Noites escuras - q!Cellbit x q!Roier

2 - Somos diferentes pero nos completamos

Roier's pov

Ja fazia um tempinho que eu estava na casa, me aproximei bastante das crianças e de cellbit principalmente, algumas ações dele eram meio estranhas, via ele saindo toda noite bem tarde e voltando com suas roupas meio manchadas por algo vermelho, confesso que fico um pouco assustado com isso mas preciso ignorar

Agora eu estava na sala esperando ele para darmos uma volta pela cidade, eu tinha um livro em minhas mãos e apenas fingia ler ja que não conseguia parar a cabeça quieta

Vejo Cellbit descendo as escadas e aqui mais um comportamento estranho, ele sempre usa roupas mais cobertas quando vamos ao sol e é notável uma quantidade grande de protetor

— Está pronto Roier?

— sim, vamos?

Ele vem ate mim me guiando até a porta para irmos

Saimos sem nem falar com Pac mas não tem problema, fomos para uma feirinha que tinha, a quantidade de frutas diversas e brilhantes era grande

Eu andava ao lado do homem gélido que havia colocado meu braço apoiado no seu, com o óculos de sol que ele usava ficava meio difícil de saber onde olhava mas sabia que as vezes seu olhar era vidrado em mim

— Acho que quero ir pra um lugar mais calmo, sem muitas pessoas

— Vamos, você sabe algum lugar?

como resposta ele balança a cabeça em um sim e continua me guiando

Depois de uma caminhada meio longa chegamos em umas pedras perto da praia, ainda com meu livro volto a ler e Cellbit fica olhando para o céu

— Que tal um jogo de perguntas? — ele sugere

— Como assim?

— Quero saber mais sobre você, Roier

— Pode me perguntar então — guardo o livro pra prestar mais atenção

Ficamos um bom tempo ali perguntando sobre coisas até a seguinte pergunta:

— Por que se mudou pra cá, Roier?

— Quis recomeçar a vida...

eu começo a contar

Roier ja teve um noivo, ele era completamente apaixonado nele, ou podemos dizer: obcecado

O garoto sabia o mal que poderia fazer mas não se livrava, uma tarde enquanto voltava pra casa deles ouvia alguns barulho, gemidos

Um pouco assustado decide procurar o cômodo onde vinha isso, uma péssima ideia talvez

Roier se depara com a cena de seu noivo, Natalan, e outro homem no meio do ato

Nos olhos de Roier so existia furia, na flor da pele o garoto de bandana se lembra de pegar uma faca e ir direto até os dois, o ciúmes dele é algo totalmente perigoso

O amante de Natalan não saiu vivo da história, mas Roier ainda sim não conseguia matar seu amado, o mesmo surtava no meio do quarto enquanto Natalan, muito assustado, ligava para um hospital psiquiátrico vir buscar Roier

Depois disso ja era imaginável, Roier ficou anos preso naquele lugar terrível, o garoto conseguiu escapar de la, e a sua primeira decisão foi sair de la e recomeçar

Acabo de contar história de uma forma mais detalhada, com um pouco de medo da reação do homem ao meu lado

— Então é ciumento?

— Talvez eu seja um pouco... Minha vez, Cellbit, porque você sai todas as noites e volta de forma... — Eu procurava uma palavra pra não dizer medonha ou assustadora

— Assustadora? Me acha assustador, Roier?

— Não é isso, de uma forma diferente

— Sei, sabe querido, existem coisas nesse mundo que você nem imagina

— E quais coisas são essas?

— Você sabe, Roier, so não quer aceitar

— Então é mesmo o que eu penso?

Ele acena que sim com a cabeça e fico um tempo olhando pra ele, logo depois ele se vira pra mim

— Não esta com medo?

— Estou, mas sei que você não vai fazer mal pra mim

— Sabe?

— Sim, Cellbit, e você também sabe que nossa "loucura" é parecida

— Não compare isso Roier, eu sou um monstro

— E você acha que eu também não sou?

— É diferente

Nós dois permanecemos calados por um bom tempo

Cellbit levanta e eu também, ele vai até o castelo e eu apenas sigo ele em silêncio

Chegamos lá e ja era um pouco tarde, o clima estranho de segredos que foram revelados pairava sobre nós, o homem de mecha loira sobe até seu escritório, sei que a partir dali não posso mais acompanhá-lo

— Entre — escuto antes de ir para o quarto de hóspedes que eu tava

Me viro e vejo Cellbit na porta, dando passagem pra eu entrar. Logo na porta eu tenho a visão de uma sala bem grande, tinha um sofá imenso, uma sacada com uma bela vista, lareiras e algumas estatuas, todo o cômodo tinha a predominância da cor vermelha

— Por que? — ele não me respondeu — Por que me chamou pra entrar, Cellbit

— É meu escritório, posso chamar quem eu quero

— Bagi disse pra eu jamais entrar aqui

— Jamais deve, caso não tenha minha permissão, obvio

— Entendi... mas eu quero saber o motivo de eu ter sido chamado

— Quero ficar mais um pouco com você

— Não vai beber meu sangue ne... ou vai?

Eu ja estava longe da porta, sair correndo agora era quase impossível ja que ele estava bem na porta, vejo ela sendo trancada rapidamente e uma figura vindo rápido ate mim

— Talvez eu vá

Sinto a mão dele levando meu queixo mais pro lado dando mais espaço ao meu pescoço, no desespero empurro ele e me afasto

Ouço Cellbit rir

— Não teve graça!

— Sua cara foi o melhor! — ele gargalhava alto

Eu vou indo em direção a porta até sentir algo pegando em meu pulso

— Ei, fica aqui... por favor guapito

Suspiro

— Está bien, gatinho...

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Espero que você gostem, o que acham que vai acontecer depois em??

Capítulo não revisado!