EPÍLOGO: BUILT FOR MY GHOSTS

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Olá, chegamos ao final da nossa história.
Espero que tenham gostado.
Beijos e obrigada por chegar até aqui.

Boa leitura

3 anos e 893 fantasmas depois

Muitas coisas aconteceram que levaram o trio até a vida que tem hoje. A primeira delas aconteceu há um mês e dezenas de fantasmas depois da primeira noite de Damon de volta a vida de vampiro.
Eric teve um surto e expulsou Klaus e Damon de Shreveport, com direito a decreto oficial da chanceler da Autoridade e tudo. O casal ficou possesso. Enquanto Damon tentou entender o que estava acontecendo porque nada daquilo fazia sentido, Klaus estava com raiva, se sentindo usado, abandonado e dispensável. Eles pegaram o Camaro azul de Damon e seguiram para Nova Orleans, depois de uma semana decidiram comprar um bar, porém não o Rousseau, era um bar modesto em uma rua sem saída e frequentada, em sua maioria, por vampiros. Apesar da tristeza nos olhos de ambos pela separação, tentavam se manter firmes e seguir em frente, mesmo que quisessem, o próprio Eric seria prejudicado se desafiassem a Autoridade.
Um tempo depois, enquanto Klaus e Damon instruíam os funcionários responsáveis pela reforma, Pam apareceu em sua porta com uma expressão desolada segurando uma caixa de madeira nobre. A vampira relatou que Eric pediu que ela entregasse a eles, era a coroa que pertenceu ao rei viking, pai de Eric. Só então eles descobriram a verdade. Eric forjou um documento que foi assinado por Nora, sua irmã e chanceler da Autoridade, para afastá-los de Shreveport porque o vampiro encontrou o assassino de sua família e planejava morrer com ele.
Pam não podia interferir, Eric a ordenou como criador. O casal partiu imediatamente e chegaram a tempo de tirar o vampiro queimado do Sol ao lado de seu inimigo, impedindo o pior. Tomaram juntos a decisão de concretar o vampiro dissecado de três mil anos, Russell,nas fundações de seu modesto bar. Klaus e Damon demoraram meio ano para perdoar o vampiro.
Eric se desligou de Shreveport e assumiu como Chanceler no lugar de sua irmã, Nora. Ele e Pam se mudaram para Nova Orleans. O quarteto passou a comandar o pequeno bar, Damon e Pam, mais precisamente. Klaus ficava sentado perto do balcão rosnando para os clientes e Eric achava que era um objeto de decoração vintage e ficava com os braços cruzados observando. Pam também começou um relacionamento com uma jovem garçonete do Rousseau, Camille. Era contrastante, mas bonitinho, na visão de Damon.
Eles se amavam e se protegiam mutuamente, cuidavam um do outro, principalmente quando o fardo era pesado demais para um deles, como quando Ester apareceu com a ideia absurda de transferir seus filhos para corpos humanos. Ou Mikael tentava matar Klaus. Eric prendeu o caçador vampiro e o queimou no sol até que o corpo se tornasse cinzas espalhadas pelo vento. Klaus e Damon cuidaram de Ester e Finn.
Depois da reforma no bar, que demorou um ano mais que o programado, já que sempre aparecia alguém querendo matar um deles, aconteceu a festa de inauguração do Helheim's bar. O evento parou o Quartel francês, todos os sobrenaturais locais queriam participar.
O trio enfrentou muitas provações ao longo do tempo, mas a pior provação eram os fantasmas que apareciam de repente, muitas vezes deixavam o híbrido irritado, às vezes triste, ele fingia que a dor da travessia não lhe incomodava, mas Eric e Damon sabiam a verdade. A gota d'água para os dois foi no dia em que houve um massacre, uma alcatéia inteira destroçada por vampiros radicais. Mais de oitenta lobos, de todas as idades e gêneros, com a maldição ativada, ou não, foram mortos. Klaus rolou no chão, tremendo, soluçando e gemendo de dor, física e emocional.
A dupla foi atrás de Freya e seu amigo Vincent para que encontrassem uma forma de transferir a  ncora, Damon ameaçou matar Qetsiyah e destruir o outro lado se não houvesse um jeito de parar aquilo. Freya foi até a bruxa e implorou por ajuda, Qetsiyah lhe deu o feitiço original e disse que a Mikaelson deveria encontrar uma solução por conta própria.
Vincent, Freya e Davina conseguiram transferir o feitiço e transformar uma porta do bar no portal para o outro lado. Klaus deixou de ser a passagem, mas ele e seus companheiros estarão fadados a guardar essa porta, guardar a entrada do mundo dos mortos como um Cérbero com suas três cabeças assustadoras. Damon considerou uma opção melhor do que o sofrimento de um dos homens que ama. Eles decidiram dividir o fardo, se tornaram a   ncora, mas não a porta.
Foi difícil, no começo, para Damon e Eric distinguir os vivos dos mortos que entravam no bar, mas agora já estavam acostumados. A situação foi problemática no começo principalmente para Eric que precisava dar satisfação para a Autoridade. Entretanto, depois de uma reunião do conselho, o vampiro foi formalmente desligado de suas atividades como Chanceler para se dedicar a sua nova função com a condição de que deveria relatar a morte de vampiros de sua própria espécie.
Agora estavam todos reunidos para comemorar o aniversário de união do trio, a família Mikaelson, com exceção de Elijah, até mesmo Kol e Godric. Sookie e Bill também haviam comparecido, assim como Jéssica e seu namorado humano. Elena, Stefan e sua filha, Jenna, Alaric, Jô e as gêmeas. Bonnie e Enzo, amigo de Damon. Rebelde e Marcel também estavam presentes. E outros amigos que se sentiram à vontade para comparecer, já que o local foi declarado zona neutra. Cada vez que a porta se abria o coração de Klaus pulava em expectativa de ver seu irmão, Elijah, mas ao invés do nobre Original, um humano, claramente hipnotizado, entrou e entregou uma caixa pequena. Klaus a abriu e retirou uma carta fechada endereçada a ele. O híbrido a leu, apertou os olhos com os dedos como se pudesse impedir que as lágrimas caíssem.
Damon retirou a carta de suas mãos, Eric abraçou os ombros do híbrido. O vampiro começou a ler sob os olhares curiosos e cheios de expectativa.
"Querido irmão, peço perdão por não estar presente em sua vida nos últimos anos, mas saiba que continuo cuidando de você à distância, embora você tenha encontrado companheiros extraordinários que o fazem feliz..." Damon sorriu com a aprovação de seu Original favorito. "Logo depois que deixei Nova Orleans, para averiguar alguns boatos sobre um possível atentado contra nossa família, fui capturado por nossa mãe e Finn..." A revelação provocou uma série de burburinhos de indignação dos presentes, Damon engoliu seco e continuou a ler. "Durante alguns dias eu fui torturado fisicamente, mas a tortura psicológica foi a mais brutal porque despertou em mim o monstro que eu tenho mantido escondido por séculos, uma criatura tão selvagem e abominável que não tive coragem de permitir que vissem." Stefan encarou os olhos do irmão ao lembrar de si mesmo. "Em meio aos meses que se seguiram, busquei ir o mais longe possível de todos que conhecia, deixando um rastro vergonhoso de sangue inocente pelo caminho."
"Ele deveria ter vindo a nós..." Rebekah falou aos prantos. "Nós teríamos ajudado, teríamos protegido, encontrado um jeito."
"Eu sei como ele se sentiu, Rebekah, não fique chateada com Elijah, ele não voltou por amor." Stefan falou.
"Xiiiiii... deixa eu terminar..." Damon os repreendeu e todos ficaram em silêncio. "Cheguei a uma pequena cidade que prefiro não revelar, pois conheço minha amada família, onde conheci um jovem bruxo cujo as artes mágicas são diferentes das que conhecemos. Bem, não me envergonho em dizer que ele me pôs de joelhos, ele me ajudou a aceitar e dominar o monstro que habita em mim. Também encontrei nele um companheiro extraordinário e estou feliz, assim como sei que nossa pequena e disfuncional família também está..." Damon sorriu. "Espero que entendam minha ausência, mas saibam que eu compartilho e me alegro com a união de vocês. Como prova de meu amor incondicional, meu companheiro e eu fizemos esses presentes, em especial para o meu amigo, Northman. Que a felicidade e o amor estejam com vocês, sempre e para sempre. De seu irmão e cunhado, Elijah Mikaelson." Klaus retirou uma caixinha de madeira com o símbolo da família entalhado, dentro envolvidos por veludo vermelho haviam três alianças adornadas com duas pedras, azul e vermelha. Dentro estava gravado as iniciais dos três sobrenomes. As alianças tinham o tamanho exato para cada um. Damon viu no rodapé um recado com letra diferente, não a caligrafia elegante de Elijah, mas garranchos bagunçados. "PS: a pedra vermelha não é um rubi, é uma pedra de sangue, foi feita com o sangue do vampiro Eric."
"Meu sangue? Porque Elijah teria meu sangue?" Eric perguntou confuso.
"Klaus deve ter guardado um pouco, ele tem sangue de todo mundo." Freya comentou.
"São lindas." Klaus falou. "Tem um papel aqui... É sueco. Man ska njuta av det när solen skiner."
"O que significa?" Damon perguntou. "Eu não sou tão velho para falar tantas línguas e novos idiomas não é um interesse que eu tenha."
"Deve-se aproveitar quando o sol está brilhando." Eric respondeu com um sorriso amargurado. "É isso que significa."
"Coloque o anel!" Damon falou de repente, tirou seu próprio anel da luz do dia, colocou a aliança e puxou a cortina escura de uma das janelas. "São alianças da luz do dia!"
"Que bom para vocês." Eric riu do companheiro agindo como se nunca tivesse visto um.
"Não, idiota, venha aqui!" Eric se aproximou evitando o reflexo do sol. "Me dê a sua mão..." Damon segurou a mão do vampiro torcendo para estar certo. "Não está queimando... não está queimando..." Todos olharam com espanto. "É um anel da luz do dia para você!"
"Isso é impossível, não existe feitiço que crie um anel desses para o seu tipo de vampiro, Eric, eu tentei." Freya falou aturdida vendo mão pálida ilesa sob a luz do sol.
"Mas Elijah disse que a magia do namorado dele é diferente, então faz sentido." Klaus e Damon sorriram vendo Eric abrir os braços na frente da janela, o Sol refletindo na sua pele e nos, novamente, longos cabelos dourados. Duas finas linhas vermelhas enfeitavam suas bochechas.
"Não é a imagem mais linda que você já viu?" Damon perguntou encostando a cabeça no ombro de Klaus que o olhou para seu rosto.
"É uma delas com certeza." O híbrido respondeu.

Klaus fez um quadro com a imagem do seu companheiro dourado banhado pelo sol, que foi colocado ao lado do quadro que ele pintou de Damon nú sob a luz da lua.
Damon e Klaus estavam sentados às margens do rio, rindo do vampiro viking brincando na água como uma criança que acabou de aprender a nadar.
"Crocodileeeee..." O vampiro chamava com forte sotaque sueco, batendo as mãos na água.
"Você avisou para ele que não tem crocodilos aqui?" Damon cochichou no ouvido do híbrido.
"Damon, isso é um pântano..." Klaus riu.
"E o que isso..." Eric gritou de felicidade agarrando o enorme réptil. "Entendi." Os dois riram muito. Damon se levantou e puxou Klaus com ele, os dois se encararam ficando tão nus quanto Eric. "CROCADILEEEE..." O vampiro gritou imitando Eric que se virou em tempo de ser atacado pelos companheiros, as risadas podiam ser ouvidas ao longe naquela tarde ensolarada e nas milhares que ainda virão.

FIM!!!!


HOT N COLD (Deric + Klaus)Onde histórias criam vida. Descubra agora