só isso, Nat. Eu estou evoluindo. Estou abrindo minha própria empresa e você, bom, você ainda trabalha como vendedora naquela mesma livraria que não vende nada. Você entende onde quero chegar? É como eu disse. Nós não estamos seguindo na mesma direção, não estamos no mesmo degrau, sabe. — Ele começou a gesticular de novo todo didático desenhando sua explicação com as mãos. — Tipo, eu estou a uns vinte degraus acima, bem aqui. E você estacionou bem aqui no segundo degrau, talvez no primeiro.

Ela piscou confusa, mas não disse nada. Ficou esperando pra ver aonde ele queria chegar.

— Eu vou precisar de mais tempo pra me dedicar ao meu negócio, Nat e acho que estar com você agora bem nesse momento em que eu preciso ficar focado e levar minha vida pra frente não é justo ter que ficar olhando para trás e gastar energia pra te arrastar junto comigo.

Sentada no sofá de frente para ele Natalí ficou olhando de boca aberta para o namorado... ou ex namorado, sem acreditar no que ele estava dizendo e se perguntando onde estava o cara carinhoso, divertido e companheiro que parecia estar lá pelo menos até aquela manhã.