Há! Dois capítulos de uma vez, pq essa ideia veio num surto de criatividade!
Acho que o 3° não deve demorar muito pra sair.
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Acordei com um sobressalto ao ouvir o barulho insistente do toque do meu celular.Eu estava morrendo de sono e estava tão quentinha e confortável que mexer qualquer músculo iria exigir uma gigantesca força de vontade. Algo que eu não tinha naquele momento. Então apenas ignorei e esperei o aparelho parar de tocar para voltar à dormir tranquilamente.
Minha paz não durou mais do que 6 segundos antes que o aparelho voltasse a tocar.
Me mexi a contra gosto, murmurando enquanto esticava o braço até alcançar o celular ao lado do abajur na cômoda.
Analisei o número que me ligava. Não reconheci.
Desliguei e voltei a me aconchegar sob os cobertores até receber a notificação de uma mensagem.
Bufando, fui checar quem eram.
Havia recebido uma mensagem do mesmo número desconhecido.
"Sou eu, a Nami! Atende, POR FAVOR!"
No mesmo instante sentei ereta na cama e retornei a ligação para o mesmo número.
Não demorou mais que um toque para que ela atendesse.
- Nami?- Ei! Que ideia é essa de ignorar minhas ligações? - A voz da ruiva ressoou indignada do outro lado da chamada.
- Desculpa, é que eu vi o número desconhecido e acabei desligado por precaução. Não sabia que era você. - Adiantei logo em me desculpar.
- Acabamos de chegar no aeroporto. Tá caindo uma nevasca absurda e meu celular tá sem sinal nenhum. Tive que comprar um ship de uma operadora local. - Nami explicou.
Olhei a data no celular, ainda faltava uma semana para a véspera de Natal. Se me lembrava bem, Nami tinha dito que ela e os outros iriam chegar uns 5 dias faltando para o evento.
- Vocês vieram mais cedo. - Observei. - Quem mais está com você?
- Todo mundo, tirando a Robin e o Franky. O voo deles foi transferido para outro dia, para esperar a nevasca passar. Eles provavelmente só vão chegar no dia do evento. - Houve uma breve pausa e, logo em seguida, um suspuro profundo de frustração. - E acho que a gente também só nos veremos na véspera do Natal.
Franzi o cenho.
- Como assim? Vocês não vão vir direto pra cá?
- Parece que tem um trecho da estrada bloqueada pela neve. Os ônibus estão proibidos de circular num momento.
- Puxa... - Murmurei colocando uma mão na testa.
Para confirmar, fui até a sacada e afastei um pouco a cortina. A escuridão da noite ainda dominava as ruas, mas pela luz dos postes e também da fachada do hotel dava pra ver a neve caindo furiosamente do lado de fora. Ninguém seria louco de sair nas ruas com um temporal daqueles.
- Você tem razão. A tal nevasca também chegou por aqui. - Fechei a cortina e voltei para a cama. - Mas e agora? O que vocês vão fazer?
- Tá tudo bem. Vamos nos hospedar em uma pousada aqui perto até essa situação se resolver. O bom disso é que pelo menos não vamos precisar pagar a diária. - Ouve mais um suspiro e a voz de Nami pareceu mais desanimada - Eu só queria poder fazer compras no Shopping que tem aí...
Sorri. Nami não mudava nunca. Era a mulher mais pão-dura que eu conhecera. E mesmo assim estava sempre pensando em gastar em lojas de marcas caras e famosas.
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A Christmas Tale
RomanceO conto de uma garota indo confessar seu amor, durante uma viagem entre amigos em plena época natalina.