Katherine Heron
Faltando menos de 3 dias para o baile de máscaras, a indecisão toma conta de mim. Começo a questionar se devo realmente ir, considerando que Blair será a anfitriã, imagino que ela não apreciaria muito minha presença. No entanto, Nate me convidou e parecia realmente querer que eu fosse. Enquanto mergulhava nessa incerteza, meu irmão, de repente, interrompeu meus pensamentos.
-Ei, quer ir à casa do Dan comigo? - ele pergunta na porta do meu quarto.
—Por que eu iria? - pergunto, expressando minha dúvida.
-Você não é amiga da Jenny? - ele indaga, tentando entender minha hesitação.
-Nem tanto, a gente só se fala no intervalo - respondo, deixando claro nossa relação
-Além disso, ela está precisando de ajuda com geometria, e nisso você é boa, né?- ele acrescenta
-Bom, eu posso ir ajudar lá - digo, levantando-me da cama.
-Então vamos?- ele pergunta, indo em direção à rua, e eu o sigo prontamente.
Nós fomos andando até a casa dos Humphrey, pois não é tão longe do nosso apartamento. Fomos recebidos pelo pai de Dan e Jenny, que foi bastante simpático e até me ofereceu waffles, mas eu recusei no momento.
-Kath, muito obrigado por vir, ela está lá no quarto - Dan diz, apontando para o cômodo.
-Sem problemas -digo, dando um sorriso, e vou para o quarto, enquanto Dan e meu irmão ficam jogando videogame na sala.
Bato na porta e entro no quarto da Jenny. Ao contrário do que esperava, me deparo com uma bagunça, vários vestidos no chão, cartas de convite sobre a cama, e Jenny cortando alguns tecidos. Ao perceber minha presença, ela fica um pouco surpresa.
-Katherine? - ela se levanta e vem até mim.
-O que você está fazendo aqui? -ela pergunta
-Seu irmão disse que você estava precisando de ajuda com geometria -eu digo, e ela sorri fraco.
-Ah, realmente, mas não esperava que ele iria realmente te chamar -ela diz, expressando surpresa pela iniciativa do meu irmão.
-Então... vamos começar? - pergunto.
-Ah, sim - ela diz e vai em direção à cama, retirando os vestidos que estavam lá em cima.
Eu me sento na cama, e ela me entrega o caderno com vários problemas de geometria.
-Pode fazer - ela diz, voltando a cortar alguns tecidos.
—Você não quer aprender? - pergunto, meio sem reação.
-Eu não tenho tempo agora - ela diz, concentrada cortando os tecidos.
-o que você está fazendo? - pergunto, com curiosidade.
-Estou ajudando a Blair com os preparativos do baile de máscaras - ela diz.
-Hum... legal - digo e volto a prestar atenção nos problemas matemáticos.
Começo a responder os problemas de geometria. Não costumo fazer tarefas para os outros, mas nessa situação seria meio constrangedor apenas recusar. Após quase 30 minutos de silêncio, o celular de Jenny toca, e ela atende rapidamente.
Jenny atende o telefone com um rápido "Blair, oi!". A conversa sobre os preparativos do baile transcorre normalmente, até que Jenny menciona seu convite.
-Espera, não desliga. É sobre o meu convite, você ainda não me deu -diz Jenny Do outro lado da linha
uma risada audível ressoa, deixando Jenny visivelmente desconfortável. O brilho em seus olhos se desvanece enquanto ela tenta compreender a situação durante a ligação. Por fim, Jenny encerra a chamada com uma expressão frustrada.Ao perceber, resolvo questionar
-O que aconteceu?-Eu não fui convidada para o baile... - ela diz frustrada.
Ao perceber, me levanto da cama e vou até ela.
-Poxa, não fica assim... Talvez Blair mude de ideia e te convide - digo, tentando confortá-la.-Duvido... - ela diz com a voz triste.
De repente, ela me encara intensamente. -Você foi convidada? - ela pergunta, e eu fico receosa ao responder.
-Bem...-MEU DEUS! Você foi convidada! - ela diz, a animação evidente em sua voz enquanto seus olhos se iluminam com surpresa
-Foi... mas não sei se vou - digo, minha expressão refletindo uma mistura de incerteza e ponderação.
Como assim não sabe? É claro que vai! - ela exclama, sua voz cheia de confiança, como se já tivesse decidido por mim.
Quem te convidou? - ela pergunta com seu interesse aumentando.
-Nate. - digo, e instantaneamente percebo uma mudança em sua expressão.
-NATE TE CONVIDOU?!" - ela grita com uma surpresa evidente em seu tom
-Sim. - digo.
-Nossa, você é muito sortuda. Já sabe com que roupa vai?- ela pergunta, demonstrando um entusiasmo genuíno.
-Ainda não, acho que nem vou -digo, minha voz carregada de indecisão.
-Para de bobagem! - ela se levanta e pega alguns vestidos.
-Esses eram os vestidos que eu estava fazendo, escolha um - ela diz, e eu fico admirada com os vestidos que se desdobram diante de mim.
-Nossa... você tem talento! - eu digo, admirando os vestidos, e ela sorri envergonhada.
-Esse vestido vermelho é muito lindo - continuo, absorta pela beleza da peça.
-Vá no baile e use ele. - ela diz, me entregando o vestido.
-Jenny, muito obrigada. Eu não sei nem agradecer. - eu digo e logo em seguida lhe dou um abraço sincero.
-Mas tem um problema, eu não tenho par. - eu digo.
Fico pensando por alguns minutos até que tenho uma ideia brilhante.
-Seja meu par! -digo, Ela parece sem reação por um segundo, mas logo põe um sorriso entusiasmado no rosto.
-Sério?! - ela pergunta com um sorriso contagiante.
-Sim! - eu digo, e ela me abraça forte, compartilhando a empolgação do momento.
-Aaaaaaaa! Não acredito que vou! - ela diz animada, mas seu sorriso logo desaparece.
-E se a Blair me ver lá? - ela pergunta, uma sombra de preocupação cruzando seu rosto.
-Que veja! Nate me convidou e você é meu par, certo? Nada de errado. - eu digo, determinada, e ela concorda com um sorriso
eu e jenny ficamos falando sobre o baile e acabamos deixando o estudo de lado, ela ficou escolhendo com qual vestido e mascara iria.
Jenny me emprestou uma máscara lindíssima, perfeitamente coordenada com o elegante vestido vermelho vinho que ela também me emprestou. O design refinado do vestido combinava com a máscara preto avermelhada, acrescentando um toque misterioso e sofisticado ao conjunto, prometendo uma presença memorável no baile.
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Brooklyn Baby | Nate Archibald
RomanceKatherine Heron, a recém-chegada bolsista na Constance Billard School, confronta desafios na alta sociedade nova-iorquina, onde as disparidades sociais se transformam em obstáculos. Enquanto ela enfrenta essas adversidades, uma conexão improvável co...