Murchando até a morte

8

Muitas coisas felizes aconteceram com Harry nas três semanas seguintes. Os Letranges o adotaram oficialmente, garantindo que Dumblederp não pudesse fazer nada sobre onde Harry morava, e que Tom havia completado o vínculo de sangue; garantindo que ele sempre teria família.
Harry nem conseguia se lembrar da última vez em que se sentiu tão em paz. Ele tinha sua mãe. Ele tinha uma tia e um tio oficiais que o amavam. E agora ele até tinha um irmão.
Família.

Cantarolando levemente para si mesmo, ele caminhou pelos corredores da Mansão Riddle, os pés descalços quase não fazendo barulho no chão de mármore. Hoje ele usava calças pretas largas e uma regata igualmente escura. Seu cabelo, que tinha crescido até o meio das costas, estava preso em uma trança. Ele usava uma corrente de prata em volta do pescoço, com um pingente pendurado que segurava os brasões de Lestrange, Riddle e Black, todos em um escudo de prata. No pulso trazia uma pulseira, também de prata, que lhe foi dada pelo irmão. Era uma chave de portal, mas também funcionava como unidade de armazenamento. Nele ele carregava todos os seus suplementos de sangue, até precisar de recargas, e todos os seus picolés de sangue; um dos quais ele estava devorando atualmente.

Na mão esquerda havia um anel. Era ouro branco. No centro havia uma pedra de ônix e o que parecia ser mercúrio congelado aninhado ao lado dela. Ele recebeu isso como um anel de noivado.
Mesmo que aos olhos de suas raças eles tivessem se casado, Remus queria oficialmente entregar seu filho em um casamento. Assim, uma data foi marcada e um anel escolhido. Harry definitivamente não estava reclamando.

Atualmente, porém, ele estava procurando por seu irmão. Ninguém mais estava em casa. Sua mãe estava em missão com Fenrir e demoraria um pouco para voltar. Seus companheiros estavam em Hogwarts, Severus para reportar ao velho e Draco dando a desculpa de 'seu pai não poder vigiá-lo no momento'.

Harry bufou enquanto se dirigia para a biblioteca onde seu irmão normalmente poderia ser encontrado.

Sua tia e seu tio estavam reformando a Mansão Lestrange a tempo para o Natal no final do ano (que ainda faltava quatro meses, mas eles eram um tanto preguiçosos e preferiam matar a limpar).

::Aniki!:: Harry sibilou em torno do sugador em sua boca enquanto abria a porta da biblioteca.

Os olhos de Tom se contraíram enquanto ele observava seu irmão mais novo girando para dentro da sala.

"Voce ta feliz." ele murmurou enquanto o adolescente caminhava graciosamente até ele e prontamente se plantava no colo do Lorde das Trevas. Harry fez beicinho e tirou o pirulito.

::Tenho muito o que ficar feliz::

"E você está entediado."

::Isso também:: O sorriso de Harry era selvagem, mas ele voltou sua atenção para os livros que Tom tinha na frente dele.

::O que você está lendo?::

Voldemort suspirou e estremeceu.

"Eu descobri como fazer a contra-maldição. Mas preciso esperar por seus companheiros antes de prosseguir."

Harry ergueu uma sobrancelha.

::Por que?::

Tom fez uma careta e desviou o olhar.

"Porque isso lhe causará muita dor. Eles precisarão estar aqui para evitar que você arranhe sua garganta. Você tem que permanecer alerta, caso contrário eu apenas lhe daria um sono sem sonhos e faria isso então." ele respondeu e gentilmente acariciou a têmpora de seu irmão.

Harry assentiu lentamente.

::Está tudo bem Tom. Eu confio em você. Então. Ouvi da mamãe que você quer que eu volte para Hogwarts?::

Tom suspirou novamente.

"Sim. Mas com um nome diferente para que você esteja mais seguro das manipulações de Dumbledore."

::Hum. Qual seria meu novo nome?::

Tom sorriu lentamente.

"Pensei em Nathair Zelenilo D'Argent. O que você acha?"

Harry revirou o nome em sua mente e finalmente assentiu.

::Eu gosto disso. Quando devo esperar minha carta? E ainda poderei me mostrar como companheiro de Sev e Draco?::

Tom acenou com a cabeça para a segunda pergunta, mas ainda estava perdido em pensamentos sobre a primeira.

"Você... deveria receber sua carta quando Draco receber, não se preocupe. Você será selecionado para a Sonserina e então será protegido por seus amigos. Você ficará bem." ele afirmou e esfregou círculos na barriga do irmão, que praticamente derreteu em seu colo.

Rindo, Tom começou a ler seu livro novamente, repassando o ritual que ele precisaria para completar a contra-maldição e libertar seu irmão mais novo do silêncio.