HAPPY DEATH DAY

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Olá, chegamos ao penúltimo capítulo da nossa história, farei o possível para postar o capítulo final até quarta feira, pois teremos visitas. Deixarei apenas o epílogo para o ano que vem.

Boa leitura!
“Você é com certeza o namorado mais burro que eu já tive na vida…” Damon apontou para o híbrido sentado na cama. “Como pôde ter saído de casa, sorrateiro como um bandido, para ir fazer esse acordo indecente com aquela bruxa louca…” Klaus olhou fixamente para uma garota que entrou no quarto indo em sua direção e desapareceu ao passar por ele deixando apenas dor. “Dá pra prestar atenção? Como eu pude me apaixonar por você?”
“Não viu isso?” Klaus perguntou confuso.
“Que você é um idiota? Sim, mas eu não mando no coração. O que eu queria mesmo era te dar uma boa surra, seu bastardo egoísta do caralho.” Klaus abriu e fechou a boca como um peixe.
Elena e Stefan estavam sentados no bar tentando captar a conversa, Eric riu quando passou por eles com algumas bolsas de sangue.
“O que vocês estão fazendo?” Entrou no quarto olhando para Damon apontando o dedo no rosto do híbrido. “Aqui…” Entregou a bolsa para Klaus.
“Estou tentando dizer ao Damon que havia uma garota aqui.” Klaus falou na esperança de Eric acreditar nele.
“Uma garota?” Eric arqueou a sobrancelha.
“Vê, você também não acredita… Tinha uma garota nesse quarto, cabelo cacheado, vermelho, tenho quase certeza que era uma vampira, mas ela passou através de mim e desapareceu. E isso doeu.” Explicou.
“É claro que tinha uma garota fantasma aqui, Nik, você fez um acordo com a bruxa psicótica e ela te transformou na  ncora para o outro lado. Ela precisava segurar o Silas do outro  lado e a morte da Amara destruiria tudo porque ela era a  ncora, agora é você.” Damon tentou ao máximo não gritar.
“Eu não concordei com nada disso e o que isso significa exatamente?” Klaus encarou um dos namorados.
“Que você é a  ncora para o outro lado, você é burro?” Klaus encarou o canto do quarto onde um garoto, que não devia ter mais de doze anos, estava olhando para ele com o rosto sujo de sangue.
“Então só eu estou vendo o garoto lá?” Apontou para o canto, Eric e Damon se viraram para olhar.
“Só você pode me ver…” O menino rolou os olhos. “Vou sair daqui agora, meu nome é Jessie, se encontrar meu pai por aí, foi ele que fez isso, mate ele por mim.” O garoto atravessou o híbrido que agarrou o peito para conter a dor.
“Então só eu vou ver isso?”
“É, Klaus, só você vai ficar vendo fantasminhas por aqui…” Damon respondeu. “Qetsiyah transformou você no garotinho do Sexto sentido, sabe, aquele que vê gente morta o tempo todo.”
“O tempo todo?” Eric perguntou. “Até quando estivermos transando?” Damon arregalou os olhos.
“Ah, pronto.” Klaus apertou os tecidos do lençol.
“Ela ao menos entregou o antídoto para Stefan?”
“Sim, Stefan e Elena estão aqui, eles trouxeram.” Eric contou.
“Como eu vim parar aqui? Eu me lembro de estar morto e Silas estava lá.”
“O veneno era para o Silas, não para um Original. Você ficou morto por um tempo e eu queria muito poder te matar de novo, de tanta raiva que eu estava.” Damon sentou ao lado do híbrido. “Nunca mais faça isso.” Abraçou os ombros. “Você está aqui porque Eric sentiu sua morte e foi até você, ter um vampiro voador tem suas vantagens, principalmente quando ele voa em supervelocidade.” Estendeu a mão para o vampiro. Eric se sentou com eles e beijou um por um.
“Nós vamos resolver isso, Klaus, vamos ver o que é possível fazer para tirar esse fardo de você nem que eu tenha que arrancar os órgãos dela ainda viva e alimentar os lobos.”
“Eu vou ajudar.” Damon fez um bico.
“Ao menos o antídoto funcionou?”
“Ainda não usei, estávamos esperando você acordar. Eu vou retirar a cura do meu organismo e dar para Elena, era o desejo dela desde sempre.”
“Bem, eu já estou acordado.” Klaus falou. “Você está pronto para voltar a ser o nosso grande vampiro malvado?”
“Sim, com certeza, eu já experimentei ser humano de novo e isso não é para mim, apesar de já ter aceitado, se você foi gentil o suficiente em conseguir um antídoto, aceito.” Damon riu.
“Você poderia ser minha progênie…” Eric Northman comentou.
“E eu aceitaria de bom grado, deve ser bom voar por aí, mesmo que só durante a noite. Todos os vampiros do seu tipo podem voar, não é?”
“Todos os humanos podem cantar?” Respondeu com outra pergunta. Damon fez uma careta.
“Onde estão os pombinhos?”
“Estão no bar… Klaus, só uma pergunta, como você conseguiu envenenar o Silas?” O híbrido mordeu a parte interna da boca.
“Eu fingi que o confundi com Stefan, comecei a inventar que tínhamos algum plano maluco que chamou sua atenção, dei whisky limpo para que ele confiasse em mim e por fim joguei a carta do amante e o beijei com a boca cheia de veneno.” Explicou sem pensar no problema que acabou de se meter.
“Você beijou o Silas?” Damon o empurrou e perguntou apertando os dentes enquanto Eric riu, ele não era do tipo de homem que sentia ciúme exagerado. Apenas se tivesse motivo real. Mas Damon e Klaus eram completamente opostos e um pouco loucos na opinião dele.
“Não foi um beijo de verdade, amor, foi como um… beijo técnico.” Justificou.
“A sua língua estava na boca dele, não tem nada de técnico nisso!” Falou irritado. “Beijo é beijo!”
“É claro que não, amor, eu não sinto nada por ele, é completamente diferente de quando eu beijo vocês…” Se virou para Eric. “Dá para ajudar aqui?”
“Nem pensar, vou chamar meu cunhado e a namorada viciada em True blood, ainda bem que essa menina vai voltar a ser humana porque ela é quase uma versão estripadora de garrafinhas de sangue sintético.”
“Eu vou voltar a ser vampiro e ensinar vocês dois uma lição sobre beijar bocas aleatórias por aí!” Afirmou.
“Mas eu não fiz nada!” Eric olhou para Damon e tentou se defender.
“Semântica… Entenda como uma advertência.” Damon cruzou os braços e o olhou torto. Eric foi até ele tão rápido que o humano não esperou ser erguido e beijado daquele jeito.
“Talvez devêssemos foder você como humano antes de você voltar a ser vampiro. Fazer como você queria naquela noite. Nós dois dentro de você…” Damon estremeceu com a possibilidade. “Ao mesmo tempo.”
“É, talvez vocês devessem. Mas não vão.”  Falou. “Esse não é o momento, meu vampiro libertino.” Deu um selinho na boca de Eric. “Agora busque nosso casal favorito antes que a Elena acabe com seu estoque de True Blood.”
“Tem certeza?” Insistiu o vampiro no ouvido do outro.
“Saia logo daqui Eric!”  Eric Northman riu e colocou o Salvatore no chão.
“As suas ordens, Mestre!” Eric fez uma reverência e saiu antes de ser atingido pelo travesseiro que Damon arremessou.
“Nosso vampiro xerife é um idiota…” Suspirou se virando para o híbrido. “É muito doloroso?”
“Eu não sei explicar o tipo de dor que eu sinto quando sou atravessado por uma alma, talvez seja uma representação da dor deles mesmos.”
“Hum, eu não gosto disso, Klaus, não gosto nada disso.”
“Eu também não, amor, mas não me arrependo.” Damon beijou Klaus que aprofundou o beijo lascivo. “Tem certeza que não quer brincar um pouco antes de voltar à antiga vida?” Cochichou no seu ouvido.
“O que eu fiz para merecer um vampiro libertino e um híbrido tarado?” Damon reclamou se afastando.
“Só coisas boas, tenho certeza.” Klaus sorriu.
“Você tem exatamente dez segundos para vestir uma roupa. Dez… Nove… Oito…” Klaus se levantou rápido colocando as calças e uma camiseta cinza. “Dois… Um…” A porta se abriu, Eric entrou com Elena e Stefan atrás dele. A vampira estava sugando sangue sintético. “Tem certeza que você quer voltar a ser humana? Não vai poder mais tomar essa coisa nojenta aí.” Enrugou o nariz.
“Eu sei, estou aproveitando enquanto posso.” A vampira respondeu sorrindo.
“True blood é muito bom, pelo menos vocês não não vão precisar viver de sangue humano…” Stefan comentou. “Podem sobreviver bebendo isso.”
“Eca!!!” Damon, Eric e Klaus falaram juntos.
“Ou não.” Deu de ombros. “Damon essa é sua decisão final?”
“Sim, irmãozinho, essa é minha decisão final.” Damon encarou os olhos do irmão. “Ser vampiro é algo em que eu sou bom. Algo que eu posso ter rejeitado no início, mas a verdade é que eu realmente amo essa parte de mim e eu a quero de volta.”
“Até porque quem iria querer deixar de ser uma criatura poderosa? Além de vocês e minha irmã, Rebekah. É por isso que eu gostaria de pedir um favor, daqui há algumas décadas, quando vocês forem dois velhinhos insuportáveis e a vida humana de vocês chegar ao fim, pode dar a cura a ela?” Klaus pediu. “Eu neguei a ela felicidade por tempo demais.”
“Eu pedirei a Caroline para entregar a ela quando nossa hora chegar, Klaus, eu prometo.” Elena falou. “Eu entendo o desejo dela.”
“Aqui está…” Eric mostrou a pequena bandeja com um kit para coleta de sangue. “Eu ouvi que humanos precisam de todas essas coisas para isso.”
“Obrigada, Eric…” Elena estava familiarizada com o procedimento, entregou a garrafa para Stefan e pegou a bandeja. “Sente-se Damon.” Ela retirou apenas o suficiente para encher um tubo de coleta. “Pronto. Como sabemos que a cura não está mais no Damon?”
“Você pode beber um pouco do sangue dele, se ainda estiver ai o pior que pode acontecer é você se tornar humana também.” Eric sugeriu. Elena segurou o pulso de Damon e mordeu sorvendo um pouco de sangue.
“Sentiu alguma coisa diferente?” Stefan perguntou.
“Parece normal para mim, ainda sou uma vampira.” A garota respondeu.
Damon puxou fundo o ar quando a possibilidade de voltar a ser vampiro ficou tão perto de acontecer. Ele sentiu uma leve tontura como se de repente o oxigênio do seu cérebro tivesse sido cortado momentaneamente.
“Está tudo bem, Damon?” Eric apoiou seus ombros.
“Sim, eu só fiquei um pouco… nervoso.”
“Agora você precisa tomar a poção, eu não sei como isso vai funcionar ou o que vai acontecer quando você engolir isso.” Stefan segurou a mão do irmão. “As instruções foram que você deveria tomar, esperar por uma hora e depois deveria passar por todas as etapas de transição. Beber sangue de vampiro, morrer e beber sangue humano. Se estiver mesmo disposto a continuar, vou estar bem aqui, do seu lado.”
“Obrigado, Stefan…” Ambos se abraçaram com força, até Damon se afastar. “Vamos terminar logo com isso.” Pegou o frasco e bebeu o líquido. “Tão doce como qualquer veneno seria.”
Na próxima hora, todos permaneceram sentados em silêncio, Klaus e Eric ladeavam Damon que sentia o corpo inteiro formigar como se estivesse com cãibra. Entretanto, ele não reclamou, apenas esperou. O nervosismo fazia parecer que o tic tac do relógio de cabeceira estava dentro da sua cabeça.
“Uma hora nunca demorou tanto.” Reclamou quando faltavam cinco minutos.
“Talvez devêssemos esperar duas horas, para garantir…” Elena sugeriu, recebeu um olhar mortal de Damon. “Melhor não.”
“Como você está se sentindo?” Stefan perguntou.
“Ansioso.” Foi a única palavra que escorregou da boca de Damon que acompanhava o ponteiro do relógio contar os segundos. Klaus e Eric apenas encaravam Damon, preocupados, mas cientes de que a decisão não pertence a nenhum dos dois. “Finalmente.” Soltou o ar. “Klaus é sua vez!” Falou esperando que o híbrido lhe desse seu sangue.
“Aguarde mais alguns minutos para termos certeza que deu o tempo certo.”
“Você não sabe ver horas em relógio com ponteiro? Até onde eu sei na sua época o tempo era medido pelo sol.” Eric riu. “ Me dá logo.” Klaus suspirou e mordeu o pulso, Damon não esperou, segurou o braço do híbrido e bebeu como um vampiro faminto.
“Calma aí, amor, está tentando me exanguinar?” Damon tirou a boca da ferida e se virou para Eric.
“Sua vez.” Eric entortou os lábios, agarrou a cabeça de Damon e quebrou seu pescoço sem questionar.
“Precisava ser tão bruto?” Klaus rosnou. “Você é um grosso!” Eric pegou Damon e colocou na cama.
“Tem outra parte bem grossa em mim…” Sussurrou no ouvido do híbrido. “Vou fazer você sentir ela mais tarde.” Apertou a bunda do outro, Stefan e Elena coraram com o comentário.
“Será que eu posso pegar outra garrafa de True blood?” Elena perguntou.
“Vá em frente, bonitinha.” Eric apontou para a porta. “Não precisamos enterrar ele, não?”
“Não!”
“Vocês vão cuidar dele, não vão?” Stefan perguntou. “Ele parece forte e autossuficiente, mas Damon é frágil em seus sentimentos e um pouco inseguro.”
“Não se preocupe, companheiro, tudo vai ficar bem.” Klaus garantiu.
“Ele estará seguro aqui, já nós dois…” Eric olhou para a cama. “Ele é um pouco mandão.” Stefan riu.
“Se precisarem de socorro, é só ligar.” Sorriu para os dois.
Damon ficou muito tempo desacordado, o grupo que esperava, estava cada vez mais impaciente e começaram a acreditar que tudo tinha dado errado. Três horas, algumas garrafas de whisky, True blood e quatro fantasmas depois, Damon abriu os olhos. Todos o rodearam preocupados.
“Estou com sede!” Falou. “Muita sede.”
“Aqui…” Eric quebrou o lacre da bolsa de sangue e entregou a Damon que bebeu com tanta vontade que espremeu a bolsa vazia tentando obter mais. “Então?”
As íris de Damon ficaram vermelhas, as escleras escureceram, as veias escuras se elevaram ao redor dos olhos e as presas se alongaram. Ele tocou seu rosto tateando as veias e deslizando o polegar nas presas. Sorriu.
“O grande vampiro malvado está de volta!”

HOT N COLD (Deric + Klaus)Onde histórias criam vida. Descubra agora