𝗖𝗢𝗠 𝗖𝗜𝗖𝗔𝗧𝗥𝗜𝗭𝗘𝗦 𝗘 𝗧𝗨𝗗𝗢 | Sim, Remus sobreviveu a todas as suas luas cheias, mas isso não significa que elas não deixaram marcas. Agora, ele e Sirius precisaram aprender juntos que é possível encontrar um pouco de beleza e arte até n...
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— SIX, VAMOS LOGO! Não sei se você sabe, mas se atrasar uma hora inteira não é normal, amor. — o loiro reclamou enquanto entrava no quarto principal do apartamento.
Não era uma casa luxuosa, mas era o suficiente. Tinham espaço para receber seus amigos, e o casal cabia perfeitamente.
Eram somente os dois. Sirius e Remus, morando juntos, como haviam sonhado anos antes.
No começo o apartamento era vazio e incomodamente branco, mas eles deram um jeito de preenchê-lo em poucas semanas. A sala ainda era em boa parte branca, mas com uma parede azul escura onde fica a TV, algo que eles demoram para aprender a mexer, mas descobriram ser bastante útil. A cozinha era aconchegante e quentinha, como sonhara Remus. O quarto do casal não poderia ser mais eles. Classicamente branco, com o teto preto e cheio de estrelas luminescentes que Sirius se apaixonara assim que as viu na loja; as paredes cobertas de pôsteres e prateleiras com uma mistura entre diversos livros, discos de música e plantas. No canto do quarto havia uma penteadeira que Sirius decidiu colocar para guardar suas maquiagens e ter onde fazer seus penteados. Era ali que ele se encontrava sentado agora.
— Já vou, lindinho. Só preciso terminar esse lado aqui. — resmungou concentrado no traço preto que desenhava com uma caneta própria nas pálpebras. — O que acha? — perguntou se virando rapidamente e tornando o rosto visível para o mais alto. — Tenho certeza que está torto, mas não quero ter que refazer. — reclamou em tom choroso enquanto se olhava no espelho novamente, sem dar chance para o namorado responder. — Moony, me ajuda! — falou meloso, as palavras saindo arrastadas.
Sirius se jogou de vez no encosto da cadeira, fazendo com que ela batesse na borda da cama. Desistindo de se maquiar, ele se levantou e andou até Remus, que se encontrava ajeitando o cabelo em frente ao espelho de corpo inteiro.
Sentindo a cabeça de Sirius apoiada em seus ombros e os braços transpassados por sua cintura antes mesmo de vê-lo pelo espelho, Remus sorriu.
— Miau, miau. — Sirius miou em seus ouvidos, causando arrepios em sua nuca. Eleliteralmentemiou.
— O que foi isso? — perguntou em uma risada.
— Estou tentando te elogiar, porque com um gatinho desse na minha frente acho que ele só entende miando. — o moreno sorriu. O tipo de sorriso que chegava aos olhos e transparecia a alma.
Os sorrisos de Sirius eram sempre assim. Intensos, cheios de sentimentos, como o próprio. E Remus se pegou pensando que de repente gostaria muito de poder passar a eternidade com Sirius, porque se assim fosse, ele apreciaria cada detalhe do homem que tinha em sua frente, como agora fazia.
Ele tinha dado a sorte grande, e sabia disso.
— Meu Deus, Sirius! — exclamou Remus, sentindo as bochechas esquentarem, e levando as mãos até a boca para cobrir a risada que escapava enquanto se virava de frente para o namorado. — Você é uma palhaço, sabe disso não é? — falou negando com a cabeça, o sorriso ainda no rosto, transparecendo as linhas de expressão que se formavam ao redor dos seus olhos.
