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Sabe aquele momento em que tudo está tão ruim, que não há nada que possa piorar? Onde resolvemos apenas seguir o fluxo, sem se importar com o que vêm a seguir?

O ambiente era escuro, iluminado apenas pelas luzes coloridas vindas dos cantos das paredes. O som estava alto, fazendo muitos terem que gritar para se comunicarem, não que alguém se importasse com isso.

Todos os que estavam ali não davam a mínima para a bagunça, pelo contrário, estavam em busca dela. Os indivíduos bêbados se chocavam ao ritmo agitado da música, risadas e mais risadas podiam ser ouvidas ao fundo.

Enquanto isso, Yamaguchi, que estava sentado perto do balcão, bebia sua cerveja tentando afogar as mágoas.

Foi quando se espantou ao ver um rosto, tão apreciado por si, mas, que o trouxera mais dor de cabeça ainda. Ele tentou espantar os pensamentos que tentavam invadir sua mente, ao perceber que tinha apenas confundido as pessoas...

- Oi! Está sozinho?

Pôde ver seus esforços indo por água abaixo quando o rapaz sentou-se ao seu lado, tudo o que estava evitando, agora voltaria a fazer morada em sua mente.

- Estou sim.

Respondeu sem muito ânimo.

- Eu percebi que você estava me olhando, nós por acaso nos conhecemos?

O outro perguntou, enquanto ajeitava suas madeixas acinzentadas que caiam sobre os olhos.

- Ah, não! Desculpe se eu passei uma impressão errada, é que você me lembra da minha ex noiva.

Dali em diante bateram um papo até que interessante e Yamaguchi acabou contando bastante sobre si mesmo e descobriu várias coisas que tinham em comum.

Depois de muita conversa jogada fora, e vários drinks, as coisas começaram a esquentar, o coração do esverdeado batia no ritmo da eletrônica que tocava e aqueles lábios avermelhados, em contraste com a pele alva, mexiam com a sua cabeça de uma forma inexplicável, eles estavam tão convidativos.

- Você já ficou com algum cara antes?

A pergunta o pegou de surpresa, fazendo-o encarar o homem à sua frente e ter que processar por alguns segundos antes de responder.

- Não, nunca!

A ansiedade tomava conta de seu ser, pedindo para que aquilo não fosse um problema para ele e que não perdesse o interesse.

- Quer ter sua primeira experiência comigo?

- Quero!

Ele sabia que agiu por impulso mas, quando foi pensar sobre aquilo já era tarde, estava sendo agarrado pela cintura e com a boca junto a do outro, suas línguas se enroscavam em um beijo quente e alcoólico. Seu corpo inteiro tremia e só não caiu pois o outro estava o apoiando. Suas mãos eram firmes e experientes, sabiam exatamente onde ir, os lugares certos onde segurá-lo, causando ainda mais excitação.

Quando o rapaz teve um lapso de consciência, já estavam em alguma cabine do banheiro, com o mais baixo de cinto já desafivelado, abaixando a própria calça.

- Qual é seu nome mesmo?

Perguntou.

- Eita Semi. E o seu, bebê?

- Tadashi Yamaguchi.

Semi então o ajudou a tirar as próprias calças e começou a acariciar-lhe o membro, depois de algum tempo passando a tarefa para Yamaguchi, deixando-o encarregado de masturbar ambos os membros juntos, no começo foi um pouco complicado, mas depois que ele se acostumou com a força certa que deveria usar, apenas apreciou, se deliciando com aquilo.

Quando Yamaguchi estava prestes a gozar, teve sua mão parada e foi brutalmente virado de costas, seu coração parou, seu corpo inteiro gelou e quando sentiu sua bunda ser agarrada, tendo cada lado separado, não sabia onde enfiar a cara. Aquilo era tão constrangedor, ainda mais para quem nunca esteve assim antes.

- E-eu achei que seria o... de cima.

Murmurou.

- Desculpa te decepcionar bebê, mas eu comando. Relaxa, prometo que vai ser bom!

E assim fez, tentou relaxar, já tinha ido até ali, não seria agora que ele iria desistir.

O rapaz o preparou por algum tempo, a sensação de ter dedos dentro da sua bunda era estranha, ainda mais para um virgem como Yamaguchi, porém, ele tentou ignorar e se convencer de que a melhor parte estava por vir, o álcool ajudando um pouco nessa hora.

Quando sentiu o pênis do outro lhe penetrando, era como se fosse rachar ao meio, lágrimas escorreram por seu rosto, seu corpo se forçou para a frente em busca de sair daquilo e ele tentou pedir para parar.

Sua garganta foi envolta por um par de mãos em um aperto e sua orelha lambida, causando-o uma mistura de sentimentos difíceis de explicar. Os movimentos foram começando lentamente e a dor aos poucos foi se tornando suportável.

- Relaxa amor, só segue o fluxo. Dentro de você é tão bom! Tão apertado!

- Ah!

Depois de algum tempo sua visão já estava turva e nem sequer conseguia mais distinguir o entrar ou sair, só sabia que levou vários tapas e chupões, que comprovaria ao se olhar no espelho pela manhã.

Semi agarrou-o pela cintura e o fez seguir seu rumo, virando-o para ficar de frente para a porta e então se sentou, no vaso sanitário, com Yamaguchi em seu colo, de costas para si. Ele então o ajudou a começar um novo ritmo, as estocadas acertando um lugar totalmente novo dentro do rapaz, trazendo a ele novas experiências. O esverdeado podia sentir uma pontada forte em seu interior, mas, os xingamentos e beijos dados pelo outro o faziam esquecer de tudo.

Então, quando menos esperava, a porta da cabine foi aberta, mostrando a figura de um rapaz loiro e bronzeado, ele parecia se divertir com a cena e quando Yamaguchi olhou para baixo pôde notar o volume nas calças do mesmo.

- Parece que você tá se divertindo bastante, Semi!

O loiro exclamou, fazendo Eita rir e puxar Yamaguchi ainda mais para baixo em seu colo, o que o fez gemer. Sentindo seu rosto esquentar e a vergonha tomar conta de si.

- O que foi bebê, tá esperando o quê pra ajudar nosso amigo? Ele parece estar se segurando!

O rapaz então voltou seu olhar novamente para o loiro, observando como ele acariciava o membro, por cima da calça, de maneira sugestiva, convidando-o a brincar com o mesmo. Sua cabeça girava, ainda não havia caído a ficha de que aquilo estava acontecendo, ele acabara de ser pego no flagra e O PIOR o cara que os pegou transando quer se juntar a el-

Sentiu suas mãos serem guiadas a uma calça já aberta, sendo incentivado a abaixar a cueca do rapaz a sua frente, Semi envolvia sua mão, ajudando-o a segurar o membro do outro.

- Não seja tímido, você gosta disso. Olha como você rebola essa bunda no meu pau, você tá quase gozando!

Àquele ponto Yamaguchi já não fazia ideia do que estava fazendo, só deixou-se ser levado pelos outros e quem estava dentro dele não importava mais.

Nós no Estômago - (TeruYama - TsukkiYama)Onde histórias criam vida. Descubra agora