Ele observou o barco se afastar oceano a dentro com o amor da sua vida a bordo. Ele não estava triste, mas não estava feliz, na verdade, ele não sentia nada... Sua mente estava em branco, um vácuo que parecia o corroer, como uma ansiedade incômoda enraizada na sua alma.
Ele não queria deixar Roier, foi uma decisão tomada na hora do desespero, não que ele se arrependesse, mas pensar em ser a razão da tristeza da pessoa mais importante de sua vida faz algo se contorcer no seu interior.
Mas ele não podia deixar o seu filho naquela ilha! Ele pode ter visto tudo desmoronar em cima dele, mas, ele continuava acreditando, uma fraca esperança inapagável queimando em meio o temporal que estava sua cabeça.
Seu filho ainda pode estar vivo, ele sabe que Richarlyson não morreria assim. Não iria acabar assim. Não podia acabar assim.
Mas
Enquanto ele observava o barco partir, um clarão vindo de suas costas o trouxe para a realidade, ah- bem... Se ele sobrevivesse a isso ele certamente não iria deixar acabar assim.
Tudo aconteceu rápido de mais.
Logo depois do clarão, o vento da explosão atingiu suas costas o fazendo cair montanha abaixo o derrubando no mar.
O impacto fez sua consciência oscilar, mas por sorte ele conseguiu se manter desperto, seus olhos ofuscados voltando lentamente ao normal enquanto ele alcança a superfície e rasteja miseravelmente até a orla da praia.
Ele olhou em volta, enxergando a destruição que a bomba deixou. Ele se sentou na areia, sentido como se o cansaço das 2 semanas naquele inferno tomasse conta de seus sentidos, seus olhos oscilavam novamente, fazendo ele abaixar a cabeça levando a mão no rosto, mas no meio do caminho ele prestou atenção no seu braço, queimaduras tomavam conta por toda aquela região.
Ele olhou para aquilo, sentido um frio gelido subindo na sua espinha, se espalhando por todos os seus sentidos, e como se olhar aquilo fez seu cérebro reconhecer a presença do machucado, ele começou a sentir uma dor alucinante, fazendo ele se contorcer na areia.
Sua consciência já parcialmente alheia, começando a se dissipar, o fazendo cair na areia quente.
A consciência de Cellbit, logo se fez totalmente ausente, o fazendo ficar ali, atirado na areia.
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Recuperar a consciência é um trabalho demorado, ele não sabe a quanto tempo está desacordado.
A leve sensação de consciência é estranha, uma formigaçao crescente por todo o seu corpo, mas principalmente concentrado na suas costas.
Em meio a isso, ele lentamente abre os olhos, sendo recebido por um borrão branco.
Assim que ele começa a estar disperto em um nível aceitável de consciência, ele percebe o local que se encontra.
Federação
Ele ignora a dor latejante que percorre seu corpo ao fazer um único leve movimento na intenção de olhar em volta quando é recebido com um "amigável":
-Good morning.
Seus olhos se ajustando lentamente a figura responsável pela voz robótica.
O urso branco estava parado ao lado do que ele julgava ser a cama do hospital da federação. Ele o encara. Se a pessoa observar bem, daria pra ouvir as engrenagens funcionando na sua cabeça.
-Good morning.- a figura branca repete.
-Cucurucho? Oque aconteceu?- sua voz sai áspera, rouca e fraca.
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please, come back gatinho
Fanfic° quapoduo ° Cellbit volta para encontrar o seu amor, mas encontra uma pequena surpresa junto.